Poderíamos

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Nan sumswigo sipeo, I bami silheo
Ijen kkaego sipeo, kkumsogi silheo
Nae ane gathyeoseo, nan jugeoisseo
Don't wanna be lonely
Just wanna be yours

Eu quero respirar, eu odeio essa noite
Eu quero acordar, eu odeio esse sonho
Eu estou preso dentro de mim e estou morto
Não quero ficar sozinho
Só quero ser seu

Mark seguia em silêncio atrás de Lee Junsu, o mordomo da casa de Jinyoung. Ele não tinha muitas memórias boas envolvendo o homem mais velho, ele parecia partilhar da mesma antipatia por si do que o pai de Jinyoung, mas se havia alguma parte boa daquelas memórias era quando Jinyoung o trazia para a sua casa e eles precisavam correr para se esconder do mordomo, que não perderia a oportunidade de contar ao seu patrão que ele estava ali. Mark quase riu sozinho se lembrando de uma vez que eles se esconderam num armário de limpeza como dois adolescentes, embora ele já tivesse 21 anos e Jinyoung 20. Parecia um tempo tão longínquo, embora tivesse se passado somente 5 anos entre um acontecimento e outro.

Aquele relacionamento entre ele e Jinyoung durou três longos e intensos anos, embora parecessem muito mais. Mark lembrava dos pedaços daquela casa como se fosse ontem, embora fizesse 2 anos que não pisava ali, desde que ambos terminaram tudo. A falta que sentia de Jinyoung e daquele ambiente era abrasadora, e nada parecia ter mudado de lugar, somente a sombra do pai de Jinyoung que agora estava encolhida em um canto da casa. Ele quase se sentiu a cinco anos atrás.

O homem olhou por cima de seu ombro com desaprovação quando Mark deixou escapar o som da sua risadinha. Ele tentou se manter calado no mesmo momento, pois havia percebido que desde ontem o clima não estava bom naquela, visto como Lee Junsu ficara pálido quando recebeu o Tuan na mansão e pareceu ainda mais desesperado quando o americano disse que estava ali procurando por Youngjae, que havia sumido na floresta. Nada parecia bem e agora ele estava tenso sem saber o que esperar.

Finalmente pararam na frente de um quarto que Mark sabia não pertencer a Jinyoung, pois ele já estivera naquela casa inúmeras vezes embora fizesse alguns anos que não pisasse mais ali. Junsu bateu duas vezes pesada porta de madeira antes de abri-la. Mas antes de empurrar a porta para permitir a passagem de Mark, ele o fitou com seriedade e lhe disse:

― Espero que não tenha vindo até aqui para tumultar mais a cabeça do jovem mestre Park do que já está, Sr. Tuan.

Mark prendeu a respiração, pois o Junsu quase não se manifestava em qualquer coisa que envolvia as coisas de Jinyoung. Ele podia sentir a preocupação do homem. Assentiu com a cabeça, também sentindo-se culpado, mesmo que desta vez não tenha feito nada. Ainda.

― Não se preocupe, Sr. Lee. Eu só vim visita-lo como amigo.

O velho senhor não pareceu ter se convencido muito sobre o caso, mas mesmo assim assentiu, e permitiu que Mark adentrasse o quarto.

O cômodo era grande e tinha uma antessala antes de chegar ao quarto. Era parecido com o quarto de Jinyoung, com toda a decoração antiga e de inspiração ocidental. Mas este quarto tinha a decoração na sua maioria no tom negro e outros toques de cinza, deixando-o mais moderno do que a decoração vitoriana do quarto de Jinyoung. Ele se apressou passando pela antessala para abrir a porta do quarto em si, ficando surpreso ao ver a pessoa deitada na cama, olhando para a frente com o olhar perdido e entediado. A sua cabeça estava enfaixada de forma mal feita, havia uma ferida exposta em seu braço com sangue seco e uma tala mal feita, sem contar do enorme corte em sua bochecha.

― Jackson!

O moreno virou-se para ele, dando um sorriso fraco ao vê-lo se aproximar.

― Mark... – ele suspirou.

Howl [ 2jae ]Onde histórias criam vida. Descubra agora