O sangue mais forte

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CHEGUEI! Muito obrigada pelas quase 90 mil leituras, eu fico muito feliz :(((( esse é o penúltimo capítulo, e eu queria dizer que vocês foram incríveis em todos os momentos até aqui. Obrigada. Amo vocês 💕 tenham uma boa leitura!

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O alfa lúpus estava sentado no jardim, segurando um caderno com folhas brancas sem nenhuma linha. Nele, desenhava um rosto aleatoriamente, deixando que sua mão e mente trabalhassem em conjunto naquele processo criativo. Encostado num tronco de árvore, viu os traços criarem forma com o passar dos minutos e então, ao finalmente prestar atenção no desenho, arregalou os olhos um pouco chocado. Seu coração bateu um pouco mais rápido do que o normal, mas logo sentiu tudo normalizar e apenas sorriu pequeno. Então era isso. Decidiu que agora desenharia mais atentamente, colocando os mínimos detalhes daquele rosto no papel. Enquanto desenhava ouviu sons de passos se aproximando e ao ver quem era, fechou o caderno, colocando-o de lado.

- Eu trouxe sorvete! – Seulgi exclamou animada, estendendo um copo para Chanyeol com um grande sorriso no rosto. Ela era assim, sempre sorridente, por mais que adotasse uma postura mais séria em raros momentos. – É de baunilha, você gosta? – perguntou, se sentando ao lado do mais velho, este que havia acabado de levar uma boa colherada até a boca. Soltou um “hmmmm” e a beta riu. – É, acho que gosta. Pedi pra minha mãe me ajudar a separar algum sabor pra você, e pensei nesse. Não sabia bem qual trazer... decidi por baunilha.

- Queria fazer uma surpresa? – Chanyeol perguntou com um meio sorriso e Seulgi assentiu com a cabeça. – Eu adoro baunilha. É um dos meus sabores favoritos, obrigado – falou sorrindo e Seulgi devolveu o sorriso, feliz. – Me fale, como andam suas tarefas? Já se adaptou à ideia de ser uma princesa? – perguntou e a beta fez bico, suspirando ao sentir o sorvete de massa derreter em sua boca aos pouquinhos, para então deslizar por sua garganta suavemente.

- Nah. Quer dizer, não tenho tanto trabalho quanto o Jiminnie, na verdade eu quase não tenho absolutamente nada pra fazer. A única coisa que preciso aprender é japonês e acompanhar bem as aulas de etiqueta. Ainda bem que consegui aprender a ler antes de vir morar aqui... minha mãe e eu costumávamos pedir para algum escrivão quando queríamos enviar alguma carta para o Jimin, mas com o passar dos meses começamos a estudar graças ao dinheiro que o maninho deixou pra gente... já te contei essa história, né? – disse, arrancando de Chanyeol um aceno enquanto que este tinha a boca cheia. – Aliás, você fala japonês, não é? – perguntou, comendo.

- Uhum. Se quiser posso te ajudar com isso quando você tiver algum problema ou dúvida. Você vai ver no fim das contas que não é muito difícil, posso me esforçar para te ensinar de forma que você aprenda rapidamente – Chanyeol disse, colocando-se à disposição da mais nova, que acenou com a cabeça, novamente levando uma colherada de sorvete até a boca enquanto olhava o mais velho com um semblante adoravelmente atencioso. O alfa riu.

Os dois ficaram por algum tempo em silêncio, apenas saboreando o sorvete. Estava calor naquele dia, mas haviam nuvens escuras cobrindo o céu indicando que choveria logo. Estavam baixas e bem carregadas, mas os dois amigos não pareciam estar ligando muito. Tinham uma vista perfeita do jardim e da parte de trás da casa de vidro, onde não batia muito sol já que o teto da mesma era feito de quartzo branco. Algum tempo depois, a beta pensou em alguns assuntos para falar com Chanyeol, mas sua mente lhe avisou que deveria ser cautelosa. Entretanto, sua quietude chamou a atenção do alfa.

- Seu silêncio está ferindo meus ouvidos, princesa.

Seulgi deu um pequeno salto, já que estava tão perdida em seus próprios pensamentos que acabara se assustando com o mais velho falando consigo tão de repente. Bem, Chanyeol lhe conhecia o suficiente para saber que a beta não costumava se manter calada por muito tempo, na verdade era bem o oposto. Sempre era falante, e quando não sabia o que dizer puxava qualquer assunto, desde falas sobre o clima ou sobre “como o céu de Busan é brilhante durante a noite”. E... ele havia acabado de chamá-la de “princesa”. Não sabia como interpretar aquilo.

CASTA 6 • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora