Mas O Que É Isso?

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-maratona 4/5-

Acordei deitada na minha cama. Eu iria embora com Jughead nessa madrugada. Pedi um tempo para que pudesse dar um abraço digno em todos... Eu não tenho certeza se isso é o que realmente quero. Fugir. Mas sei que eu quero ficar com ele, e fugindo, terei isso. Mas...E eles? E todo mundo? O que estou fazendo é realmente necessário? O dia correu extremamente rápido. Preparei uma mochila e escondi embaixo da minha cama. Antes de ir dormir, dei um abraço bem demorado na minha mãe. Ela estranhou, mas eu só sorri. Fiz o mesmo com Kevin, que na verdade, nem estranhou muito. Estava quase pegando no sono, quando ouvi um "Psiu!" vindo da rua. Olhei pela janela e lá estava ele, com um casaco de capuz, uma calça e um tênis. Ele segurava uma mochila um pouco menor do que a minha em uma mão , e estava se apoiando numa bicicleta com a outra. Puxei a mochila que estava embaixo da cama, escrevi um bilhete e saí. Antes de abrir a porta dos fundos, respirei fundo e dei uma última olhada em tudo.

-Ei...Você está bem? -Jughead me perguntou, logo que parei em sua frente.

-Sim.É...Eu acho.

-Você não precisa fazer isso...

-Mas eu quero.

-Que fique claro que, se voltarmos, a ficha deles já terá caído, então...

-Jughead, está tudo bem. Aliás, pra onde vamos?

-Pra bem longe daqui.

Subimos na bicicleta e Jughead foi pedalando. Eu estava pondo a minha vida em risco, por ele. Era isso o que eu realmente queria? Dar adeus à minha família? Ou dar adeus a Jughead? Nenhum dos dois. Eu queria poder facilitar tudo isso. Paramos e sentamos numa calçada. A essa altura, já estávamos bem longe de lá. Da minha casa. Da minha família.

-O que tá passando na sua cabeça? -Ele estava olhando pro céu claro das 4:00 da madrugada.

-Que...Isso foi uma mudança muito grande pra mim. Não que eu esteja arrependida,mas...

-Não tenha medo da mudança, Betty. Ela assusta, mas pode ser a chave da porta pra uma vida nova. -Ele me abraçou.

-E o que está passando na sua? -Perguntei,depois de um tempo em silêncio.

-Liberdade.

Era um ponto de vista,pelo qual valeria a pena olhar. Liberdade.

-Vamos continuar? -Ele se levantou e montou na bicicleta.

Sem ter outra escolha,fiz o mesmo. Depois de um bom tempo pedalando, Jughead parou e me ajudou a descer.

-Passaremos a manhã aqui. Tudo bem por você?-Dito isso ele abriu a mochila e tirou um pacote de uma barraca.

Ele a montou, enquanto eu sentei na calçada e fiquei olhando enquanto os carros passavam. Jurei ter visto a minha mãe dentro de um dos carros, mas era só coisa da minha cabeça. Eu estava exausta e precisava dormir. Quando a barraca ficou pronta, entrei nela e me deitei, mas Jughead continuou lá fora. Eu conseguia ver a sombra da sua silhueta, mas fui incapaz de sair e saber o que havia de errado com ele. Simplesmente fechei meus olhos e dormi.

[...]

Acordei de tarde, com uma fome enorme. Jughead entrou na barraca.

-Já dormi e já acordei e você ainda dormia...Pensei que tivesse entrado em coma!  -Eu ri.  -Mas... -Ele continuou. -Tenho uma notícia ruim.

-Ai...Vai, fala.

-Roubaram nossa bicicleta.

-O QUÊ?

O irmão da minha melhor amiga ❁ adaptação bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora