Capítulo 5

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Victor 

Depois de ver minhas mulher desmaiando nos meus braços a raiva dentro de mim cresceu em proporções nunca vistas antes. Eu tinha certeza que se meu sogro querido passasse em minha frente agora ele seria um homem morto, e eu seria o assassino. Carreguei Carol de volta pra dentro do carro, dei a volta e fui pro meu lugar. Liguei pro Bruce pelo carro. 

-Bruce falando e eu estou chegando chefinho. - ele disse quando me atendeu. 

-Mudança de planos Bruce, vá pra casa dos meus pais e não saia com as crianças de lá até eu chegar. 

-Aconteceu algo? - ele perguntou. 

-Aconteceu a porra de uma mão dentro de um vidro  na porta de entrada na minha casa e minha mulher desmaiada nos meus braços, foi isso que aconteceu. 

-Caroline está bem? - ele perguntou. 

-Segue desacordada, estou indo com ela pra minha mãe, não vou correr riscos desnecessários em um hospital com ela agora. E vou mandar uma equipe pra minha casa. Te encontro em casa. 

-Até. 

Ele desligou a chamada e eu liguei pra minha mãe, ela demorou atender o que já fez um filme de terror passar na minha cabeça. A chamada estava quase caindo na caixa postou quando ela atendeu. 

-Oi filho. Tudo bem? - ela falou do outro lado da linha. 

-Tudo indo mãe. A senhora está em casa? - questionei. 

-Acabei de chegar, fiz um parto de 11 horas hoje, acho que não tenho mais pique pra isso.

-Estou indo com Carol desmaiada pra sua casa, tem como a senhora ver se ela e meu filho estão bem lá? 

-Tem, mas...

-Mãe, eu chego em cinco minutos, e chegando te explico tudo, mas agora realmente não dá. 

-Tudo bem. - ela disse. 

-Não abre a porta pra ninguém além da família ou Bruce.

-Certo, tome cuidado. 

-Sim senhora. 

Desliguei a chamada e acelerei o meu carro o máximo permitido, eu não queria arriscar a vida de Carol e do bebê, mas não podia ficar dando bobeira na rua depois de todas as ameaças que tinha recebido. Eu dirigi atento ao trânsito, a minha mulher ao meu lado e a possíveis ameaças. Eu ficaria doido, careca ou de cabelos brancos antes dos trinta se tudo continuasse assim. 

Assim que cheguei a casa dos meus pais os seguranças dela reconheceram o carro, mas mesmo assim fui obrigado a digitar a senha para os portões se abrirem. Estacionei o carro de qualquer jeito em frente a casa de mamãe e desci, dei a volta correndo no carro e peguei Carol em meus braços. 

-Quer ajuda sr Victor? - um dos seguranças da casa perguntou. 

-Só quero que abra a porta. - ele fez o que pedi e encontrei minha mãe na sala da nossa casa. 

-Leve ela pro seu antigo quarto, está tudo montado lá. - ela disse. - Quanto tempo desde o desmaio? 

-Não sei ao certo, mas foi o tempo de vir de casa aqui. - falei colocando ela deitada na minha antiga cama. 

-Quase dez minutos, é muito tempo. - ela disse chegando perto da minha mulher - Me ajude a tirar as roupas dela, vamos colocar só uma camisola, roupas apertadas não ajudam em nada nesses casos. 

-Tiro tudo? - perguntei. 

-Só deixei ela de roupas intimas se elas não forem apertadas. - ela disse saindo do quarto e logo voltando com uma camisola em mãos me entregando - Coloque isso nela, mas deixe a barriga exposta para vermos o bebê. 

Fiz o que ela pediu e logo ela veio com o celular, e sua maleta médica pro meu lado. Ela aferiu a pressão de Carol e ouviu seus batimentos, depois pegou o gel de dentro da maleta e colocou na barriga da minha mulher. Ela conectou o que parecia o aparelho de ultrassom que ela usava nas consultas ao seu notebook e eu logo vi que ela realmente faria uma ultra emergencial ali. Logo vi uma imagem que não entendi nada na tela e ela disse pra mim. 

-O bebê está bem, agitado, mas bem. - ela disse - Escute. 

-O coraçãozinho. - eu disse ouvindo o som do coração do meu filho. 

-Melhor que isso só uma consulta no hospital ou na clínica e como sei que nenhum deles vai acontecer hoje eu posso te dizer que eles vão ficar bem até irem a consulta. Agora você pode me contar o que aconteceu? 

Eu contei pra minha mãe tudo o que tinha acontecido, desde a caixa deixada na frente da sala de Carol, até a mão na nossa casa. Assim que terminar de contar meu irmão e Bruce chegaram, meu filho dormia num braço do Bruce enquanto com a outra mão ele segurava a pequena mão de Ava que olhava tudo atenta. 

-Titi. - ela estendeu os braços pra mim assim que me viu. 

-Oi pequena nora. - falei pegando ela no colo.

-Nora na cadeia. - ele disse. 

-Me passa meu neto, vou colocar ele pra dormir com Carol, vou ficar com os dois no quarto, quando terminar aqui sobe ficar com eles. - minha mãe disse pegando o João Paulo do colo do Bruce e subindo as escadas. 

-Agora nos conte toda a história. - Nick falou. 

Sentei no sofá e coloquei Ava no meu colo e um desenho na TV, a pequena se aninhou ao meu peito e começou a assistir. Contei a história novamente pra eles. 

-Vou montar uma equipe junto com a dos seus pais pra ficar aqui enquanto vocês ficarem. 

-Não vamos poder voltar pra casa tão cedo. - afirmei. 

-Vou atrás dos caras que estão investigando tudo e tentar descobrir alguma coisa - Nick disse - Já pego algumas roupas e o que vocês precisarem e trago pra cá. Acha que tem necessidade de eu, Bea e as crianças virmos passar uns dias aqui também?

-Eu aconselharia - Bruce disse - Estando todos aqui fica mais fácil organizar a proteção. 

-Passo buscar Beatriz e as crianças quando sair da sua casa. 

-Bruce. - falei atraindo a atenção deles pra mim. 

-Você e Ava também ficam aqui, além de quase família fica mais fácil você organizar a segurança. - falei. 

-Não precisa incomodar, eu e Ava ficaremos bem em casa. 

-Fazemos questão. - meu irmão disse. 

-Então tudo bem. - ele disse - Vou pra casa pegar algumas coisas nossas, ligar pra Nalu avisar que nos mudamos temporariamente e que talvez não vá a sessão dessa semana. 

Combinamos de os dois irem buscar as coisas deles e depois se ajeitarem aqui em casa. Subi pro quarto com a Ava nos braços. 

-Mãe - chamei minha mãe da porta do quarto. -  Nick vai vir pra cá com Bea e as crianças e Bruce e Ava também, pela segurança. 

-Imaginei. - ela disse - Vou mandar arrumar quartos pra todos. Odeio essa situação, mas adoro a casa cheia. 

-Eu sei. 

Ela deixou um beijo na testa de João Paulo e um em minha bochecha e uma na de Ava que tinha apoiado a cabecinha no meu ombro em um claro sinal de que estava com sono. Comecei a ninar aquela bebê pensando em estratégias pra segurança e como organizaríamos a casa, o mais difícil seria fazer as mulheres sossegarem aqui. 

 

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