Capítulo 14

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Tento abrir meus olhos mas quando consigo a claridade machuca e eu volto a fechar, tento outra vez e consigo. Minha visão vai se acostumando até eu conseguir enxergar o quarto... Espera... Eu não estava em um quarto quando apaguei, estava?

Olho em volta e vejo vários aparelhos ligados e fazendo barulhos, forço os braços até conseguir me sentar... Cadê minha barriga? Cadê meu bebê?

Olho em volta desesperado e os equipamentos apita cada vez mais rápido, sinto meu ar sumir e meus olhos se encher de lágrimas. Meu Deus, cadê meu filho? Onde eu estou?

Vejo duas enfermeiras e um médico entrando no quarto:

— Olá, Fred! Será que você pode se acalmar? Se não, vamos ter que seda-lo. – Olho pra ele atordoado e vejo a enfermeira preparar uma seringa... De novo, não.

— Onde está meu filho? Onde eu estou? Cadê o Vincenzo? – Pergunto enquanto olho para os lados.

— Vou responder suas perguntas, se você se acalmar, tudo bem? – Respiro fundo e tento me acalmar, encosto minhas costas na cama, e respiro lentamente. — Ótimo! — O médico fala, enquanto checa os aparelhos. — Muito bem, Fred! Agora vamos por parte, como disse você precisa ficar calmo. Qualquer sinal de alteração que eu perceber vou ser obrigado a te dar um sedativo, não me entenda mal, mas você está em processo de recuperação e qualquer sinal de nervosismo pode atrapalhar o processo! – Concordei tentando me manter calmo.

— Você chegou aqui em um estado crítico, e com isso tivemos que realizar uma cesariana de emergência para conseguir salvar seu filho, com sorte conseguimos salvar ambos... – Graças a Deus, eu só precisava saber que meu bebê está bem. — Seu filho nasceu prematuro, mas, ele já recebeu todos os cuidados necessário e está bem. Fizemos todos os exames e testes que exigem quando ocorre esses casos e ele está bem sem nenhum tipo de sequelas, só precisa continuar na incubadora por mais alguns dias. – Sorrio aliviado.

— O nosso maior problema foi você, Fred! – Olho com mais atenção. — Você chegou aqui com a temperatura muito alta, e pensamos que perderíamos você na sala de parto. Depois da cirurgia colocamos você na UTI, e horas depois você teve uma reação com anestesia, e uma intoxicação com um remédio que injetaram em você. Quando conseguimos reverter você deu uma parada cardiorrespiratória, para o seu bem estar e sua recuperação ser acelerada tivemos que induzir o coma em você. E ontem a noite tiramos os sedativos para que você acordasse já que seu quadro apresenta grandes melhoras! – Termina de falar. Se não fosse um médico que estivesse me dizendo isso não acreditaria.

— Por... Por quanto tempo dormi? – Falo com a voz falha e a garganta seca, uma enfermeira me trás água.

— Por uma semana Fred! Sei que é assustador dizer que uma pessoa dormiu por um semana inteira, mas foi necessário. – Pelo menos vou ficar sem sono por um bom tempo.

— Posso ver meu filho? – O médico sorri, e nega com a cabeça.

— Quando tiver alta sim, mas por enquanto não. Como eu disse seu filho está na incubadora! Fica tranquilo ele está bem, e se você continuar se recuperando como está logo poderá vê-lo. E respondendo sua última pergunta, seu marido logo estará aqui, o horário de visitas começa daqui meia hora. – Diz e sai do quarto, falando que em poucas horas serei buscado para fazer alguns exames.

Não consigo acreditar que passei por tudo isso. Fui sequestrado pela ex louca do Vincenzo, junto do seu amante. Quase mataram a meu filho e eu. Fiquei em coma por uma semana, e meu filho colocado em uma incubadora... Agora para que? Para que ela fez tudo isso, se no mínimo ela tivesse pedido um resgate tudo bem, mas o que ela ganharia me matando? Não faz sentido, bom... Às vezes na cabeça dela faz ou fazia, mas na minha seria mais lucrativo ela ter pedido um resgate.

— Amor... – Olho para porta e vejo Vince parado me olhando sem acreditar e com os olhos marejados. — Você acordou... – Ele vem andando na minha direção e coloca às mãos no meu rosto, e logo me abraça, retribuo e enfio o rosto entre seu pescoço sentindo seu cheiro gostoso. — Cazzo, que saudade! Nunca mais te deixo sair na rua, sem ter certeza que está com seguranças. – Se afastou e me olhou. — Eu já dei um esporro dos grandes nos incompetentes que deveria te proteger.

— Eu não gosto de andar com seguranças atrás de mim, por isso dei ordens que ficasse, e eu também queria andar um pouco... Não achei que aconteceria tudo isso. – Falo e me sinto envergonhado, eu poderia ter levado os seguranças e ir andando com eles. Se eu tivesse feito isso, nada disse teria acontecido.

— Está tudo bem meu anjo, já passou e você está aqui comigo... Você quer ver o nosso filho? – Pergunta.

— É claro... Mas, o médico disse que por enquanto não posso. – Respiro fundo, e vejo o Vincenzo tirar o celular do bolso.

— Eu sei que não é a mesma coisa que ver ele pessoalmente, mas acredito seja o suficiente por enquanto. – Me entrega e vejo a foto do meu amorzinho...

Você é tão lindo meu filho... Você é tudo pra mim, você é minha parte mais perfeita. Meu coração fora do peito. Eu te amo tanto meu Luigi.

Depois de um tempo sou levado para fazer alguns exames, que me deixou exausto, e quando cheguei no quarto só me deitei na cama e dormi.

Dias depois

Finalmente depois de uma semana minha tão sonhada alta veio, e sabe quem vai sair também? Exatamente, meu bebezinho de cabelo branco... Exatamente meu neném nasceu com albinismo também, Vincenzo sempre que voltava no meu quarto depois de ver ele, chegava todo besta falando do cabelo dele.

Também fiquei sabendo que meu filho causo comoção no hospital, por sério único albino nascido aqui depois de três anos, às enfermeiras quando trazia minha comida só tinha elogio para ele, agora nesse exato momento estamos indo pegar ele. Meu pai e Felipe também ficaram bestinhas, e não era pra menos.

Falando em pai, quando ele foi me ver depois de acordado pensa em um senhor que chorou e disse para eu nunca mais fazer isso, e principalmente andar sem seguranças. A parte dos seguranças ninguém precisa me dizer já aprendi com o trauma que os acontecimentos deixou.

Chego na ala que meu Luigi se encontra e logo vejo a enfermeira vindo na nossa direção com ele, ela sorri e me entrega nos braços meu pacotinho de amor. Tiro o paninho do seu rosto:

— Oi meu amorzinho, os papais veio te buscar. Agora a gente vai pra casa, e te mimar muito. – Cheiro seu cabelo. Olho para Vince que sorri e assim saímos do hospital.

Acho que agora posso falar que nosso felizes para sempre chegou, não é?



Aqui está uma fotinha para saberem mais ou menos como é o bebê do nosso casal.

OBS: Lembrando que o livro já chegou na reta final, e depois desse capítulo só falta três

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OBS: Lembrando que o livro já chegou na reta final, e depois desse capítulo só falta três.

Meu Garoto - LIVRO 2 - IRMÃOS GANASSALI (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora