- Bem, eu não devia aceitar a oferta, de verdade. Mas estou desesperada, já andei por uma semana e ainda não achei um lugar isolado o suficiente.
- Tia, você vem cumigo?- Paola fala interrompendo minha conversa com seu pai, enquanto se gruda na minha perna com força.
-Claro princesa, mas só um pouquinho. Sabe, é que a tia está ocupada com algo muito sério então pode demorar muito, tudo bem?- Falo sem conseguir evitar um sorriso feliz enquanto a erguia no meu colo.
- Chega, venha para o meu colo Paola. - O Gigante na minha frente pede estendendo os braços para a pequenina no meu colo, que imediatamente se agarrou em mim e escondeu o rosto no meu ombro.
- Ow, calma pequenina, vou te por no colo do.... do.... Qual é o seu nome mesmo?- Perguntei para o Grande alfa na minha frente.
- Héktor Scharfe Klaue ao seu dispor, senhorita?- Diz ele dando uma pausa para que eu diga meu nome.
- Elizabeth GuteHölle, sob as suas leis me apresento como viajante independente.
- Venha logo, não temos muito tempo de noite, o sol nasce em 30min.
- Senhor Scharfe, o sol não é um problema para mim, para ser sincera.- Falo não demonstrando à ele, mas super incomodada de revelar essa fato que me dava vantagem tática sobre ele.- Vou com você de bom grado afial não tenho mais de 2 dias antes que o ciclo trimestral reinicie. Virando para a Paloma que ainda estava no meu colo digo- Vai para o colo do seu pai, ele estava preocupado e com saudades de você.
Sem questionar muito minha fala ela vira de braços abertos para o pai esperando que ele a pegue nos braços. Em seguida se aconchega no seu pescoço e boceja. Um fato que realmente me incomodou foi eu não ter conseguido deixar de reparar que o dito pescoço não tem marca de pertencimento, coisa que não deveria fazer diferença para mim, mas por algum motivo irracional faz, Creio que deve ser coisa da minha fertilidade.
Outra grande diferença entre uivantes e hematófagos é o período de procriação, enquanto os omegas uivantes ficam frágeis nesse período, as fêmeas de minha espécie ficam ferozes, e durante o ato sexual temos a necessidade de morder nosso parceiro, enquanto nos uivantes isso gera uma ligação para toda a vida, para nós é só mais uma forma de prazer durante o sexo, nós bebemos o sangue deles é um ato de confiança, mas só prazer, sem elo para toda a vida ou algo do gênero. O que realmente marca um casamento vampiro é chamado de o Pacto do vinho e só pode ser realizado na noite de Zorya.
Continuo observando ela aconchegada ao colo dele enquanto os sigo sendo ladeada pelos caçadores uivantes que acompanhavam cada passo meu. Observo que os dois que derrubei sentem dor e imediatamente começo a vasculhar na mala o unguento de antes, para lhes ajudar com os ferimentos, quando finalmente encontro ofereço ao que está mais próximo de mim, ele me olha desconfiado e nada diz enquanto pega a pequena lata e cheiro, quando finalmente acaba sua meticulosa investigação diz:
- Tem cheiro do unguento que minha avó passava nas feridas dos filhotes da família.- Depois disso simplesmente pega um pouco e passa em suas próprias feridas. Ouvindo do nada a fala de seu subordinado o Alfa se vira e olha com olhos arregalados o uivante passar o unguento que outrora ele mesmo recusara para a proteção dos seus. Observando a reação do seu alfa o uivante com o unguento diz: - Eu reconheceria esse remédio em qualquer lugar, é eficaz e não arde, pode passar sim. A proposito,- diz ele se virando para mim,- onde conseguiu a receita, ou mesmo um pouco disso.
- Eu estava em uma caçada na floreste de Mil Noites e saí perdendo para um tigre da pradaria, vaguei durante algumas horas procurando um córrego ou algo do tipo para me limpar e tentar me recuperar da luta, quando encontrei uma cabana abandonada e decidi passar a noite nela. Bem a cabana não era abandonada, nela vivia uma senhora muito simpática e que me deu muito esporro por lutar com um tigre da pradaria, mas que também cuidou de mim e me deu um pouco desse unguento para que eu pudesse seguir com minhas peripécias segundo ela. Ela é uma senhorinha bem fofa, tem olhos verdes e tinge o cabelo grisalho de azul.
O lobo com o unguento se virou para mim com os olhos arregalados e perguntou:
- O nome da senhora é Amora Garden?
- Nossa você conhece ela, não é. Bem sim é ela mesma.
Observo o olhar dele mudar de espanto para raiva de um momento para o outro, e quase que em comunhão todos os demais se colocam entre nós dois. Exceto o Alfa Scharfe Klaue, que fica me olhando com uma expressão estranha.
- Eu não entendi muito bem o que está acontecendo, mas qual é o seu nome uivante?
- É Lúcio Garden, e essa que você descreveu é a minha avó, que morreu há 1 ano vítima de um ataque de um hematófago, que presumo ser você ou um conhecido seu não sua víbora sangue-suga?
Rio descontroladamente com a declaração dele, ao ponto de todos ficarem confusos com o que estou fazendo.
-É impossível ela ter morrido há um ano, eu estava com ela há dois meses não me ouviu? Ela está viva e me ensinou a receita desse unguento. Eu acho que ela simplesmente fugiu e nenhum de vocês conseguiu rastrea-la, pois me encontrei com ela e ela estava muito bem vivendo só na floresta das mil noites.
- Acho que não está entendendo senhorita GuteHolle, encontramos há um ano neste mesmo lugar que você descreve o corpo da senhora Garden sem uma gota de sangue. - O Alfa diz simplista
- Bem meus pêsames então, mas sei o que vi e quem conheci, e definitivamente Amora não está morta. E fico feliz em conhece-lo Lúcio Garden, ela disse que é uma pessoa compreensiva e fiel e que te ama muito em uma das nossas conversas.
- Chega Lúcio, vamos continuar, quero por logo a Paola na cama dela.- Diz o alfa com cara de poucos amigos.

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Seduzindo o Alpha Absoluto
VampireElizabeth GutHölle saí de casa em busca de mudança por já não aguentar mais o pensamento antiquado e retrogrado do pai. Sem prever que se encontraria com uma criança incrivel que mostraria a ela o caminho para o seu destino.