Freya
Acordo com um incômodo em meus olhos e , quando os abro , percebo que um feixe de luz vinha da janela entreaberta a minha frente causando a estranha sensação de queimação em meus olhos.
Cubro meus olhos com as mãos e pisco algumas vezes , assim consigo visualizar com mais perfeição o ambiente ao meu redor.
As paredes haviam sido feitas com tijolos de barro , os variados móveis eram de uma madeira cara e refinada , haviam vasos de flores por todos os lados, dando mais cor ao ambiente e o deixando mais convidativo. A cama em que estava deitada era de uma maciez impressionante e era coberta por um tecido branco com seus detalhes em dourado.
Me levanto lentamente ainda admirada com a beleza de tudo aquilo.
Eu jamais havia visto tal coisa , minha família sempre fora de origem humilde e nunca teve contato com tantas riquezas e futilidades. Sempre que algum de nós precisasse de roupas novas devido ao frio , tínhamos que economizar durante alguns dias o dinheiro que era usado para comprar nossos alimentos.
Resolvo sair e , ao abrir a porta , eu tenho a leve impressão de que talvez , só talvez , eu já estivesse estado naquele local antes.
Haviam joias e moedas de ouro espalhadas por todo o local , uma mesa repleta de comidas se encontrava no meio do local. As paredes eram de um verde musgo e haviam vários desenhos de rosas espalhadas por elas , como se alguém as tivesse pintado por conta própria.
O cheiro das mais comidas me fez fraquejar e me fez salivar.
Me aproximo da mesa e começo a saborear todas as comidas que haviam ali , comidas que até em tão eu nunca tive condições de provar .
Ainda enquanto saboreava um delicioso pedaço de cordeiro , avisto uma porta peculiar.
Sua madeira estava perfeitamente conservada e havia uma rosa entalhada ali e , ao redor dela , haviam matais que eu jamais tinha visto.
Os únicos metais que eu já havia visto pessoalmente era a prata das moedas.
Movida pela curiosidade, coloco minha mão na maçaneta, que pela coloração parecia ser feita de prata , e me preparo para entrar.
De repente , escuto sons vindos do lado de fora. Me assusto com aquilo e resolvo ver do que se tratava.
Vou em direção à outra porta que estava entreaberta e noto que dava para um jardim de rosas que se estendia por todo o lugar.
Os sons ficavam mais altos a medida que ia me aproximando das rosas.
De repente, algo pula em cima de mim , lambendo minha boca que estava um pouco lambuzada com o creme que havia no cordeiro e começo a rir descontroladamente.
O mesmo lobo preto enorme estava em cima de mim, mas não colocava o seu peso sobre o meu corpo.
- Se acalme , se acalme !!
Quando finalmente minha boca ficou limpa , ele se afasta.
Me levanto com dificuldade , e ainda rindo eu observo o lobo a minha frente.Ele não se parecia nada com um lobo enquanto corria alegremente ao meu redor , abanando o rabo enorme .
Uma ideia surge em minha mente e eu penso se isso não iria acionar o espírito predador do lobo .
Ignorando o bom senso, eu começo a correr , e como o esperado , o lobo corre atrás de mim , me perseguindo.
Nós brincamos durante o resto da tarde toda e eu me senti tão feliz por ter feito um amigo , que me permito ficar livre de todos os pensamentos ruins que me atormentavam e focar no momento alegre que estava vivendo.
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A Besta De Epprath (CONCLUÍDO)
FantasyPrólogo. Século XVI Algo se move em meio a densa e tenebrosa floresta assustando os moradores da pequena vila de Epprath, na Alemanha. Alguns moradores , incentivados por Frederick , se comprometeram a matar o suposto demônio e traz...