Eu olho para essa casa, mas aqui não é meu lar. As coisas estão todas fora do lugar. Aqui, na realidade, nem eu tenho um lugar.
O difícil é ouvir a porta batendo e atendar na esperança de ser você. Mas, não é. É sempre aquele cara que a polícia já mandou ficar longe.
Às vezes, eu tenho medo que ele me mate. Às vezes, eu tenho medo porque isso não faz diferença. Vida ou morte, não faz diferença.
Eu tinha esperança de ser como nos contos. De você passar por aqui e me trazer a vida com um beijo. Mas, eu não sei mais se quero a vida.
Talvez eu devesse ir aonde o perseguidor quer me levar. O que ele sente é amor ou obsessão? Não faz diferença porque, eu também não sei se você é a minha paixão ou a minha fixação. Às vezes, eu queria que você fosse a minha esperança. Você não é. Nunca foi.
Eu só queria estar em um lugar onde as paredes não parecessem tão estranhas. Onde eu me sentisse em casa. Onde eu tivesse um lugar. Quem sabe, depois da vida.
x
Oi, querido leitor. Se você estiver sentindo algo assim, por favor procure ajuda!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A vida é poema
RandomOs melhores textos de seis anos do blog A vida é poema. Aviso de conteúdo: Ideação suicida, relacionamento abusivo, sugestão de violência.