Como (não) adorar hospitais

77 12 1
                                    


Os dias no hospital foram passando de forma lenta e tortuosa, de forma que eu começasse a pegar ranço até da cara da enfermeira que todo dia vinha me trazer comida e checar meus pontos e do doutor que sempre vinha com aquele sorriso sínico me acompanhar para procedimentos médicos diversos que só me deixavam cada vez mais irritado e louco para dar o fora daqui.

– Hyungwonie... – Chamei manhoso o moreno que veio na minha direção quase que imediatamente.

– O que foi? Está sentindo alguma dor? – Perguntou com o tom de voz perceptivelmente preocupado me fazendo sorrir e fazer um esforcinho para alcançar seu rosto e deixar um beijo molhado no seu nariz, vendo seus lábios se mexerem formando um sorriso.

– Eu não aguento mais ficar aqui, me leve embora – Resmungo sendo ajudado por ele a ficar sentado – Só queria ir para casa e ficar abraçado com você o dia inteiro.

– Desde quando você é tão manhosinho assim, hm? – Perguntou em voz baixa acariciando meu cabelo – Você se parece mais com um híbrido fofinho do que eu.

– Deve ser o efeito desses remédios loucos que estão me dando, com certeza é isso – Digo escondendo meu rosto na curvatura do seu pescoço e inalando o cheiro doce de morango que tinha ali, cheiro o qual eu estava completamente viciado.

– Claro, deve ser isso mesmo...

Hyungwon estava sendo incrível para mim esses dias, sempre se preocupando se eu estava sentindo dor, se estava com fome e lembrando-me de não esquecer de tomar os remédios receitados pelo doutor, e eu estava amando ser mimado dessa forma. Me sentia cada vez mais apaixonado pelo Chae toda vez que nos tocávamos ou nos beijávamos, parecia tudo surreal demais, como se estivesse vivendo em um livro de romances da minha tão amada escritora Jojo Moyes.

Continuamos nessa posição, apenas abraçados em silêncio curtindo a presença um do outro até que minha mãe entrou no quarto de supetão, nos assustando completamente e fazendo com que nos separássemos.

– Que desespero é esse, até parece que estavam fazendo alguma coisa proibida – Hani diz dando de ombros – Nas fanfics, geralmente o casal transa até no hospital, deviam tentar.

– M-Mãe! – Grito completamente envergonhado – A senhora agora deu para ficar lendo fanfics?

– Quem está precisando dar alguma coisa é você meu filho, inclusive te trouxe até um presentinho pra te ajudar nisso – Disse isso e jogou um pote estranho na minha mão e quando li o que estava escrito quase caí da cama de tanta vergonha.

Era lubrificante.

– Obrigado senhora Shin, usaremos bastante – Hyungwon deu um sorriso sugestivo em minha direção e eu só me faltava cavar um buraco naquele chão e enfiar minha cabeça assim como um avestruz.

– Ya! Quem garante que eu sou o passivo? – Cruzei os braços e os dois me encararam com a sobrancelha arqueada – Vão a merda vocês dois.

– Diabéticos que se retirem, pois o docinho chegou! – Ouvimos uma voz conhecida e da porta saiu uma cabeleira platinada seguida de uma rosada e uma acastanhada. Minhyuk, Kihyun e Changkyun se aproximaram de mim e começaram e me perguntar se eu estava me sentindo bem, se a comida de hospital era realmente ruim e principalmente de como diabos eu tinha conseguido tomar um tiro.

Expliquei toda a história sem incluir alguns detalhes que eu sabia poderem machucar Hyungwon, focando-se apenas no principal e quando terminei os dois falsos conhecidos como Yoo Kihyun e Lee Minhyuk me ignoraram completamente e foram para perto do Chae mimar o garoto.

– Seus falsos, o cara machucado aqui sou eu, 'tá?! – Bufei dando de ombros e cruzando os braços – Kihyun considere-se excluído da minha lista de melhores amigos, agora meu novo melhor amigo é o Changkyun, ele pelo menos não me abandona.

Como (não) cuidar de um gato .2won {chw + shs}Onde histórias criam vida. Descubra agora