"Ane me espere!"
"Atrasada como sempre Daiana"
"Nossa, qual o motivo desse mau humor? Não me diga que Ben vai ficar de plantão novamente"
"Não é isso, eu peguei um caso novo"
Anelise Peers, uma das mais famosas detetives policiais em Nova York, e sua secretária/melhor amiga: Daiana Roberts
"O que é desta vez?"
"Uma mulher foi encontrada morta em um beco do Bronx "
"Já descobriram a causa da morte?"
"Aí é que está, não tem"
"Como assim não tem?"
"Pelo que parece não acharam nenhum tipo de ferimento na vítima "
"Nenhum?!"
"Vai ficar repetindo tudo o que eu digo"
"Desculpe"
"Bom, esta aqui é a pasta, quero que você investigue o histórico dela"
"E você? "
"Eu vou para a cena do crime"
Despedindo-se de Daiana ela pegou a chave do carro e partiu. Ele não era tão luxuoso como o conversível do marido mas ela não se importava
"Ótimo, se o trânsito continuar assim estarei lá em 20 minutos"
As mãos batucando no volante, o trânsito não era o motivo de sua agitação e sim o que estava por vir mais pra frente. O telefone toca
"Alô, Ane falando"
"Você não está dirigindo e falando ao telefone, está?"
"Ah, é você Ben"
Benjamin Peers, marido de Anelise e médico principal do grande hospital Presbyterian
"É assim que você trata o grande amor da sua vida?"
"Não me venha com essa, eu estava esperando uma ligação importante do trabalho. E para sua informação: eu estou usando fones"
"Minha Ane, sempre tão direta... Eu só liguei para te dizer que vou me atrasar hoje"
"Está de plantão hoje - só pode ser praga da Daiana "
"Não, tenho alguns papéis do hospital para preencher "
"Por que você não pede outra pessoa?"
"Anelise não comece, você sabe..."
"É o seu trabalho... Eu não devo me envolver... Eu já sei. Preciso desligar"
A polícia já tinha interditado o lugar com suas famosas fitas amarelas, uma multidão de pessoas curiosas se aglomerava na rua. Um polícia surgiu do meio dela
"Detetive Peers? "
"Sou eu mesma"
"Obrigado por vir. Eu sou Daniel, policial local"
"Prazer em conhecer - que aperto de mão forte - e então? O que temos?"
"Minha equipe examinou o local: sem marcas de luta ou sangue e nem sinal de uma possível arma do crime"
"Interessante... E onde está a vítima? "
"Foi levada para a autópsia à alguns minutos"
"Ela carregava alguma coisa? Bolsas ou uma mala por exemplo?"
"Agora que a Srª mencionou... Eles me entregaram isso"
Daniel pegou o embrulho de couro sobre a mesa. A capa está bem desgastada, o que faz pensar que é bem antigo, pelo formato deve ser um livro ou uma espécie de diário
"Um diário? "
"Estava perto da moça, nós tentamos abrir a fechadura mas ela parece ter emperrado com o tempo"
"Entendo... E, quem a encontrou?"
"O namorado. Ele disse que foi vê-la a noite e ela não estava em casa, então saiu para procurar"
"E a encontrou neste estado... Pobre rapaz"
"Os dois moram aqui perto, o endereço está nas fichas se a Srª quiser dar uma olhada"
"Obrigada pela ajuda, vou agora mesmo"
E partiu novamente
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Não Leia
Mistero / ThrillerEsta não é uma história comum, porque ela não tem um começo. Pode ter um final feliz, ou talvez não... Pode falar de amor, ou quem sabe, de assombração Pode ser verdade ou uma simples invenção. Enfim, eu não sei, porque ninguém chegou ao final Acr...