Capítulo 2

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There is a swelling storm and I'm caught up in the middle of it all and it takes control of the person that I thought I was the boy I used to know ♪

Victor

Receber a notícia do médico me assustou, mas me encheu de felicidade, um filho era tudo o que eu não tinha pedido, mas que eu queria com todas as forças do meu ser. Eu sei que seria uma responsabilidade gigante cuidar de João Paulo, Caroline e de um bebê que ainda estava dentro dela e que sem nem conhecer o mundo já estava sendo ameaçado, mas mesmo assim eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto ao saber que eu seria novamente pai. Perguntei pro médico quando eu poderia ver minha mulher e ele disse que naquele mesmo momento se eu quisesse, ele nos passou o número do quarto e se retirou. 

-Vai ver Nick, Bea e Lucas primeiro, depois vai ficar com a Carol, enquanto isso eu fico com ela e Bruce fica com as crianças. Pode ser Bruce? - ela perguntou para ele. 

-Claro. 

Eu fiz o que ela tinha dito, aproveitei que estava lá e já contei pros dois sobre Carol estar grávida e sobre a fuga do pai dela, e tive o apoio dos dois. Que Carol me perdoasse, mas todos sabiam que ela estava grávida, menos ela. Passei por Bruce que estava com as crianças, avisei que já voltaria para buscar João e ele me tranquilizou quanto a isso. Fui pro quarto esperar Carol acordar, eu já tinha assinado a alta dela. 

-Victor? - ouvi a voz de Carol me chamando assim que entrei no quarto. 

-Oi meu amor, eu to aqui. 

-Por que eu to aqui?- ela perguntou olhando o soro conectado no seu braço

-Ah você sabe... Você leu uma carta do seu pai, desmaiou, e ai você tava sem comer e ta tomando soro por causa do bebê.-falei explicando pra ela

-Bebê?

-É, o nosso que ta ai dentro, ele ta bem inclusive. - eu estava falando e fui vendo ela ficando branca - Hey, não desmaia de novo. Acho que da próxima vez tenho que dar a noticia com mais calma

-Você acha Victor? 

-Bom então, parabéns pra nós, vamos ser papais de novo. - falei. 

-Victor... 

-Com licença, vim retirar o soro da mocinha, você já está de alta. - ela falou entrando no quarto e retirando o soro da Carol. - Melhoras, e se alimente melhor agora. 

-Obrigada. - Carol falou ainda com aquele ar de confusa dela. 

-Vamos? - ela acenou com a cabeça - O que você ia falar antes dela entrar? 

-Não era nada, em casa conversamos. Cadê João? 

-Na creche do tio Bruce, acredite você ou não ele está cuidando de Ava, João e Rick e as crianças estão quietas. Acho que elas tem medo dele. - falei refletindo o quanto a cara dele assustava. 

-Ou talvez ele seja bom com crianças. 

-Claro pode ser. 

Fomos andando em silêncio até a sala onde Bruce esperava com as crianças, peguei João enquanto minha mulher ia ver nosso sobrinho. 

-Como ela está? - ele perguntou quando cheguei para pegar João. 

-Ela tá bem, o médico disse que ela tá grávida, por isso o desmaio e que agora ela tem que tomar cuidado com a alimentação e o lance das vitaminas, mas o que me preocupa mesmo é o pai dela, ele está foragido. - falei. 

-Vocês não prenderam ele a uns dois anos? - Bruce perguntou pegando Ava e Rick nos braços. 

-Por ai, enfim agora ele apareceu e ta ameaçando toda minha família, eu realmente odeio meu sogro. 

-Me passa o nome dele completo, quero investigar e ver o que posso fazer. - Bruce disse me olhando com o olhar que me dizia que ele entraria em confusão. 

-É Pierre Martins, mas cara você não vai fazer nada, você tá em tratamento com a psicóloga da corporação. 

-Eu tô, foi a condição imposta no julgamento, mas fica sossegado, não vou fazer nada de errado e vou contar tudo pro entojo da Ana Luisa. - ele falou revirando os olhos quando falou o nome dela. 

-Adê? - Ava levantou a cabeça na hora que ele disse o nome da psicóloga e procurou ela com o olhar - Adê Naú? 

-A Nalu não tá aqui filha, amanhã você vê ela. - ele falou beijando a bochecha gorda da filha que já formava um bico enorme de que queria algo. - Obrigada por lembrar minha filha que aquela encantadora de bebês existe. A Ava ama ela. 

-Se ferrou babaca. - falei rindo dele. - Pelo menos ela é uma velha feia, certo? 

-O inferno, ela é mais nova que eu e pararia o transito de Moscou. Ela parece uma obra de arte, mas tem o comportamento que faria Lúcifer a invejar. 

-Acho que você realmente se ferrou. 

-Victor? - Carol chegou na sala me chamando - Vamos? Bruce, nós vamos levar o Rick, ele vai passar a noite comigo e Nick vai passar a noite com ela. 

-Tudo bem então. - ele entregou Rick e uma bolsa que imaginei ser do Rick para Carol - Eu também só vou me despedir deles e vamos embora, preciso justificar minha falta na sessão de hoje ainda. 

Nos despedimos de Bruce e fomos pro carro, a cadeirinha do Rick tinha sido minha responsabilidade de carregar já que ela se encontrava jogada no chão da sala de espera. Colocamos as crianças na cadeirinha e qualquer desenho infantil para distrair os dois e fomos para casa. 

-Como você está com tudo? - ela me perguntou quando entramos em um engarrafamento. 

-Estou feliz pelo bebê, acho que ele vai completar a família e quanto ao seu pai... 

-Ele não é mais meu pai, ele não é meu pai desde que eu descobri tudo, eu não tenho um pai, mas se precisasse escolher um seria o seu, eu sou uma Stone. 

-A melhor das mulheres Stone. - falei -Enfim quanto a ele eu ainda não sei como me sinto, eu sei que somos mais fortes e até mais inteligentes que ele, mas estou inseguro em como ele pode te atacar, mesmo você não aceitando-o mais ele é seu pai, ele te conhece desde que nasceu e ele vai saber jogar com você. 

-Não vou cair em nada do que ele tentar pra prejudicar a gente. - ela falou e deu um sorriso que não me tranquilizou em nada - Sabe o que eu acho, devíamos fugir desse engarrafamento numa pizzaria e a nossa preferida é no próximo quarteirão, é um desejo de grávida. 

-Começou a chantagem. 

Ela riu pra mim e eu vi que aquele sim era um sorriso verdadeiro e eu com todas as ameaças do mundo faria aquele sorriso permanecer no rosto dela, isso era uma promessa de Stone. 

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