Capítulo IX

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Em plena sexta-feira e o sol ainda nem havia nascido, o tempo estava frio e úmido, uma bela desculpa para usar meu moletom preto,cobrindo toda a s cicatrizes causadas pela dor que sempre me perseguia e pelos meus hematomas. Depois do que aconteceu no banheiro, passei a semana toda evitando lugares fechados, e pricipalmente olhar na cara do Henry.
Chegando na escola, passando pelos grandes portões de ferro que mais pareciam uma prisão, vejo uma pessoa que eu preferia nunca ter conhecido, era ele,o Henry.
Ele vinha em minha direção, com aqueles cabelos bagunçados, aquela camiseta preta regata, que marcava seus músculos, e uma calça jeans rasgada, e um sorriso atraente.
Ele para em minha frente e agora percebo o quão alto ele é, uns 20 centímetros maior que eu, o seu perfume, cítrico com um toque amadeirado, encrava intensamente em minhas narinas, me fazendo perde um pouco dos meus sentidos.
Quando percebi, ele chamava meu nome acenando a minha frente.

Henry- Terra chamando Mirella, Mirella...

Mirella- O que você quer!? - Fecha a cara como se nada tivesse acontecido.

Henry- Queria me desculpar, por aquele dia no banheiro. E por tudo. - Ele junta as duas mãos, em frente ao seu peito, como se realmente tivesse arrependido.

Eu olho aqueles olhos castanhos irresistíveis como se pudesse enxergar a verdade através deles.

Mirella- Só isso que você quer mesmo!?

Ele me encarou perplexo, como se não tivesse acreditado no que acabou de ouvir, como um impulso involuntário eu peço desculpa, algo que as pessoas deveriam falar mais, logo depois de falar coisas que acabam destruindo outras.

Ele me olhou como se tivesse vulnerável as minhas palavras, como se estivesse calculando meticulosamente as suas palavras e os seus movimentos.

Sem querer esperar qualquer reação da parte dele, fui aos corredores procurando a sala da minha próxima aula que seria Artes, chegando lá vejo quem não queria, as Bitches da Libert

Elas olhavam para mim e zombavam da minha cara, como sempre. O professor, com os cabelos grisalhos ,me olhava com um olhar reprovador por eu chegar atrasada em sua aula. Logo após eu sentar, ele começou a explicar um trabalho em duplas que seriam escolhidas por ele, neste trabalho teríamos que fazer uma escultura de materiais recicláveis.

Professor: - O Trabalho deve ser feito em dupla, com a ajuda das duas pessoas. Nada de decidirem fazer sozinhos.

Uma menina de pele bronzeada olhos claros e cabelo Califórniana se aproxima de mim, seu nome era Ellena Hilbert, minha dupla do trabalho de Artes. Ela parecia ser simpática.Seus olhos meigos me encaravam antes dela soltar qualquer palavra da sua boca.

Ellena: - Olá, Mirella certo?

Aceno com a cabeça afirmando.

Mirella: - Olá Ellena, então vamos fazer na minha ou na sua casa?

Ellena: - Pensei em irmos em uma sorveteria aqui perto, que tal?

Seus olhos eram meigos, ela era legal, nós podíamos ser amigas. Mas cansei de confiar nas pessoas erradas, normalmente elas te fazem sofrer e nunca mais serem como antes.

O sol escaldante já estava aparecendo entre as nuvens nublada, mas o vento frio ainda me deixava arrepiada.

Estava indo a caminho do Ice Cream, uma bela sorveteria aconchegante aonde tinha sorvetes maravilhoso, era o melhor lugar onde as pessoas do colégio se encontravam.

Quando eu entro na sorveteria, um sininho anuncia a minha chegada

Uma menina de cabelo californiano, vinha em minha direção com uma taça de sorvete na mão

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