leucemia ⭐{Philippe Coutinho}

019

- Oi - Natasha sorriu quando atendeu a vídeo chamada e viu Philippe sentado com os cabelos molhados.

- Oi – sorriu bobo vendo a garota se jogar no sofá de casa.

Era assim todos os dias desde o final Copa. Assim que Natasha chegava do consultório onde trabalhava, às 17:30, Coutinho ligava para ela por vídeo chamada de Barcelona, às 22:30. Conversavam por meia hora e desligavam para que Tasha tomasse um banho e passasse um tempo com Violet, que morava com ela. Às 18:30 se ligavam mais uma vez e conversavam até chegar a hora de Philippe dormir, meia-noite, então Tasha ia fazer seus afazeres, já que no Brasil ainda eram 19 horas.

- Como foi seu dia? - passou a mão pelos cabelos molhados.

- Cansativo. Tive que fazer alguns raio-x, uma garota que está fazendo faculdade foi fazer entrevista de emprego e eu tô com pena de dizer que não temos vaga... cansativo - se ajeitou no sofá. - E o seu?

- Ãh...normal. Como todos os outros - olhou para os lados - Cadê a Violet? Já chegou? - mudou de assunto fazendo Tasha estranhar. Coutinho sempre tem algo novo para contar sobre o seu dia, seja uma brincadeira que Arthur tenha feito no vestiário ou uma jogada nova que Ernesto tem a pedido, sempre tinha algo que amava contar.

- Não sei porque, nem como, mas nessa manhã ela me disse que ia passar o final de semana em Manchester, com Jesus. Então provavelmente já deve ter ido antes de eu chegar - riu dando de ombros.

- O que esses dois estão tendo, hein? - riu também.

- Não faço ideia. Ela foge do assunto toda vez que eu pergunto. Mas ela estava bem distraída com as mensagens essa semana, provável que estava conversando com ele - contou e Coutinho assentiu - Onde você está? - perguntou ao perceber que aquele não era o quarto de seu apartamento.

- Oi? - Coutinho ficou tenso com a pergunta e Natasha perceber o seu nervosismo quando ele coçou a nuca, coisa que só fazia quando ficava nervoso e sem jeito.

- Esse não é seu quarto, é? - se endireitou no sofá.

- N-não, não é – coçou a garganta - É de um amigo.

- Amigo? - forçou um sorriso tentando não demonstrar estar com ciúmes.

- Philippe, cheguei - uma voz feminina suou longe e Natasha ergueu as sobrancelhas.

- Um amigo? - perguntou de novo.

- Preciso desligar, Tashinha. A gente se fala mais tarde, ok? Te amo - falo rápido e desligou antes que Tasha pudesse dizer algo.

A mulher largou o telefone e escorou as costas no encosto do sofá, não acreditando no que havia acontecido. Não era possível. Coutinho não podia estar com outra mulher. Não que ele Natasha namorassem. Já haviam conversado sobre isso e decidiram que, enquanto estivessem longe um do outro, não teriam nada sério. Mas não haviam comentado sobre se envolverem com outras pessoas. Mas largar o único tempo que tinham para conversarem só porque alguém havia chegado, não poderia significar outra coisa senão ele estar na casa de outra.

Pegou o seu telefone mais uma vez e ligou de volta, sem que ele atendesse. Bufou irritada e tentou mandar mensagem para Violet, que provavelmente estava em um avião para Manchester agora e não responderia tão cedo também. Decidiu que iria tomar um banho para ver se esfriava um pouco a cabeça, mas só piorou quando ficou pensando sobre aquilo debaixo do chuveiro. Quando saiu do banheiro, já vestida, viu seu telefone recebendo uma chamada do homem que rodava seus pensamentos e não pensou duas vezes antes de atender o aparelho.

- Oi, desculpa ter desligado tão repente...

- Na casa de qual amigo você está? – interrompeu o homem.

- Ãh... um aí. Você não conhece - deu de ombros.

- Seu amigo tem a voz um pouco fina, né? - sua voz saiu carregada de deboche.

- Foi a mulher dele que chegou - falou simples como se já tivesse pensado na resposta que daria caso Tasha perguntasse sobre a voz.

- E por que ela te chamou quando chegou? - ergueu uma sobrancelha.

- Para me avisar que tinha chegado, ué - desvio o olhar da tela - Você está com ciúmes, Tashinha? - abriu um sorriso de lado.

- Ciúme? Eu? De você? Por que eu teria?

- Parece que está - sorriu divertido.

- Para sua informação, não estou. E nem tenho porque sentir. Nós não temos nada mesmo - deu de ombros fingindo não se importar.

- Não temos nada? - o sorriso de Philippe se fechou.

- Nada sério. Não foi o que decidimos? Você pode ficar com quem quiser assim como eu também posso. Sem ciúmes - falou sério.

- Como assim? Do que você está...

- Preciso desligar agora. Até outra hora, Couto - encerrou a chamada.

Natasha respirou fundo pensando na conversa e nas respostas de Philippe e se jogou na cama, querendo gritar por estar sentindo ciúmes. Do outro lado, Philippe estava perplexo, sem saber o que Natasha quis dizer com não terem nada.

- Ela desconfiou de algo? - Philippe ergueu o olhar vendo a morena parada a sua frente.

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uma frase q resuma oq coutinho ta fazendo?