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-Você falou que o Neymar tinha pressão baixa e por isso ele fica caindo! – exclamei estressada com Violet.

-Eu estava bêbada – se defendeu se arrumando na cama.

-E falou que o Fagner era o Felipe Simas do inferno – Anne acrescentou.

-Felipe Simas é lindo, ele deveria se sentir elogiado.

-Violet, no seu primeiro dia de trabalho você já conseguiu brigar com metade da seleção! – me sentei.

-Eu já disse que estava bêbada – bufou – e eles também estavam, provável que nem lembrem mais – deu de ombros – Eu preciso subir. Eles tomam café da manhã cedo, preciso chegar antes para impedir que comam algo fora da dieta deles – se levantou e saiu do quarto antes de ajeitar o cabelo.

-Eu também preciso ir – Anne comentou – a pessoa que vai dividir o quarto comigo chega essa manhã.

-Vai dividir o quarto com alguém da fotografia? – perguntei.

-Não faço ideia. Não me disseram nada, só que chegaria essa manhã. Mas deve ser da equipe da seleção – deu de ombros – Bom, vou indo. Até depois.

-Até – sorri fraco vendo ela sair pela porta.

Suspirei antes de abrir minha mala e escolher a roupa que usaria hoje. Uma calça jeans e uma camiseta básica de mangas. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo bem alto e calcei um tênis branco. Saí do quarto e guardei o cartão da porta no bolso de trás da calça enquanto caminhava pelo corredor até o elevador, apertei o botão e por alguns segundos, esperei até a porta abrir e eu entrar no cubículo.

-Segura! – escutei quando as portas estavam quase se fechando e levei a mão para que se abrissem novamente – Obrigado – Philippe entrou sorrindo suave – Vai tomar café também?

-Sim – ele assentiu levemente.

A porta se abriu no penúltimo andar (sendo que o último era o local com piscina) e saímos juntos. Andamos até o pequeno buffet do café e comentávamos sobre a dieta que Violet tinha lhe passado a cada coisa que ele não poderia pegar. Caminhamos até uma grande mesa onde a maioria dos jogadores estavam sentados e Neymar me chamou para sentar à seu lado.

-Bom dia – me deu um beijo na bochecha.

-Bom dia – sorri – Já se acertou com a Violet?

-Ela pediu desculpas – deu de ombros – mas Jesus ainda está bravo. Passou a noite chamando ela de mal educada, descontrolada e desinibida.

-Bom, ela é – ri fraco – mas ela só estava bêbada. Logo eles se acertam – eu espero.

Vi Annelise entrar pela porta e procurar algo com os olhos como se estivesse desesperada. Assim que seus olhos pararam em mim, caminhou apressadamente parando em frente à mesa.

-Bruna fucking Marquezine é minha colega de quarto – falou rápido e vi Bruna vindo pelo mesmo caminho que Anne.

-Bru! – me levantei e abracei a mulher sorridente.

-Tasha, que saudade – saímos do abraço.

-Ah, vocês são amigas – Anne disse percebendo que era a única dali que não conhecia a mulher.

Bruna cumprimentou os outros garotos e se sentou numa cadeira vaga junto a Anne.

-Chegou quando? – Alisson perguntou.

-Ney me buscou no aeroporto essa manhã. Que cara de sofrido é essa, Jesus? – Bru olhou para o garoto escorado na mesa.

-Até você!? – perguntou indignado.
-Viu, não é só o meu Eu Bêbada que enxerga o sofrimento do garoto - Violet falou do canto da mesa.

-Vai se foder, Sampaio.

-Olha, sabe meu sobrenome. Andou me stalkeando no Instagram? – disse debochada.

-Não é só o seu “Eu Bêbada” que é irritante – se levantou saindo da mesa.

-Ui, tá de TPM – provocou enquanto o homem saía.


(...)


-Você não pode descansar agora – falei para Gabriel que havia parado de correr.

-Mas eu não aguento mais – falou meio ofegante.

-Os exames de hoje precisam ser com o corpo quente. Preciso saber da aceleração cardíaca depois de correrem – expliquei.

-Então faz o exame em mim agora – falou como se fosse óbvio.

-Mas ainda faltam cinco minutos.

-Se eu correr mais cinco minutos eu morro – o olhei sabendo que era mentira – Tá, eu posso correr mais meia hora, mas eu só quero parar um pouco. Por favor, Tashinha – fez biquinho.

-Só se você prometer nunca mais me chamar assim – ele riu – Tá bom, vai indo para o consultório que eu já vou – cedi.

-Ai, eu te amo – me deu vários beijinhos na bochecha – Obrigado, Tashinha – falou atravessando o campo correndo e eu só revirei os olhos.

-Tite! – gritei para o homem que incentivava os garotos a continuarem a correr. Ele me olhou e fez sinal para que eu falasse – Vou começar os exames – avisei e ele só assentiu – Tira a camisa – falei para Gabriel quando entrei na sala.

-Já chega assim? Não vai nem me pagar um drink primeiro? – brincou.

-Cala a boca, Jesus – rimos.

Peguei o esfigmomanômetro para medir sua pressão e enrolei em seu braço. Coloquei o estetoscópio em seu peito e pedi para que respirasse fundo diversas vezes enquanto passava por tórax.

Levantei o olhar e vi que Gabriel me olhava atentamente. Estávamos tão próximos que sua respiração podia ser sentida.

-Sua...batida está...boa – falei baixo e embolada por tamanha proximidade.

-Está? – perguntou encarando meus lábios.

-Aham – concordei.

Seu movimento foi rápido e logo sua boca estava colada com a minha. Suas mãos apertavam minha cintura enquanto as minhas passavam em seu abdômen. O ar fez falta e nos separamos devagar. Dei um passo para trás e encarei o chão.

-Ah...sua pressão – voltei a me aproximar e tirei o tecido elástico de seu braço – sua pressão está boa – anotei suas batidas e pressão na prancheta.

-Então eu vou indo – pegou sua camiseta e saiu da sala antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Respirei fundo e passei a mão pelo rosto. O que acabou de acontecer?

-Oi – me virei e vi Philippe na porta. Ótimo – Está tudo bem? Jesus saiu todo estranho daqui.

-Tá – falei rápido – Tá tudo bem – forcei um sorriso – Vamos começar o exame?

🥀🥀🥀🥀
Oi pps
Só queria avisar que troquei os personagens
Então voltem no primeiro cap e me digam oq acharam
Bjos amo vcs
(Nao esquecam de votar)

leucemia ⭐{Philippe Coutinho}Onde histórias criam vida. Descubra agora