Don't Worry, I'm All Yours

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O céu escuro totalmente sem estrelas não deixa dúvidas que o dia seguinte será de sol novamente, mas agora, tarde da noite, um vento frio corta meu caminho pelo estacionamento, fazendo com que meu vestido se levante um pouco e meus braços se arrepiem de frio. Entro no carro e dou a partida, e enquanto espero o ar quente envolver um pouco o ambiente, checo meu celular: uma mensagem de meus pais avisando que saíram com uns amigos, o grupo da novela como sempre animado, minha prima dizendo que está ansiosa pela minha estreia e meu namorado me mandando inúmeras mensagens sobre como está cheio de saudades, como o dia fica vazio sem mim e como ele quer trucidar nosso diretor por não ter encaixado nossas gravações no dia de hoje. Sorrio e bloqueio a tela sem responder ninguém, ligando o rádio em uma playlist especial e romântica. Penso em Nicolas, incrível como os meus pensamentos nos últimos meses se voltam tão facilmente para ele. É verdade que eu tentei resistir no início, mais verdade ainda que muitas vezes eu me pego com medo, receosa de que estejamos indo rápido demais, que tenhamos nos entregado com muita facilidade, pelo menos eu me entreguei, mas todas as vezes que olho para ele, que mergulho no azul de seus olhos e que ele me toma em seus braços, eu esqueço tudo que me amedronta. Desde o nosso primeiro beijo, as coisas simplesmente parecem certas, exatas. Estamos juntos há pouco mais de dois meses e rapidamente engatamos um namoro, a intensidade com que as coisas aconteceram não permitiram a calma de um início de relacionamento, é como se nos conhecêssemos desde sempre. Outro sorriso corta meu rosto ao me lembrar de quando nos vimos há dois anos atrás, do nervosismo que tomou conta de Nicolas e de como ele estava lindo, com uma carinha de neném perdido em meio aquele monte de gente. "A gente se encontra", ele me disse. E estava certo. Na época eu não prestei muita atenção, estava iniciando uma relação que me traria consequências emocionais desastrosas. Meu sorriso desaparece com essa lembrança, e o medo toma conta de mim novamente. Por isso estava tão incerta sobre me render à Nicolas e meus sentimentos, como poderia eu ter certeza de que seria diferente? De que eu não me machucaria? De que eu não seria somente uma "adesão" à sua extensa lista de conquistas? Nem percebo quando mudo a rota de meu caminho para casa, e quando dou por mim, meu carro está estacionado na vaga de visitantes do condomínio dele. Desço e sinalizo a portaria onde eu vou, recebo um sorriso gentil e um sinal de que posso prosseguir. Cumprimento alguns seguranças em meu caminho até o elevador e aperto o botão que me levará até ele. Quando chego no andar indicado, ele já está na porta a minha espera, e sorri grandemente quando me vê, me abraçando pela cintura e capturando meus lábios assim que me aproximo o suficiente, enquanto me puxa para dentro do apartamento.

- Eu não esperava por você. Não respondeu minhas mensagens. - Ele desce seu nariz para meu pescoço e aspira meu cheiro; meu corpo se arrepia novamente, dessa vez não mais de frio.

- Eu não queria ficar muito tempo parada naquele estacionamento. É escuro e tenebroso demais para se estar sozinha. - Envolvo seu pescoço com meus braços e também sinto seu cheiro, deixando toda insegurança se esvair de meu corpo.

- Não é tão ruim acompanhada, né? - Ele finalmente olha em meus olhos, um sorriso safado em seus lábios.

- Nicolas! - Reviro os olhos. - Suponho que você tenha muita experiência nesse tipo de companhia naquele estacionamento. - Tento me afastar, mas ele me mantém presa em seus braços.

- Só recentemente, com uma morena aí. - Ele pisca pra mim. - Muito da ciumentinha.

- Cala a boca. - Dessa vez não tento afastá-lo, pelo contrário, o puxo em direção ao sofá e me sento, trazendo-o comigo. - Meus pais não estão em casa. - Falo, subindo em seu colo, uma perna de cada lado de sua cintura. - E eu também estava morrendo de saudades. - Avanço em sua boca, uma de suas mãos rapidamente está em minha nuca, segurando meu cabelo com força, a outra aperta minha bunda, me fazendo soltar um gemido entre o beijo. Ele sorri, mas não corta a dança de nossas línguas e quando fricciono minha intimidade em seu membro já completamente endurecido, ele é quem não consegue esconder o desejo.

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