Cap 32

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O observo, ele parece desorientado e assustado, olhando tudo ao redor como se procurasse algo.

Eu-foi aqui que acordei no dia em que nos encontramos. Digo um tanto confusa.

Martinón- vamos embora daqui. Fala me puxando de repente.

Eu-eii, espera porque você está agindo assim?. Pergunto o puxando de volta(em vão).-eu tenho que te contar uma coisa.

Martinón-nós não podemos ficar aqui, você está proibida de vir aqui. Fala com tom de dureza.

Eu-como assim? qual o problema?. Pergunto e ele apenas me puxa e sua atitude me irrita, puxo o meu braço e o liberto do seu aperto.- você pode me dizer oque diabos está acontecendo?

Martinón-venha agora, caso contrario irei carrega-lá. E eu nego.

Cruzo os braços e bato o pé(quem ele pensa que é?), Martinón vem até mim e se posiciona em minha frente, tudo acontece rapidamente, Ele simplesmente me pegou como se eu fosse um saco de batatas, logo estou jogada sobre seu ombro sendo carregada por esse brutamontes.

Grito e esperneio porém ele não para, desisto e resolvo apenas esperar até que ele me coloque no chão para que eu possa dar-lhe uma lição(posso ser baixinha mas sei brigar).

Ele anda rapidamente e eu resmungo, peço algumas vezes para que ele me coloque no chão mas ele não responde e ainda por cima da um tapa em minha bunda(ousado).

Chegamos na casa e Martinón me coloca no chão, ele está muito sério e isso me preocupa(o que pode ser tão ruim ao ponto de não poder nem chegar perto de lá?) ele tranca a porta e me olha.

Martinón vem até mim e acaricia meu rosto(em seus olhos um brilho e me foca quase com adoração), Martinón parece relaxar e minha raiva se esvai um pouco, Ele coloca o rosto em meu pescoço e inspira profundamente me fazendo arrepiar(oxxi).

Eu- por que eu não posso ir lá?. Pergunto ansiosa.

Martinón-lá é perigoso. Fala e me abraça cheirando meus cabelos(estranho ele não é de fazer essas coisas).

Eu-Eu não entendo, você poderia ter simplesmente dito, sem ter que me carregar a força até aqui. Falo seriamente.

Martinón-você é teimosa. Da de ombros, mas sei que tem algo errado.

Eu-ok. Fingo acreditar(Porém ele pode estar certo, afinal haviam lobos lá), recordo do que iria falar e fico nervosa(é agora ou nunca, particularmente eu preferia nunca).-lembra que eu tinha algo para te contar?

Ele acente e sinto meu estomago revirar de nervosismo(oque ele vai pensar? Será que vai acreditar?), prefiro pensar que ele irá acreditar em mim certamente.

O puxo até o Banco e tiro minha mochila das costas(sim, o plano era mostrar as coisas tecnológicas durante o passeio) celular, caixinha de som, instax mini, Power Bank, ventiladorzinho, álbuns de kpop, fones de ouvido(bluetooth), meu notebook, carregador a luz solar(pedido da minha mãe), relógio e muitas outras coisas, sim eu estava levando muito peso.

Coloco tudo em nossa frente, Martinón observa tudo, o encaro e fico assim por algum tempo(coragem é o que me falta) e então resolvo começar a contar a verdade de uma vez.

Eu-então.. sabe... Eu meio que não sou daqui.

Martinón-eu sei, você disse que é do Brasil.

Eu-isso é verdade, mais tem mais coisas sobre mim que não te contei. Digo e Ele franse o cenho(puta merda).

Deus do céu, como eu vou falar? Afinal ele tem sido sincero comigo desde o começo e até contou oque aconteceu com ele, mas eu pelo contrário apenas menti(que desastre).

Eu-então eu meioquesoudofuturo. Digo em um fôlego só.

Martinón-não entendi. Fala parecendo desconfortável.

Eu- bem eu acordei na floresta como você bem sabe, mas eu não sou desse tempo. Exclamo com os braços abertos não sabendo bem como explicar.-Martinón eu sou do futuro, eu vim de outra época, não faço ideia de como parei na floresta mas antes eu estava em 2018...

Martinón abre a boca algumas vezes mas logo fecha, então resolvo continuar.

Eu-não faço ideia de como voltei 142 anos no passado, mas a provas são essas, todas essas coisas são do futuro. Aponto para os objetos.-como cheguei aqui não tenho certeza talvez seja uma maldição, eu não sei...

Martinón-você quer que eu acredite nisso?. Diz debochado(ri sem humor).

Eu-sim, porque é a verdade.

Martinón-você queria me irritar? É isso? Me fazer de bobo? Quer me fazer de idiota?. Ele está irado(acho que deu merda).-você quer que eu acredite nessa idiotice?.

Eu- MAS QUE DROGA, EU SEI QUE É LOUCURA, NEM EU MESMA ACREDITO AINDA MAS É A VERDADE INFERNO. Grito e soluço sentindo meu corpo tremer(sinto todo o stress dos dias recair sobre meus ombros).

Com a visão turva pelas lagrimas corro saindo da casa, o final da tarde se faz presente e eu apenas corro entre as árvores sentindo os galhos finos batendo contra mim.

Corro o maximo que posso, desejo apenas que tudo desapareça. Já exausta e totalmente arranhada me sento embaixo de uma árvore e me encolho, ouço as corujas mas não me movo, tudo em mim doi, e deixo-me ser levada pela escuridão.

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Continua....

Nossaaaaa, que dor nas costas(só reclamo) com sono, cansada, e com dor. Sério fazer mil coisas e ainda ter imaginação custa muito.

Então por favor deixe sua avaliação e comentário. Obg😚😚😚

sob a pele do lobo [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora