AMIGO

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O meu amigo não me olha
tem receio da vidraça
d'alma dele assim quebrada
e por mim escancarada.

O meu amigo é um bobo
cheira à doçura, de um bolo novo,
ainda assim pensa em azedume
como um pobre limoeiro em alto cume.

Meu amigo se tu soubesse
se eu, ah se eu, te contasse
que tua janela é minha lua,
que a vidraça já não mais perdura...

Vamos! Lá fora o sol está
livre e cálido,
a ventania retoma o teu percalço
e nós nos vamos nos detendo
em ver-nos nos recantos deste tempo...

os dois amigos
a brincar
de dois amores.

os dois amigosa brincarde dois amores

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A Criação segundo a CarneOnde histórias criam vida. Descubra agora