Capítulo 06

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Esse é o último meus amores, talvez eu volte amanhã!

Meu coração vai sair pela boca, minhas mãos estão suando e geladas, a qualquer momento vou ter um ataque do coração de tão nervoso que estou.

Hoje estou com 2 meses e duas semanas de gestação, minha barriga só tem um relevo bem pequenininho. E justamente hoje estou indo até o apartamento do Vincenzo demorei alguns dias para aceitar completamente, e outras semanas para tomar coragem de contar para ele.

Não sei se ele vai aceitar, mas não me importa só estou indo comunicar ele sobre o bebê, até por que ele é o pai, e tem a obrigação de saber. Mas vou deixar claro que não estou obrigando ele a se responsabilizar por nada, tenho condições agora para cuidar do meu filho graças a Deus, e tenho meu pai e irmão que não vão me abandonar.

Eles não sabem ainda não contei justamente por que pretendo contar para o Vincenzo primeiro, mas quando sair do apartamento dele vou para a casa do Felipe já que meu pai está lá com ele resolvendo algumas coisas.

O carro estaciona na frente do prédio, desço e vou até o porteiro que logo liga para o andar dele, perguntando se posso subir. Em questão de minutos minha entrada é liberada e vou até o elevador apertando no andar que ele mora.

Seguro firme os papéis que estão em minhas mãos, resolvi trazer para que ele não ache que é mentira minha.

Às portas do elevador se abrem, saio a passos lentos, minhas pernas estão bambas e o medo está apertando demais. Não sei se é por que vou ver ele depois daquela mensagem, ou se é por que vou dizer que estou esperando um filho.

Bato na porta com às mãos trêmulas e espero abrir, não demora muito ele aparece todo arrumado com terno, e sapatos sociais. Não fala nada, só me dá espaço para entrar. Entro sem olhar nada ao redor e vou até a sala e fico parado, ele vem e se senta ao sofá, me indicando o lugar vazio ao seu lado, respiro fundo e me sento também:

— O que você quer? – Pergunta me olhando sério, e pode ser loucura minha mas consigo ver uma pontada de preocupação em seu olhar.

— Tenho algo para te contar, não estaria aqui se não fosse realmente necessário. Antes de tudo quero que saiba que não estou aqui para exigir nada, somente te comunicar sobre, já que tem direito de saber. – Ele me olha confuso mas concorda. — Algumas semanas atrás comecei a ter mal-estar, enjoos e tonturas. E por conta disso decidir ir ao médico fazer uns exames, e com isso acabei descobrindo algo sobre mim que até então não fazia ideia que poderia existir... – Dou uma pausa e respiro fundo.

— Fred, só derrama de uma vez. Estou começando a ficar preocupado! – Diz enquanto me olha impaciente.

— Certo, bom... Vincenzo eu descobri que faço parte de uma minoria de homens que possuem úteros por causa de um erro que ocorre no DNA. E a consequência disso, é um filho que estou gerando, um filho nosso! — Tento resumir para não prolongar muito já que ele mesmo pediu, mas é sua expressão que me preocupa.

— Você está de palhaçada com a minha cara, não é Fred? Eu estou me atrasando para uma reunião importante que tenho, para escutar você fazendo esses tipos de brincadeiras? Não sei o que você quer com isso, mas peço que pare. – Diz e se levanta me olhando irritado. Respiro fundo e seguro o choro, pego a foto da primeira ultrassom, do exame de sangue e os documentos do pré-natal. Estico primeiro o exame de sangue, ele reluta mais pega e começa a ler e me olha segundos depois. — Isso não é possível! – sua voz falha. E então entrego a foto da ultrassom. Ele olha pra ela e depois para mim!

— Se quiser mais provas, tenho os documentos do pré-natal. Não estou pedindo para casar comigo ou assumir qualquer responsabilidade Vincenzo, só estou aqui para te comunicar sobre. Como eu disse você tem o direito de saber, você pode me mandar embora agora e falar que não quer a criança que eu vou, nunca mais apareço na sua vida. E quando meu filho ou filha nascer e tiver idade o suficiente para saber vou contar quem é o outro pai, mas vou deixar claro que ele não quis. Não para fazer a cabeça dele, mas por que é um direito do meu filho também! Eu sei como é viver no escuro sem saber realmente quem é seu pai, e eu não quero que meu bebê passe por isso. Assim como fui sincero com você, vou ser com ele também.  – demora alguns segundos até ele respirar fundo e se sentar ao meu lado outra vez.

Meu Garoto - LIVRO 2 - IRMÃOS GANASSALI (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora