Uma Vida Imperfeita

Capitulo IV

Acordei com três batidas na porta.

Mãe de Mirella: - Mirella, acorde, e vá se arrumar para à escola.

Affs, mas um dia naquela escola (inferno). Levantei da cama, e abri o guarda roupa e me assustei quando não vi meus moletons lá. Procurei nas gavetas, desci as escadas e procurei na roupa suja. Como minha mãe havia esquecido de lavar. Entrei no quarto e rapidamente procurei algo.

Ah não, vou ter que me virar com o que tem no meu guarda roupa mesmo.
Peguei a primeira coisa que vi, um jeans escuro e uma regata preta, arrumei meus cabelos e peguei meus óculos.

Cheguei na escola e notei alguns olhares em mim. Alguns de nojo, outros curiosos. Não tinha me olhado no espelho, então não sabia como eu estava. Comecei a olhar no celular, apenas para disfarçar o fato da atenção está voltada para mim. Sinto alguém do meu lado, ao perceber o ALL STAR desgastado vermelho perto do meu tênis preto já sei quem é. Logo seu bom humor invade minha solidão.

Chris: - Nossa! Como você está linda hoje.

Mirella: - Quem?

Chris: - Você. Está diferente. Sem os seus moletons...

Mirella: - Hum... Valeu.

Então finalmente começamos a andar até minha sala. Várias pessoas estão entrando ao mesmo tempo nas outras salas, uma multidão paira sobre mim. Até que esbarro em alguém.

****: -Desculpa aí, gata.

Olho para cima e dou de cara com Henry. Ele me olha espantado, como se não tivesse acreditado no que acabou de dizer.
Ele fica me analisando ,com aqueles olhos castanhos, de cima a baixo me fazendo ficar corada.

Henry: -Olha quem está por aqui, a Nerd esquisita.

Chris: -Pra quem quase a devorou com os olhos, parecia que você gostava do que via.

Chris fala ajeitando seus óculos redondos, praticamente, idênticos ao do Harry Potter.

Henry ,olha com uma cara de debochado e puxa para o seu lado a Patrícia Pillar, uma bela loira oxigenada com mechas cor de rosa , cheia de curvas. E fazia parte das Bitches da Libert.
Alguns boatos falavam que ela é Henry namoravam, mas ele sempre falava que era só sexo. Mas ela sempre foi possessiva quando se tratava dele. Transavam ou namoravam há uns dois anos. Provavelmente ela já havia misturado os sentimentos que sentia por ele. Onde ele pisava, ela beijava. Ele sempre dormia com outras garotas e demonstrava indiferença diante da presença da pobre loira.

Henry: Pra quê uma nerd esquisita, se tenho essa gostosa aqui.

Ele fala olhando para a Patrícia, e eles começam a se pegar lá na minha frente.
Meus olhos enchem de lágrimas. Um babaca, idiota e irresistível. Essas palavras sempre o definiram perfeitamente. Já estava acostumada com atitudes como essas vindo de colegas e parentes, principalmente do Henry. Não demontrei nenhum sentimento no meu rosto, apesar de meus olhos demonstrarem boa parte dos meus sentimentos. Apenas fui para a sala de Matemática mesmo. E a risada da loira de piercing no umbigo dava para ser escutada, enquanto eu me afastava. O que poderia fazer para me vingar? Já parei de pensar nisso há muito tempo. A vingança é algo do que nos arrependemos seriamente, não nós fazem melhores. Apenas piores do que a pessoa que fez isso conosco.

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