⊱ CAPÍTULO V ⊰

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N/A: BOO, POR ESSA VOCÊS NÃO ESPERAVAM!

Em primeiro lugar, ontem foi aniversário do Harry! Em segundo lugar, Mystical ultrapassou 150 votos (sim, essas conquistas são muito importantes para mim)! E em terceiro lugar, mas mais importante que tudo, a StylesSusan (leiam minha metadinha) me pediu, então:

ATT DUPLA NESSE DIACHO.

Obrigada por lerem! Não se esqueçam dos votos e comentários ♡



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Episódio: Dagger and Rose

*Semanas após os eventos que resultaram na morte de Anne e Daniel Styles*

A viagem de Salem, Massachussets, até a Escócia, demandou do cavaleiro negro quase um mês de seu tempo.

Talvez você não tenha ciência disso ainda, mas o tempo é algo precioso. Ele é irrecuperável e incontrolável e, inevitavelmente, encerra sua performance patética trazendo consigo a morte. São por essas razões que qualquer ser humano decente valoriza seu próprio tempo.

O fato é que ele não era alguém decente.

Na realidade, ele não era sequer alguém.

Ele era um instrumento, para um fim. Não tinha vontade ou vida própria. Ele tinha um destino traçado por Deus, o qual não poderia evitar – era como uma flecha lançada no ar em direção a um alvo. Precisava alcançar seu objetivo e então tudo estaria terminado. Não era algo para se entristecer, era uma honra! A maioria dos seres humanos vivem sem um propósito, mas ele era um dos escolhidos para ter um.

Quando chegou ao primeiro vilarejo da Escócia, o vento fresco ricocheteava em seus cabelos enquanto seu cavalo trotava sem descanso. Seus trajes negros eram da mesma cor que os pelos de seu animal (que secretamente nomeara de Aquiles) e lhe permitiam misturar-se às sombras da noite, sentindo como se pudesse ser invisível – não que ele já não fosse, de qualquer forma.

O cavaleiro negro percorreu rapidamente os vilarejos escoceses em direção ao Castelo de Doune¹, localizado exatamente no centro daquele território.

A miséria do povo escocês era notória desde que os ingleses tomaram para si a Escócia, a fim de formarem um único reino, o da Grã-Bretanha. De fato, a Coroa inglesa desejava constituir um reino poderoso, o que implicava, naturalmente, em dominar novos territórios. Contudo, eles desejavam apenas a terra escocesa e não a cultura e as pessoas que vinham com ela, pois se julgavam superiores. Por esse motivo, o rei da Grã-Bretanha era negligente com aquela região.

Tal negligência, deixara o povo escocês na pobreza, porém esperançoso – ela permitiu que Charles Stuart², herdeiro original do trono do antigo Reino da Escócia, sobrevivesse à guerra que resultou na unificação de ambos os reinos. Charles era o maior dos procurados pelos ingleses, mas estava refugiado bem diante dos narizes esnobes deles; em seu palácio em ruínas, ele conspirava contra A Coroa com quase nenhum esforço para ocultar-se.

Já no celeiro real, o jovem cavaleiro tirou a cela de Aquiles e lhe deu alguns cubos de açúcar. Ele sabia que o companheiro estava exausto de uma viagem tão longa e quando começou a escovar sua longa e negra crina, convenceu a si mesmo que o fazia para relaxar a si mesmo, não para recompensar o animal. Não, claro que não, não era como se ele pudesse ter um amigo.

Por fim, apertou a caixinha de música que carregava consigo contra o peito.

– Me deseje sorte, garoto – seria arriscado chamá-lo pelo nome em voz alta.

Mystical (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora