Moon truths vs moon lies

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NA: Atenção, este capítulo contém lemon (o famigerado hot). Quem não curte, basta pular tudo que vier depois que o Kang HaNeul sair do banho. Garanto que não é nada pesado, mas fica a critério de vocês. =)

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Eu nunca achei um hambúrguer tão delicioso na minha vida.

Nem que quisesse, conseguiria falar qualquer coisa com a boca tão cheia. Neul e Joo me encaravam sentados a minha frente, em uma lanchonete que ficava a poucas quadras do hospital.

― Olha, desculpa mesmo, mas eu não consigo falar nada de tanta fome. ― KiJoo soltou uma risada fraca, enquanto meu namorado continuava com seu ar preocupado, pacientemente me esperando terminar de comer meu segundo hambúrguer com fritas. ― Mô, pode pegar mais um refil de fanta p'ra mim?

Estendi meu copo em sua direção, e prontamente o vi se levantar e seguir em direção à máquina de refrigerantes.

― Ele me ligou tão desesperado porque não estava conseguindo falar com você. ― Minha amiga dizia observando as costas de Kang, próximo ao balcão do estabelecimento. ― Ele te ama tanto que você deveria se culpar por não aceitar logo aquele anel.

Fingi um rosnado em sua direção, apenas franzindo o nariz por estar ainda com a boca cheia, antes de sorrir sequencialmente, tomando cuidado de manter a boca bem fechada, até terminar de mastigar e engolir aquele pão, que parecia cada vez mais maçudo.

― Não puxa esse assunto, por favor... ― Disse apenas movendo os lábios, até porque meu namorado já estava caminhando de volta em nossa direção, com meu precioso líquido amarelo em mãos.

― Não sei como consegue gostar tanto de fanta laranja, e detestar o suco. ― Ele comentou, e foi a primeira vez que o vi sorrir desde que deixamos o hospital. ― Por que te fizeram demorar tanto lá em cima? O que aquele prefeito queria?

Terminei de engolir o último pedaço do sanduíche, e, sem mais desculpas para adiar aquela conversa, deixei meus ombros caírem, fazendo expressão de pouco caso enquanto começava a dizer o que vinha ensaiando durante minha mastigação.

― Tive que preencher um cadastro enorme antes da visita, e o prefeito falou umas mil vezes que eu não podia dar nenhuma entrevista, nem tirar fotos do filho dele, essas coisas. ― Aproveitei que tinha a atenção de ambos pra explicar o motivo de ter ficado incomunicável. ― Tanto que não me deixaram entrar com meu celular. E eu entendo, porque eles são conhecidos e tudo o mais.

Não era exatamente uma mentira, até porque os dois também viram os jornalistas de plantão na recepção do hospital, obviamente, por conta do célebre paciente internado ali.

― Depois o médico dele veio dar recomendações, sobre como me comportar, já que ele saiu de um coma longo. Que ele não conseguia ficar de pé, que eu não podia falar alto demais, que não era pra mexer nas luzes nem na televisão, coisas assim, sabe? Eu só entrei mesmo pra visitá-lo quando já estava quase anoitecendo.

Minha amiga parecia satisfeita com o que ouvia, mas HaNeul continuava com seu ar consternado, me encarando, como se nada do que eu tivesse dito fosse realmente o que ele queria ouvir.

― Eu quero saber o porquê, Jinie. Por que aquele homem quis vê-la? Você já conhecia o filho do prefeito? ― Não havia ameaça em sua voz, nem seu tom foi acusatório. Havia um quê de ciúmes e muita curiosidade. ― Eu fiquei me perguntando isto no dia do acidente, você parecia abalada de uma forma sobrecomum, e...

Instintivamente pousei minha mão sobre a dele. Kang era ciumento, e eu sabia que aquele gesto não era suficiente para acalmar seu coração, ainda que ele jamais deixasse seu próprio ciúme interferir em qualquer coisa no relacionamento.

Lovers under the Moon [Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo] Onde histórias criam vida. Descubra agora