Is that what we want?

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L I L Y


Ver seu coração escorregar pelo ralo não é uma bela visão né? Bom eu perdi o meu aos 15 anos, e perdi para alguém que eu nem se quer sabia, se tinha um também.

Jack Gilinsky é a droga do moreno de sorriso maravilhoso, da postura confiante, com a porcaria da mania de sempre saber o que te dizer, e saber o efeito que causa em você.

Convenhamos, Jack sabia perfeitamente o efeito que causava em mim....

Ouvir as palavras de Jack naquela festa, me tirou das nuvens, me trazendo pra dura realidade, ele não tinha um coração, e achava que as pessoas a sua volta não tinham um também.

Depois daquele episódio, a minha mente ficou passando os dias que antecederam aquela festa, os olhares, sorrisos e mensagens que trocamos.

Doce ilusão, mortal como um veneno!

Gilinsky tenta a todo custo se comunicar comigo, seja por mensagens, e ultimamente ele tem até deixado bilhetes no meu armário, ele deve pensar que eu sou mesmo idiota.

Aspen tinha acabado de chegar, aquela casa estava um caos total! A gravidez de Eva veio como uma bomba que é capaz de destruir um país inteiro.

Cá estou eu, sentada no gramado de um parque, o dia está um frio muito agradável, um ótimo dia pra refletir sobre o modo como venho agindo, e sobre as consequências que isso tinha me trago.

Me aproximar de Gilinsky foi uma merda das grandes e eu paguei por ela. E foi muito caro.....

Volto ao mundo real quando sinto alguém puxar meu fone de ouvido, e me viro rapidamente pra ver quem é o palhaço.

Ora ora senhoras e senhores, quando o diabo não vem, ele manda não é mesmo?

— Por acaso anda me seguindo Gilinsky? Devo me preocupar? — pergunto enquanto levo meu refri até a boca e dou uma sugada no mesmo.

Ele sorri docemente, sua aparência está um tanto angelical hoje, mas só Deus sabe que por trás de toda essa pose, existe um par de chifres e um rabo.

— Eu estava aqui por perto e te vi sozinha, achei que quisesse companhia — ele responde enquanto  encara os rasgos em minha calça.

— Bom se você apostou que eu queria companhia, sugiro que pegue seu dinheiro de volta — falo ríspida.

Uau, pela primeira vez algo parece afeta-lo, minha resposta feriu seu ego, mas que pena!

— Eu sei que eu agi feito um babaca naquela noite — ele começa a dizer, e então solta um suspiro pesado — Na verdade não tenho explicações para o que fiz, não sei por que fiz aquilo, poderia ter sido pelo álcool, ou sei lá, mas independente de tudo, quero seu perdão, eu preciso do seu perdão Lily, você está longe de ser um objeto para eu tratar como tal, e ver você me tratar indiferente, não sei, me afeta pra caralho — ele diz e deixa de me olhar para encarar o belo nada na sua frente.

Respiro fundo, eu não estou conseguindo lidar com esses sentimentos, eu queria soca-lo, mas também queria abraça-ló, porra de coração que só da trabalho.

— Eu posso te perdoar Jack, mas não vou nunca mais te dar a chance de me machucar de novo, considere-se perdoado, mas daqui pra frente, quando me ver faça de conta que eu não existo, porque eu farei o mesmo com você, me deve isso depois de tudo que me fez passar — encaro minhas mãos inquietas.

— Eu não posso te prometer isso — ele diz me encarando, eu não consigo olha-ló, é extremamente difícil — E eu sei que você não quer que eu faça isso.

E pela primeira vez meus amigos, ele estava errado, ele sabia que estava, o sorriso contagiante e a postura de macho alfa sumiram!

— Você não sabe o que eu quero, e eu sugiro que você fique bem longe de mim daqui pra frente, ou eu irei esmagar você assim como fez comigo.

Seu olhar era vacilante....

Me levanto deixando ele pra trás, nada que ele dissesse iria mudar a situação.

Coloco minha toca do moletom, conecto meu fone novamente, e volto a apreciar a música que combinava perfeitamente com tudo que tinha me acontecido.

A voz de Billie Ellish era como um calmante ao meu coração.

Isn't it lovely, all alone

Heart made of glass, my mind of stone

Tear me to pieces, skin and bone

Hello, welcome home

Caminho pelas ruas de Nebraska, enquanto aproveito a brisa fria que batia contra meu rosto.

Meu momento é estragado completamente, quando uma morena esbarra em mim, parecendo totalmente de propósito.

— Você é cega meu anjo? — pergunto debochada, o rosto dela era conhecido, ah não, a ex do Gilinsky! Pai eterno!!!

— Quanta grosseria docinho, o coração partido ainda dói pelo visto né? — ela me lança um sorriso cínico enquanto joga seus grandes cabelos para trás — Mas não se preocupe bebê, depois de mim, o Jack precisa se divertir com garotinhas como você, todos sabem na cama de quem ele acaba no final.

Reviro os olhos, a siliconada tem um ego tão frágil, parece um gatinho tentando usar suas pequenas unhas pra se defender.

Mas eu não precisava brigar, apenas entrar no joguinho dela, e eu detesto perder, e então eu esboço um sorriso largo.

— Humm... até pode ser, mas eu odeio ficar com as sobras, e é sempre isso que você ganha dele — lhe dou uma piscadela e volto a seguir meu caminho.

Mulheres as vezes conseguem ser pior que homens, era até engraçado a forma com que Madison se acha uma prioridade pra Jack enquanto Jack nem deve lembrar mais seu nome.

Mas é assim que funciona, quando a mente não raciocina o corpo padece!

Pobres meninas....

Pobres meninas

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ᴇʀʀᴏʀs • ᴊɢ ❦Onde histórias criam vida. Descubra agora