SETENTA VEZES SETE

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Por duas vezes,
acho que um século durou cada uma,
disseste afetos que me deram de beber lágrimas.
Colossal foi minha felicidade.
Estrelas eram insetos que roçavam o meu braço
e minha pele ardia,
inundado de ti que me escolheu.
Isso por duas vezes.
E por três vezes,
traíste-me,
deixas-te,
ferido de arfar no pulmão sangue.
Por três vezes
te amei de dor excruciante na perfídia.
Perdoei-te.
É como me declaro. É como respiro.
É como sou (teu).
Se for assim também que Deus ama
Então perdoo... a Ele.
Por ter me feito te amar.
Por ter-te feito.
Por duas vezes tu.
Por três vezes eu.
Deus uma só, perpetuamente.
A matemática do Senhor é pura paixão.
Deus não sabe mais contar.

Deus não sabe mais contar

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A Criação segundo a CarneOnde histórias criam vida. Descubra agora