TÃO JOVEM

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Eu era tão jovem...
Sorria vendo meu corpo
Arder em chamas
Meu sangue e lágrimas
Inundando meu espírito
tolo brincando de poeta
Cantando sentimentos tortos
Nas madrugadas frias e cinzentas
Era Romeu decadente
Ela minha Julieta enlouquecida
Apaixonado pela vida
Criando essência de amor
Com ritmo,cor e sabor embriagante
Eu era tão jovem...
conhecia pouco da vida
Sabia muito da morte
Ela andava me rondando
Levando sonhos, amigos
Inocência, desejos loucos e suicidas
Sobrevivi as monstruosidades da vida
Ficaram lembranças entristecidas
Aprendi a sair desses labirintos sem cor
Ocupei minhas noites com o dia
Consumi meu ódio com alegria
Disse adeus ao medo com minha voz
Rouca e emudecida.

E. RUSSEAL

BAR VAZIO E ALGUMAS CRÔNICAS DE TRISTEZAOnde histórias criam vida. Descubra agora