Capítulo VIII

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Entrei no banheiro, era lá meu refúgio, era o lugar que continha minhas dores, meus cortes e era o lugar para onde eu ia para ficar sozinha com meus pensamentos. Infelizmente, não durou muito tempo, escutei o a porta do banheiro abrindo, fico horrorizada ao escutar a voz de uma das Bitches da Libert. Era Patrícia, ela estava com um vestido vermelho de mangas curto, com seu batom e saltos combinando e Anira a acompanhava com uma jeans escura super justa e uma blusa xadrez amarrada a ponto de deixar sua barriga e seus seios todos amostra. Elas olharam para mim como se eu fosse um lixo, com aqueles olhares de desprezo, que dava calafrios. Elas se aproximaram devagar, e então escutei elas fecharam a porta com uma força desnecessária, e andarem com passos longos até mim, e a única coisa que eu conseguia escutar naquele momento eram os barulhos dos saltos batendo com força no chão.

Patrícia: - Ora, ora... Eu estava te procurando Nerd, eu soube que o Henry te salvou de ser comida na festa. Mas eu só digo uma coisa, se afaste do meu Henry.
Patrícia falou me dando calafrios, seu olhar de superioridade permanecia sobre mim com um sorriso que parecia adorar o medo que eu sentia dela, ela deu uma risada maléfica e passou uma de suas em minha bochecha, algo que concerteza deixaria marca.

Anira: - É Nerd, você é um lixo, o mundo seria muito melhor sem uma trouxa que nem você.

Essas rasgaram minha alma tão profundamente, minha voz estava fraca, um bolo crescia em minha garganta e lágrimas brotavam em meus olhos. As pessoas nesse mundo cruel não se dão conta que palavras machucam mais que ações, as palavras nos fazem sofrer e as vezes ficam marcadas em nossa mente para sempre. Aquilo que eu vi doeu como facas em meu peito. Mas eu sabia que elas ainda não tinham terminado, juntei forças e minhas palavras saíram como um sussurro de alguém extramamente amendotrado.

Mirella: - Ele me salvou e foi só isso.

Patrícia: - É bom mesmo, mas, para que você não se esqueça...

Anira em um passo, me agarrou pelos cabelos me fazendo soltar um grunhido de dor, as lágrimas já deslizavam pela minha bochecha, mas eu teria que pensar em mais uma desculpa pelos hematomas roxos.

Anira: - Vamos dar um trato em você, sua vadia sem sal.

Os tapas de Patrícia começaram arder cada vez mais, eu já derramava lágrimas e meus gritos eram abafados pela a Anira que estava com um sorriso de extremo prazer ao ver a minha dor. Ela levantou e começou a me dar alguns chutes em minha costela, tentei levantar mas a única coisa que consegui fazer antes de ser puxada pelos cabelos, foi um grito de "socorro". Escutei a porta abrir com força, mas um soco veio no meu olho antes de Henry conseguir me puxar ele estava com um pouco de batom borrado em sua boca como se tivesse dado uns amassos antes de ouvir um grito de socorro de um lixo como eu. Ele me puxou até o estacionamento da escola até o seu carro um ....... , entramos e ele me olhou e tinha certeza que estava reparando em meu olho já inchado, e meu rosto com marcas de tapas.

Henry: - O que aconteceu ?

Não respondi absolutamente nada, não consegui forma as palavras exatas do que acabara de acontecer lá dentro, a dor em meu olho aumentou eu fiz uma careta de dor. Aqueles olhos castanhos escuros estavam em mim como se ele procura-se mais hematomas, ele olhou para meu moletom canguru preto e olhou para mim.

Henry: - levanta a blusa.

Falou em um tom sério, levantei bem devagar meu moletom para que ele conseguisse ver alguns hematomas roxos espalhados pela minha barriga. Seus olhos queimavam olhando minha pele branca com vários hematomas, ele encarava tudo minhas ,bochechas ficaram vermelhas ele percebeu e deu um sorriso de canto aquele que fazia cada garota se derreter por ele. Como se eu fosse de cristal, ele tocou minha barriga e uma dor insuportável fez soltar um gemido de dor . E então eu comecei a chorar, minhas lágrimas embaçavam minha visão, até que sinto braços em volta da minha cintura, Henry Salvatore estava me abraçando.

Sai de perto dele com um olhar de dor sobre ele, abri a porta do carro e fui começando o caminho até minha casa.

Henry: - Mirella, espera. Eu te levo para casa.

Ele falou, com um olhar de pena sobre mim. Nessa hora eu fervi de raiva, pena sério?! Ele me fez sofrer todos esses anos, fez os cortes na minha alma, fez eu começar a ser chamada de Nerd. Ele é um completo idiota, babaca, só sabia me fazer sofrer. Então juntei as palavras e falei o que eu guardei por anos.

Mirella: - O que você quer de mim afinal?! Fala, você quer zuar comigo por ser um saco de pancadas?! Hein?! Você me zoou por todos esses anos, foram os piores anos de todos. Então não tente ser gentil comigo agora, me deixa em paz!

Então saí correndo para casa, no meio do caminho abri minha mochila tirei meus fones e coloquei um música qualquer de k a m a i t a c h i , tirei minha carteira de cigarros e peguei a minha felicidade e a traguei.

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