III

6 0 0
                                    

Da posição em que eu caí imediatamente parti para cima do uivante caçador á minha direita, dei em soco firme na lateral do seu queixo e apliquei um golpe reto na sua traqueia, levando ele a inconsciência rapidamente. Logo avancei para o próximo oponente usando minha velocidade e a mesma tática aplicada no anterior para vence-lo. Tomo um pequeno folego dou uma rasteira precisa no meu terceiro oponente fazendo com que ele bata a cabeça ao atingir o chão.

Infelizmente antes que eu me desse conta os dois uivantes restantes vieram para cima de mim com tudo, e sem que eu me desse conta eu já estava presa ao chão com dois homens de no mínimo 100kg cada um em cima de mim.

- Chega sangue-suga, fica quieta.- O mais alto disse com os dentes expostos e rosnando ferozmente como no início da transformação.

- Paola, corre, eu vou te achar e te levar para casa depois de lidar com esses dois.- Quando acabei de falar o maior uivante entre eles, o que estava em cima do meu tórax me mantendo no chão parou de rugir para mim.

Pensei comigo mesmo, que bonito, tantos anos de pratica para ser domada assim por um cão sarnento, que merda não?

- Oque disse para ela?- Me perguntou o grande cão sarnento.

-Não te interessa, não vou deixar que a levem ou que a machuquem.- Respondi seca, sem um pingo de sentimentalismo na voz, e olhando intensamente nos olhos profundos da fera à minha frente. Ele por sua vez teve o disparate de sorrir com, por assim dizer, felicidade, mostrando sua arcada cheia de dentes caninos e ferozes. Deslocando completamente a situação inicial com a que nos colocamos agora.

- Tia, non fala assim cum meu papai, é feio se cumportar mal. O meu papai veio me buscar, non plecisa mais me levar p'a cidade. Mas pode vir comigu p'a minha casa, p'a brincar de buneca.

- Bem, sangue-suga de pote, vi que temos um mal entendido aqui.- O cão falou com um sorriso mais humano, um belo sorriso por sinal, mas o cheiro não me descia, cachorro... grr- Pelo visto você não sequestrou minha pequena não é?

- Não, totó. Eu a encontrei na mata correndo de um renegado. E ia leva-la para a delegacia hoje quando acordasse. Se é o que quer mesmo saber.- Falei jogando uma isca, e dando um sorriso irônico como se não me importasse. Percebi que ele ficou incomodado com o meu sorriso, e já obtive a resposta que queria com isso. Sem dar-lhe tempo de fazer perguntas ou ameaças que eu estava cansada de ouvir segui falando o roteiro com o qual estou acostumada a iniciar relações. - Não. Não tenho intenção de ficar ou montar residencia aqui, não sei mais de onde eu vim de tanto que eu já viajei, não apresento perigo nem para sua família nem para sua alcateia, você não saberia que eu estava aqui ou passei por aqui se não fosse pelo incidente com a sua filha, e sim, eu sei que você pode me matar sem quebrar nenhuma lei e sem que ninguém descubra.

- Hum, então você é dessas... Mas desse tamanho?

- Por favor, seja mais específico, não leio mentes atoa.

- Durona mesmo sendo um pingo de gente.

- Olha quem fala, você deve pesar bem uns 300kg e está sentado em cima se mim, e esse seu amigo gigante também.- Imediatamente os dois se levantarem me permitindo me mexer e checar se está tudo bem com o meu corpo, sem falar nada pequei minha bolsa e vasculhei atrás de um frasco de unguento específico para curar os uivantes que eu feri durante a luta.

Assim que achei o frasco me levantei e o carreguei comigo na direção do primeiro que eu atingi, sem me dar trégua de verdade, ou confiança cega para uma desconhecida, o papai da Paola me agarrou pelo braço com um olhar inquisidor, antes de perguntar.

- O que pensa que está fazendo?

- Consertando meu engano, não é veneno olha- Digo levantando a blusa e deixando meu abdomem a mostra enquanto aplico uma quantia generosa da pasta medicinal. - Estou passando onde o seu cachorro me deu um chute bem forte.

- Pode não ser para você e ser veneno para nós. Não estou muito disposto a confiar na sua afirmação, nem a arriscar a vida deles.

- É bem sábio da sua parte para ser sincera, mas em fim, posso ir, ainda tenho muita estrada para percorrer e muita coisa para fazer, estou num período complicado do trimestre e não devia ter entrado e uma briga desse porte, sinto muito pelo incomodo.

-Período complicado do trimestre?O que exatamente isso quer dizer?

- Ah, você sabe, suas fêmeas e alguns machos seus também tem, é intimo. E eu não deveria ter tantas pessoas assim perto de mim, estou de partida.- Me viro para Paola que agora se encontra no Colo de outro vira-lata e jogo um beijinho e um tchau para ela, me tornei ótima com despedidas ao longo do tempo, com a condição de que sejam rápidas.

-Você está se isolando não é?- Me perguntou o Alfa que ainda não sei o nome.- Neste período complicado de trimestre você representa perigo para as outras pessoas não é?

- Antes de tudo, sim,  menos para crianças, mesmo a segregadora assassina mais radical não conseguiria matar uma criança de qualquer raça nesse período do trimestre, e por fim sim represento ameaça para todo o resto enquanto não for saciada, por isso estou me isolando.

- Eu tenho sangue, e se não for o bastante te consigo mais para que você não represente ameaça para minha família sangue-suga de pote.

-Minha sede... Bem não tenho sede de sangue totó. tenho necessidade de outra coisa, algo que só um macho poderia me dar e eu não quero isso de nenhum.- Falo quase corando ao imaginar ele me saciando

- How, minha deusa, que vergonha, me desculpe sangue-suga de pote, não quis me insinuar nem dar em cima de você, ou algo do tipo. Já que é assim, e eu continuo disposto a te agradecer por ter passado a noite com a minha princesa, te ofereço as grades de contenção à novatos, assim não tem que se preocupar com machos ou com representar risco à segurança das pessoas. isso claro sob a condição de que siga seu caminho assim que for seguro para você e para as demais pessoas.

Seduzindo o Alpha AbsolutoOnde histórias criam vida. Descubra agora