Não Faz Isso De Novo

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Olhei para Jughead e percebi que ele estava triste. Isso não estava fazendo bem a ele, lógico, ficar presente no local aonde sua mãe morreu. Eu iria odiar, mas, ele estava fazendo isso por mim.

-Olha, você não precisa ser forte por mim, tá?

-Como assim?

-Isso não está te fazendo bem, eu sei.

-Betty... Você não faz ideia de quantas vezes eu vim aqui, pra conversar com ela. Eu juro que ela sempre me ouve. Nunca me responde, mas eu sinto ela aqui. O cheiro do perfume dela... Tudo. -Ele deitou a cabeça no meu colo.

-Juggie. -Eu alisei o seu cabelo, quando percebi que ele estava querendo chorar. -Você quer me ver chorar?

-Nunca. Porque?

-Porque se você chorar, é isso que vai acontecer. -Ele esfregou as mãos no rosto.

-Não vou chorar, prometo.

-Para com isso.

-O qu...?

-Para de ser forte por mim! Sei que quando você vem aqui, você chora. Jug, ela é sua mãe, não vou sentir raiva por causa disso, eu juro. Pelo contrário, vou me apaixonar mais ainda por você.

Ele ficou uns minutos em silêncio, e depois percebi que já estava chorando. Senti meu coração parar por uns instantes. Mordi o lábio bem forte pra não chorar junto com ele. Fiquei alisando os seus cabelos, sentindo uma dor imensa, eu não aguentava vê-lo assim. Olhar pro rosto dele, avermelhado, e o semblante dele não escondia a sua tristeza, e nem o meu. Mas, eu não chorei. Sei que ele não estava bem e, se eu chorasse, iria piorar tudo. Respirei fundo algumas vezes, e quando anoiteceu, decidimos ir embora.

-Tá com fome? -Ele perguntou,depois de um tempo em silêncio.

-Tô faminta.

Paramos em um restaurante e comemos. Jug não falou nada enquanto comia, e eu não tive coragem de falar nada também. Qualquer coisa que eu falasse, poderia irritá-lo, mas aquele silêncio estava me deixando incomodada.

-Jughead, eu... -Ele me interrompeu.

-Posso dormir na sua casa?

-Pode, claro, mas porquê?

-Eu só não quero ir pra casa. Não quero ver o meu pai. Pelo menos não hoje. -Ele, depois de horas sem olhar nos meus olhos, moveu os olhos até os meus.  Assenti.

Saímos do restaurante e fomos pra minha casa. Estávamos saindo do carro, e Jughead estava andando na frente, ainda em silêncio.

-Ei, para. -Ele parou,mas não olhou para trás.

-O que está acontecendo?

-Nada, Betty. Podemos entrar?

-Não. -Ele cambaleou. -Não até você me explicar direitinho. Estou escutando.

-Hoje, não. Por favor, vamos entrar. Eu te imploro, acabei de visitar o lugar onde minha mãe morreu, não quero falar sobre isso agora. Eu te prometo que te digo, tudo, mas não agora. Não hoje.

-Tudo bem, mas eu vou cobrar.Vamos.

Subimos para o meu quarto. Deitamos na minha cama e ficamos em silêncio. Nenhum dos dois conseguia dormir. Só ficar calado. Depois de quase uma hora em silêncio, eu levantei a minha cabeça e lhe dei um beijo. Ele retribuiu me colocando em seu colo. Fiquei beijando o seu pescoço e ele disse:

-Betty...

-Shii... -Coloquei um dedo em sua boca, e voltei a beijá-lo. Ele arrancou a sua camisa e a minha, e não parava de me beijar.

O irmão da minha melhor amiga ❁ adaptação bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora