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Cá estou eu, todo arrumado, perfumado e bastante apresentado com meu suéter vermelho. Hoje é um grande dia e tudo dará certo, tenho certeza sobre isso. Não faço a menor ideia que horas que o Ibe foi embora ontem, eu só sei que depois de festejar na cozinha por longos minutos, me despedi dos meus pais e dele anunciando que estava indo dormir.

Acordei com uma super disposição para essa nova era da minha vida, o que só melhora a minha vida é que a rua que ele me informou é três quadras da minha casa, então não irei me preocupar em pegar alguma condução só tenho que acordar cedo e ir andando. Ainda faço um exercício no período da tarde e não fico fora de forma. Isso é fantástico!

Eu não fazia a mínima ideia do que era, ele não tinha me especificado que tipo de negócio era e nem quais funções eu ia desenvolver. Mas seja lá o que for eu ia trabalhar, precisava de dinheiro e aquela foi uma ótima oportunidade.

Eu só não esperava que ao chegar no endereço que ele tinha me dado fosse me deparar com uma creche.

Quase caí para trás!

Peguei o papel que tinha o endereço anotado e conferi o número para ver se era o mesmo... e era.

Bom, não tinha como eu desistir agora, se entrei na chuva foi para me molhar... ele provavelmente me colocaria na recepção né? Ou algo que não envolvesse diretamente crianças...

— Eiji! — Percebi que Ibe também tinha acabado de chegar. — Vejo que veio cedo, vamos!

— Oh... bom dia senhor Ibe, sim, eu vim no horário marcado...

— Parece surpreso por ver uma creche aqui...

— Na verdade estou um pouco sim... — Admiti.

— Pois é né? Se quiser ainda é tempo de desistir... — Falou brincalhão.

— Não, jamais! — Respondi determinado e passando confiança nas minhas palavras. — Não vou desistir, creche me parece bastante interessante — eu precisava muito desse emprego!

— Oh sim, tenho certeza de que vai gostar, as crianças são adoráveis...

— Imagino que sim.

— Mas te aviso logo, tome cuidado com o Lee e Frederick, eles consegue deixar qualquer um doido com seu jeitinho esnobe. — o modo como ele balanço a cabeça negativamente e o suspiro que escapou de seus lábios. — Eles conseguem ser um verdadeiro terror, pior que os outros.

— Sério?

Nossa! Por que sinto que agora estou com minhas dúvidas sobre trabalhar aqui? Sei que preciso do dinheiro e eu realmente preciso adquirir experiência e responsabilidades de adulto, mas será que consigo enfrentar crianças assim?

Ibe não esperou muito, principalmente alguma resposta minha e já saiu me puxando pelo antebraço em direção a uma sala bem espaçosa. Ao chegar lá encontrei oito crianças sentadas em uma rodinha e um homem de cabelos negros de rabo de cavalo lendo um livro. Olhando assim eles pareciam uns anjinhos, mas o meu convívio com a minha irmã mais nova já me provou que tudo é possível e que quando eles desejam tacar o terror eles conseguem com louvor.

As crianças ainda não haviam notado a minha presença, e por incrível que parece estava extremamente agradecido com isso, mas o destino ou universo gosta de zombar de mim. Ibe acabou esbarrando na estante de livros perto da porta, não é necessário que isso fez um barulho indesejado e que antes era só aquele homem desconhecido que havia notado a nossa presença, agora as oito crianças nos encaravam curiosas e desconfiadas.

вαвү вαηαηα ғιsнWhere stories live. Discover now