O garoto dos olhos escarlate.

42 2 0
                                    

O dia acaba de começar, eu estou extremamente ocupada me preparando para uma viagem espacial. Depois das ameaças nucleares que poderiam destruir a Terra, nós, os próprios humanos, decidimos que seria melhor investir em meios de transporte para poder fugir de maneira segura de uma frente de combate (sé é que me entendem). Eu, Cristina, estou indo pela primeira vez a um novo planeta. Digamos que isso veio pelo fato de desenvolvermos por acidente uma maquina de teleporte com capacidade de mover qualquer coisa por todo o sistema solar. Não me sinto muito confortável, pois o destino do meu grupo é o mais novo planeta conhecido como Planeta 0, um planeta totalmente habitado e cheio de espécies, inclusive humanos que decidiram morar no local devido seu amplo mercado extraterrestre.

-Cristina!

-Sim senhor capitão!

Meu capitão não era muito sociável, sempre estava dando ordens e raramente comia junto do grupo. Seria a oportunidade perfeita para "conhecermos" o capitão.

-Vamos partir. Se apresse.

-Sim senhor!

Eu terminei de vestir a roupa de viagens que era extremamente laranja, o que eu odiava, já que além de uma unica cor ainda era cheio e desnecessário.

"-Iniciando o teleporte coletivo em 5,4,3,2..."

***

Roaaaaaar!

-Tsch! Será que não existe um restaurante sequer por perto?

Um garoto silencioso andava em meio ao subúrbio. todos a sua volta olhavam para ele com indiferença, pois desconheciam sua historia. Carregava consigo um medalhão de ouro brilhante, e isso não demorou muito para chamar a atenção de pessoas má intencionadas.

-Ei garoto.

-O que foi velhote?

-Velhote?-O homem a sua frente ficou fumegando raiva enquanto analisava sua vitima- QUEM TA CHAMANDO DE VELHOTE, EIN??

-Ah, me desculpe. O que deseja senhor?

Mesmo sem jeito o homem decide continuar.

-Por quanto venderia este medalhão?

-Desculpe, não está a venda.

-Sério?

Neste momento, mais pessoas iam chegando ao local, cercando o pobre garoto.

-Não é algo que se venda, muito menos algo que se possa entregar.

-Interessante- O homem fez um sinal e os demais foram se aproximando- Isso é muito valioso para estar com uma criança.

O garoto sorriu e nesse momento todos ali saltaram em direção ao garoto.

***

Em um local não muito distante do subúrbio uma unidade terráquea chega para explorar o planeta. Cristina andava toda desajeitada com aquela roupa estranha que lhe deram, era pesada.

-Escutem, nosso objetivo é se infiltrar sem chamar muito a atenção, sabem como humanos são tratados neste planeta. Não podemos baixar a guarda até encontrarmos quem estamos procurando. Vocês entenderam?

-Sim senhor!

O capitão deus para cada um deles um dispositivo de comunicação e lhes orientou a usar caso estivessem perdidos ou algo ruim acontecesse, e assim cada um partiu em uma direção diferente.

*
Eu olhei uma ultima vez para o dispositivo em meu pulso que mais se assemelhava a um relógio do que um microfone ou algo que pudesse servir de comunicação, mas mesmo assim me senti segura do que aquilo fazia, pois apesar de nunca ter usado, sempre ouvia boas criticas sobre ele.

Planeta ZeroOnde histórias criam vida. Descubra agora