Monday Morning

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25 de Fevereiro de 2019

Abri a porta de casa devagar naquela manhã preguiçosa de segunda-feira. Quando se está de férias, todos os dias se parecem com o anterior. Os raios de sol ainda brotavam no horizonte quando tirei minha camisa e joguei sobre meu ombro deixando também o tênis no canto do meu apartamento. Estava tudo silencioso, bem diferente da noite passada. Apesar de um dia desgastante de trilhas, longas caminhadas e depois um mergulho, Juliana ainda tinha vontade de algo a mais. Não que eu não tivesse, mas as vezes sua "sede" me assustava.
Ri sozinho adentrando o quarto, ele ainda estava meio escuro e o barulho insistente do ar condicionado fez meu corpo quente se arrepiar. Eu sentia pequenas gotículas de suor passando por meu tórax, meu short estava grudado e minha testa escorregadia. Olhei para a cama e no emaranhado de lençóis, minha mulher, sim, ela é minha, se espreguiçava como uma gata manhosa. Olhei em meu relógio, que também me auxiliava nos exercícios e o mesmo marcava 6:15 da manhã. Retirei os fones e pousei na pequena estante que ficava embaixo da televisão.

- Já acordou, preguiçosa? - Perguntei ainda que baixo.

- Uhum. - Confirmou em um gemido, voltando a se espreguiçar.

- Ainda é cedo. Durma mais um pouco, a noite foi agitada para nós dois. - Sorri de lado e ela escondeu o rosto nos travesseiros.

- Vem pra cá. - Pediu.

- Vou. Mas primeiro, uma ducha. Está um inferno lá fora, já volto. - Joguei um pequeno beijo e fui em direção ao banheiro. Meu celular apitou e o tirei do bolso, colocando na bancada, era uma mensagem de minha mãe perguntando se eu e Juliana a veríamos desfilar no carnaval. Digitei rapidamente uma resposta qualquer prometendo conversar com minha namorada sobre o assunto e quando ergui minha cabeça, a visão fez meu coração acelerar. Juliana estava parada no começo da porta, ela tinha os braços cruzados e um bico irresistível de sono. Seus olhos estavam pequenos, os cabelos quase louros emaranhados e em seu corpo, apenas uma blusa a servia quase como um vestido. - Eu falei que voltava rápido. - Ela se aproximou com seu sorriso safado no rosto. Seus dedos passaram por meu peito e desceram até o elástico do meu short.

- Se você não me quer, tudo bem. - Ela se virou em direção a porta e ao passar a mão no cabelo jogando-o para o lado, a blusa subiu revelando sua bunda um pouco marcada por mim ontem. Salivei. Coloquei o aparelho na bancada e a segui em passos rápidos pegando sua cintura, Juliana soltou um gritinho de surpresa e se virou colocando a mão em minha nuca.

- Eu nem tomei banho ainda. - Sussurrei em seu ouvido enquanto ela passava os lábios pelos meus.

- E você acha que me importo? - Seus dedos agora passeavam por meus fios, ela me olhou com tanta intensidade que senti apertar dentro da cueca, assim como meu coração parecia acelerar a cada segundo. Sua mão foi para onde ela tanto gostava, meu pau. Ju me massageou enquanto esfregava seu corpo em mim, minhas mãos deslizaram por baixo de sua camisa a levantando para deixar aquela mulher completamente nua. Tirei meu shorts enquanto ela tentava me puxar para a cama, caímos naquele mar de lençóis e ela puxou minha nuca para um beijo. Nossas línguas dançavam conforme era nossa fome, eu jamais me cansaria de beija-la, de ama-la da maneira que aquela mulher merecia. Apertei suas coxas, sua bunda, ela se roçou em mim e gemeu dentre meus lábios. Abri suas pernas a deixando completamente exposta para mim, um tom de vermelho atingiu sua bochecha quando percebi o quão molhada estava. Acariciei a região com meus dedos e segurei firme sua cintura antes de mergulhar de uma forma avassaladora. Passei a língua por toda região, a chupei enquanto ela me dava nomes desconexos e tentava fechar suas pernas para aliviar a sensação de prazer. Quando percebi seu centro se fechando em torno de minha língua, parei imediatamente depositando um beijo em sua testa enquanto a penetrava. - Devagar, amor. - Ela sussurrou segurando meu ombro. - Ainda estou dolorida. - Mordeu os lábios e então os beijei. Juliana se agarrou em mim e me mexi lentamente dentro dela, nossos corpos deslizavam facilmente, eu não era o único banhado pelo suor. Em sua testa, gotículas se formavam se misturando as minhas de maneira insana. Descobri-la em vários ângulos era a melhor coisa que eu já havia feito na vida, desde nossa primeira vez eu jamais perdi o tesão e aquele amor quente que se transformava em gozo por aquela mulher.
- Nicolas, eu vou... – Me chamou entre um gemido e outro. Lambi seu pescoço e massageei seu seio, seus olhos estavam fechados e sua boca semi aberta. Nossas respirações afoitas nos deixavam dentro de nosso próprio mundo.

- Deixa vir, meu amor. - Sussurrei próximo a sua boca estocando ainda mais forte. Em poucos segundos, a senti se fechar sobre meu pau e acelerei meus movimentos a ponto de gozarmos juntos. Era como ver estrelas, suas unhas fincaram-se em minhas costas e eu segurei seu cabelo com um pouco mais de força que o normal. Nos mexemos lentamente ainda exaustos pelo prazer que havíamos alcançando. Beijei seu pescoço antes de deixa-la e me deitar ao seu lado, seu corpo logo se aninhou no meu e suas unhas faziam carinho em meus lábios inchados. - Às vezes eu simplesmente não acredito. – Falo após alguns minutos de silêncio.

- Em que? - Ela apoia seu queixo em meu peito.

- Que você é minha. Que aceita trilhas, viagens e um cordão de compromisso. - Levei os dedos até a gargantilha que ela cismava em usar até para dormir. - Eu te amo, muito.

- Eu sempre fui sua, sempre. - Ela selou nossos lábios. - Acho que agora nós dois precisamos de um banho. - Sorriu mordendo os lábios e eu sabia muito bem onde isso terminaria.

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