Prefácio

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Ao atravessar o espaçoso salão de eventos, cumprimento alguns associados enquanto me dirijo ao local onde minha família está reunida

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Ao atravessar o espaçoso salão de eventos, cumprimento alguns associados enquanto me dirijo ao local onde minha família está reunida. Me aproximo dos Bertizzollo's, me sentando em uma das cadeiras disponíveis.

- Essa comemoração está péssima. - Ouço Deise murmurar, enquanto ergue uma taça de champanhe aos lábios.

- Conforme sua percepção, todas são. - respondo e ela sorri.

- Você está sendo muito exigente, Deise! - minha bisavó reclama. - Aqui, você já deveria escolher sua futura esposa, querido. Veja essas mulheres, são bem deslumbrantes.

- Por favor, não comece com sua missão casamenteira, bisa. - Jasmin intervém.

- Vocês são todos muito rabugentos! Na idade de vocês, eu já tinha o Giovanni.

Todos permanecem em silêncio. A menção ao nome do nosso avô era um assunto delicado entre nós.

- Com licença.

Levanto-me da cadeira, pego um copo de Macallan de uma das bandejas do garçom e dirijo-me para a sacada, que oferece uma ampla visão de todo o salão. Enrico e Sebastian juntam-se a mim, em silêncio.

Observamos o salão, lotado. Estávamos comemorando a sucessão de James a Caporegime. Foi necessário um grande esforço para finalmente conseguir lhe entregar este cargo. James não tinha nenhuma ligação com a máfia. Não fazia parte e muito menos era um membro de sangue. Por sua mãe, Teresa, ser uma grande amiga da minha mãe, crescemos juntos. E com o tempo, não vi ninguém mais qualificado para o cargo além dele, mesmo que não fizesse parte deste submundo.

Para se alienar ainda mais o cargo, prometi a mão de Deise para ele. Sabia que era um homem bom e como Don da famiglia. , tinha total direito de decidir o futuro de cada um deles. No entanto, fiz tudo isso, não apenas pensando no bem da família, mas também no bem de ambos, pois até mesmo uma pessoa desatenta perceberia a atração que existia entre os dois.

Um som de piano capta nossa atenção e meu olhar se dirige ao centro do salão, onde uma mulher de cabelos escuros toca o instrumento. Seus olhos estão fechados, enquanto seus dedos percorrem as teclas do piano.

A melodiosa música ressoa pelo ambiente, silenciando a todos. O instrumento é tocado com maestria e, por breves momentos, contenho a respiração apenas para apreciá-lo.

Por um momento a mulher abre os olhos, e encara todo o salão e por breves segundos seus olhos se encontram com os meus e isso é o suficiente para me arrebatar. Seus olhos de cor âmbar me encaram e logo se fecham contemplando a melodia ainda mais.

Ela.

Seria ela.

Apenas ela.

Quem preciso matar para tê-la comigo?

Foda-se, ela seria minha de qualquer forma.

De todas as formas.

















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