Havia chegado o dia do início da Seleção. Jeongguk perdeu o sono quando ainda eram quatro e vinte e cinco da manhã, e como não conseguiria mais pregar os olhos, decidiu se levantar. Respirou fundo tentando conter o súbito nervosismo e se sentou na cama, sentindo a camisa branca de seda deslizar pelo seu ombro esquerdo, deixando o mesmo exposto e causando um leve arrepio no corpo do príncipe, já que a madrugada em Busan era um pouco fria, ainda mais naquele início de outono. O ômega olhou em volta e parou suas orbes no abajur grande que ficava ao lado de sua cama. Ligou-o e após o bilionésimo suspiro daquele início de dia, resolveu levantar-se da gigantesca cama de dossel.
Jeongguk afrouxou o cordão de seda presente em sua grande camisa e deixou que a mesma deslizasse pelo seu corpo. Nu, o príncipe seguiu para o cômodo ligado ao seu quarto e encarou a banheira grande, logo enchendo-a de água morna e ali entrou, ficando por quase quarenta minutos submerso no montante do líquido de temperatura amena, apenas sentindo as pequenas ondas causadas pelos movimentos de seus pés se quebrando em seu corpo. Fechou os olhos, mentalizando as mais positivas coisas para que nada desse errado daquele dia em diante. Sua casa teria vinte e cinco alfas a mais, todos lutando por si, seria necessário mais do que boas vibrações para que não ocorressem tragédias dentro dos limites daquele castelo.
Passado um tempo, Jeongguk se ergueu de dentro da banheira e saiu dela, logo enrolando-se numa toalha felpuda de cor vermelha presente ali por perto. Secando o seu corpo, substituiu a peça por um roupão de plush azul acinzentado e voltou até seu quarto, sentou-se na cadeira acolchoada e encarou a caixinha que continha suas maquiagens. Encarou seu reflexo no espelho e franziu o cenho ao ver nítidas olheiras ao redor dos seus olhos, logo lembrando-se da fala de Taehyung, da conversa que tiveram na noite anterior: “Eu já lhe disse uma vez e irei dizer de novo: não é por você ter uma personalidade mais forte do que a de outros ômegas que os alfas estarão contigo apenas por interesse. Haverão interesseiros? Sim. Mas, se por sorte, sua outra metade estiver nessa seleção, será justamente a sua personalidade que irá atraí-lo. Você é apaixonante, hyung.”
Sorriu. Taehyung era um verdadeiro anjo, sempre lhe dizendo coisas para aumentar sua autoestima, mesmo que Jeongguk ainda estivesse assustado com a possibilidade de que sua alma gêmea não estivesse ali e que fosse forçado a se casar com um alfa lúpus que não o amasse de verdade. Seu appa, Kunpimook, percebeu a insegurança do filho e já lhe deixou claro: “Se você, ao fim dessa Seleção, não se interessar por nenhum alfa, nunca permitiria que você se casasse forçadamente. Caso isso aconteça, faremos outra Seleção, e então outra e outra. Você nunca irá fazer o que não quer, você nunca será submisso a quem não deseja ser”, disse o ômega mais velho, deixando o príncipe levemente mais tranquilo. Jeongguk então suspirou novamente e decidiu que teria o mais positivo dos pensamentos.
Limpando o rosto com um algodão, o príncipe começou a se maquiar com calma. Mesmo que todos já soubessem que Jeongguk era naturalmente bonito, o ômega lúpus sempre fora um homem vaidoso, querendo estar ainda mais estonteante do que qualquer outra pessoa. Não era um fator de exibicionismo; o jovem nobre se sentia bem fazendo aquilo, então simplesmente não havia nada de errado. Depois de um tempo se maquiando, o Jeon parou para pensar que havia visto o rosto de todos os selecionados, exceto o do favorito do seu appa ômega: Park Jimin. Todos os garotos que estavam na seleção eram muito belos, em sua opinião, entretanto, gostaria de ver o quão bonito era o ex-Casta Seis. De acordo com Kunpimook, era um dos mais belos. De tanto devanear sobre o alfa lúpus que ainda nem conhecia, Jeongguk sentiu o coração acelerar e deu um tapa fraco em seu próprio rosto.
- Pelos deuses, Jeon Jeongguk... você precisa de um pouco mais de foco – murmurou para si mesmo, terminando sua maquiagem com uma leve iluminação avermelhada ao redor dos seus olhos. Suspirou satisfeito e se levantou, abrindo o roupão e deixando o mesmo deslizar pelo seu corpo até cair no chão. Devagar escolheu suas roupas, vestiu as mesmas e se olhou no grande espelho presente ao lado de sua cama. Usava uma calça preta, que ficara quase em estilo clássico já que a mesma ficara muito larga em suas pernas, sendo então arrumadas dentro do coturno de cano alto de mesma cor, dando um efeito “bufado” abaixo do joelho. A camisa em um tom bege era realmente larga e grande para si, e a parte da frente era arrumada por dentro da calça. Ao invés de botões, a peça possuía um cordão trançado que começava na metade de seu peitoral até a gola da mesma, que era larga o bastante para que boa parte das clavículas do Jeon aparecessem. As mangas da mesma eram bem maiores do que ao braços de Jeongguk, e isso deixava o príncipe satisfeito. Vestiu então o sobretudo que formava um conjunto com a calça: uma peça negra com três botões dourados razoavelmente grandes, estes que se fechavam na altura da cintura do príncipe. Possuía as golas altas, o que deu ao Jeon um ar de vilão de filmes. O jovem ômega riu com aquilo e tendo terminado de se vestir, colocou a gargantilha de prata, esta que possuía um pequeno pingente de diamante no formato de esfera. Os cabelos arroxeados estavam divididos de lado, deixando uma pequena parte da testa do príncipe à mostra. Tendo colocado todas as joias que precisava, Jeongguk segurou a coroa de mediana de prata e rubi e ajeitou a mesma na cabeça. Estava pronto. – Bom trabalho, seu príncipe estúpido. Eu acho – murmurou para si mesmo e colocou uma faixa vermelha em seu ombro, usada somente para eventos oficiais do reino. A faixa era vermelha e dourada, feita de cetim e possuía o nome do Jeon escrita no coreano antigo.
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CASTA 6 • pjm + jjk
Fanfiction[CONCLUÍDA] O rei de Busan achava que era o momento certo para que Jeongguk se casasse. Não que quisesse comprometer seu filho à força, muito pelo contrário, seu lindo e doce ômega era a coisa mais preciosa de sua vida, juntamente de seu esposo. Ok...