Após acordar com o som da voz de Jared Leto e lembrar que tinha que pegar o avião em poucas horas, Maria foi, de pijama, até o café da manhã oferecido pelo hotel. A garota era fascinada pelas mesas fartas que eram oferecidas e ia com os olhos brilhando nos pratos.
Mano, aqui tem croissant de TUDO QUE É RECHEIO. Eu preciso pegar um de cada.
Parecendo uma criança em loja de doces, encheu o pequeno prato até ver que tinha pratos em tamanho normal na sua frente, bateu com a mão na testa pela inteligência rara e fingiu que preferia estar com um pratinho transbordando que um normal, serviu uma xícara de chá e se dirigiu até uma mesa vazia.
Tirou foto do prato e mandou para suas amigas e recebeu as respostas mais variadas
Laura: "CARALHO BIBIANA, VAI PASSAR MAL ME MANDANDO FOTO DESSAS COISAS QUE NÃO POSSO COMER"
Mariane: "vão cobrar teu café à parte pela despesa"
E, por fim, de sua mãe.
Mainha: "ta ai pra trabalhar ou comer como uma orca?"
Realmente, tudo para melhorar o seu humor na manhã.
Indo em direção ao elevador, subiu até o quarto, tomou um banho relaxante para recuperar as forças que não existiam mais no seu corpo. Colocou um short de malha cinza, uma blusa vermelha básica e um chinelo para aguentar as longas horas no avião. Passou um creme no cabelo e amassou um pouco para melhorar na definição, mas não adiantou muito pela correria da mesma em fazer o check-out e ir até o aeroporto.
Bibiana Maria
Ótimo, não eras tu que queria ser independente? Vamos melhorar o portunhol e ir pro avião logo.
Discutir comigo mesma era uma das formas de não arrancar os cabelos ou ter uma crise Alá Britney todos os dias, era terapêutico e estranho, mas funcionava.
-Buen dia –falou com uma senhora que estava rindo da televisão que mostrava um episódio de Chaves na sala de espera- ¿El vuelo a Berlín de las once horas ya fue llamado?-Llamaron a pocos minutos – respondeu não desviando a atenção do Chaves que corria atrás da Chiquinha com uma vassoura.
Dei um sorriso amarelo e preferi andar normalmente até lá, escutando os diferentes sotaque e línguas no aeroporto internacional da capital.
O meu personal já estava na cidade alemã e me esperava para acostumar o meu corpo para o desafio. Teriam alguns técnicos e até mesmo algumas seleções lá presentes, seja para conhecerem os possíveis árbitros, até rir dos mesmos morrendo depois da pequena corrida ao vivo.
Mariane não conseguiu vir, eu entendia que ela tinha os trabalhos da faculdade de Artes Visuais, mas se sentia intimidada em saber que era a mais nova e, possivelmente, a única sozinha.
A Laura estava trabalhando em turno integral para economizar o dinheiro do seu noivado. Assim, vou possivelmente terminar o desafio e sair para passear pela cidade e visitar pontos históricos que a mesma possui.
Depois de finalmente entrar no avião e deitar a cabeça na janela, fiquei lendo Herdeira das Cinzas e tentei ver um dos filmes disponibilizados pela companhia aérea. Pela época, deixaram disponível o filme do Pelé que, mesmo sabendo toda a história e as músicas, escolhi rever mesmo sentindo os olhos pesarem antes da metade do documentário.
-Señorita, llegamos a Berlín – senti a aeromoça me cutucar sem graça.
-Gracias, tenga un buen descanso – respondi enrolada pelo sono e sem graça, mas a mesma sorriu em agradecimento. Deve ter entendido a intenção.
Agora a melhor parte, esperar com o coração na mão, a mala surgir na esteira e torcer para ninguém ter pegado ela. Escolhi olhar o meu amado twitter até a mala vermelha com adesivos aparecer perto de mim
- AMÉM! – agradeci/gritei e fingi que nada aconteceu, procurando o motorista que estava encarregado de me levar pro hotel e me buscar uma hora depois para o treinamento.
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like water • joshua kimmich
FanfictionAno de Copa do Mundo, momento em que muitas nações colocam seu orgulho em jogo, reunindo famílias e lágrimas nos breves noventa minutos de jogo. Um orgulho para cada jogador convocado, defender seu país no maior evento futebolístico masculino, uma p...