LIRA PÓSTUMA

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Eu sei que morri
Naquela noite trágica de 1996
Ao som fúnebre do vento frio
Depois de meses intensos
Embriagado de beijos
Versos e desejos
O vinho que descia
Lavando os cortes das feridas
Acalmava a dor
Das agonias de amor
Fui pra você a soma
De várias vertentes
Fugas, filosofias, poesia
Tristezas dementes
Me fiz de anjo de tuas quimeras
Homem vazio habitado por feras
Ao morrer me descobri pó
Ao morrer me vi estranho
Ao morrer se foi teu encanto
Ao fechar dos olhos
Me descobre em sonhos
Adeus amor, adeus.

E. RUSSEAL

BAR VAZIO E ALGUMAS CRÔNICAS DE TRISTEZAOnde histórias criam vida. Descubra agora