Eu já destilei ódio
distribuí amor
guardei rancor
abracei o horror.
Eu me enraiveci
com a falta de vírgula
com o excesso de rima
desperdiçada na sarjeta.
Desejei escrever,
mas minhas mãos,
simbolicamente,
atrofiaram-se
quando ouvi a música
que não desejava dançar.
Coloquei em evidencia
aquele melhor sorriso.
Escondi os meus infortúnios
e estampei as glórias
que não eram honrosas.
No fim eu apenas desejava
um punhado de rosas
uma companhia para consolar,
um beijo para adorar,
mas eu estava só
em um universo de
fantasmas tristes.
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A vida é poema
AcakOs melhores textos de seis anos do blog A vida é poema. Aviso de conteúdo: Ideação suicida, relacionamento abusivo, sugestão de violência.