Love will never die.

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[December, 24]

-E é você!-mutano me rodopia no colo, sentando-me na cama e continuando a cantar.

-Gar, para!-Digo rindo, vendo que o menino me ignora completamente.

-O motivo dos meus sorrisos que só você vê.-Ele me puxa, colando-me ao seu corpo e sorrindo novamente.-É tudo por você...

- Eu já disse pra você parar de cantar! Está cedo e é véspera de Natal, deixem todos descansarem!-Falo baixo, fazendo mutano me deitar em sua cama.

- Foi você quem disse que queria uma serenata de amor.-Ele enrola uma mecha do meu cabelo em seus dedos, mordendo os lábios.

Mutano tem me feito sorrir como nunca desde o dia que finalmente tivemos nossa primeira vez. Isso o fez ficar mais próximo de mim, e a possibilidade de imaginar uma vida com ele se torna mais presente, não parece tão impossível agora.
Estamos na véspera de Natal, como Robin não conseguiu uma viagem grandiosa esse final de ano, decidimos só fazer uma festa no Jardim em frente à Torre.
Mutano ama ir lá. Tem uma vista do mar incrível e é bem fresco, do jeito que ele gosta.
Me deito no seu braço, fechando os olhos e apenas sentindo o garoto me abraçar mais ainda.

-Sabe o que seria bom agora?- Ele pergunta com a voz baixa, como se não quisesse que ninguém escutasse.

- Não, o que seria bom agora?

-A gente se divertir um pouco, enquanto todo mundo ainda tá dormindo.

Ele sobe encima de mim, sorrindo como sempre, me beijando em seguida. Antes que realmente começassemos alguma coisa, Cyborg bate na porta.
Mutano para o beijo, revirando os olhos e levantando da cama. Ele tira a blusa e bagunça o cabelo, olhando pra mim e mandando Eu me encostar na parede.
Tapo a boca, tentando segurar a risada. Ele abre a porta com uma tremenda cara de sono.

-Pô, cara! Eu tava dormindo maninho.-ele diz, mostrando apenas o rosto e o tronco para o homem em sua frente.

- Foi mal, me deixa entrar aí! Temos que empacotar o presente de todo mundo-cyborg força a porta, mas mutano impede.

- Eu tô pelado, Cyborg.-O homem em sua frente faz uma cara de nojo.

-Deus me livre de ver essa sua azeitona, falou.-Ele bate a porta.

Mutano ri, olhando para o quão encolida eu estava na cama.
Eu me sento novamente, olhando dessa vez com atenção o quarto. Ele parecia estar arrumado, e não tinha o mesmo cheiro de comida estragada que eu estava acostumada sentir a metros de distância.

-Você arrumou o quarto porque eu vim dormir hoje aqui?-Arqueio uma sobrancelha, vendo o menino colocar as duas mãos na cintura.

- Eu?! É claro que não!- Ele faz "puff" com a boca.-Eu apenas tenho me tornado um Verdinho mais organizado, okay?!

-Vamos descobrir se é verdade mesmo.-Levanto, colocando minha mão em seu antebraço normalmente, esperando a energia vir até mim.

Porém, não Foi como eu esperava que fosse.
Eu simplesmente não senti nada. Nem uma visão, um sentimento, uma lembrança, um pensamento, nada. Estava apenas sentindo a pele dele, o braço dele, nada mais além disso. Nada além de contato.
Automaticamente eu me desespero, solto o braço dele e cruzo os braços, olhando pra ele, um tanto assustada.

-O que você viu?- Ele pergunta, preocupado com a expressão que eu havia feito.

-Nada, e esse é o problema.-Descruzo os braços, gesticulando.-A empatia não funciona em você.

-Mas a um tempo atrás ela estava funcionando, você usou ela em mim!

- Eu sei!-Minha voz se altera em algo mais grosso, do mesmo jeito que tenho certeza que meu olhos ficaram vermelhos, assustando o menino na minha frente.

bbrae-The Beast Boy.Onde histórias criam vida. Descubra agora