Capítulo 6

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A cabeça está-me a doer énes enquanto ando até eles. Parece que me andaram a atirar pedras à cabeça. A Juju está a olhar para mim com um sorriso e o Diogo, que ainda não reparou em mim, afasta-se dela quando esta tenta mexer-lhe no cabelo.

- Olá Filipinha! – diz a Juju. Odeio quando ela me chama isto! Tipo eu gosto, mas só se for a Mémé ou a Sofia porque até a Angie me chama Li, porque se for outra pessoa parece sempre que está a gozar com o meu nome.

- Oi Juju. – digo formando um sorriso sínico, igual ao dela.

- Espera aí, o que é que estás aqui a fazer? Isto é uma festa! Não sabia que agora vinhas a festas. – diz e começasse a rir.

- Pois, pensas-te mal! – digo e olho para o Diogo. – Já vi que já conheces o Di. – digo tentando sorrir ao máximo e  chego-me mais para a beira dele.

- O Di? – pergunta ela confusa. Sem que consiga parar as palavras elas saem da minha boca.

- Sim, o meu Di. – digo carregando no “meu” e ponho-me à frente do Diogo em frente à Juju.

- Teu Di?! Ele não disse que tinha namorada. – diz endireitando-se à minha frente e pousando o seu copo em cima da mesa. A Juliana é mais alta que eu para aí uns 5 cm e ainda por cima os saltos dela são mais altos que os meus.

- Agora já sabes! – digo dando um passo à frente.

- Desculpa lá, mas estás a dizer-me que esta coisa… – aponta para o Diogo. – …namora com esta coisa – aponta para mim. O Diogo ainda não disse uma única palavra e depois lhe vou agradecer por isso, acho.

- Olha, em primeiro lugar estas coisas têm nome e tu sabes, segundo tu não tens nada a ver com as nossas vidas e terceiro desampara-me a loja que os teus cornos aqui já ocupam demasiado espaço. – “nunca pensei que soubesses dizer isso!” diz o meu subconsciente, eu juro que o vou tirar um dia.

- O que é que tu disseste? – diz a Juliana dando um passo á frente com cara de muitos muitos poucos amigos e batendo com as mãos dela nos meus ombros fazendo com que eu vá um bocado para trás. Eu acho que lhe vai saltar a tampa, e que ela está toda vermelha! Quando olho pra o lado reparo que a nossa “conversa” já não era só nossa, porque as pessoas que estavam mais próximas de nós e até se afastaram formando um círculo.

- Eu acho que tu ouviste bem. – digo com sorriso dando também um passo em frente e fazendo o que ela me fez a mim. Neste preciso momento a Juju prepara-se para andar para a frente, na minha direção, mas o Diogo põe-se à minha frente de frente para a Juju.

- Ó Juliana, eu achava melhor agora ires. – diz o Diogo.

- Olha olha, agora precisas de um rapaz para te defender é? – diz a Juliana olhando para mim. Tento andar até ela, mas o Diogo põe os braços dele na minha cintura e puxa-me para ele quando se apercebe que eu já estava quase a pregar-lhe um estalo.

- Eu não diria isso. – diz a segurar-me porque eu acho que se ele me largasse um bocadinho eu já estava em cima dela. Depois de ficar a mandar-me olhares desiste.

- Vejo-te depois, Filipinha. – diz a Juju. Eu juro que se o Diogo nem me estivesse a agarrar mesmo eu já lhe tinha partido a cara toda. Tento-me soltar do Diogo, mas ele não deixa.

- Larga-me! – digo tentando sair do aperto dele. Depois de já não conseguir ver a Juliana ele larga-me. – Fogo Diogo! – digo virando-me para ele. – Ela merecia que lhe tivesse partido a cara toda, ela é tão… Agrr!! – juro que me estou tentar controlar.

- Calméx! Tens noção que ias armar aqui um estrondo…  - interrompo-o.

- Ela merecia-o! Merecia isso e muito mais... – agora ele interrompe-me.

I give you my heartOnde histórias criam vida. Descubra agora