A caçada

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Depois de perceber que minha reserva tinha sido perdida, eu fui até aquele garoto pedir pra ele me ajudar a encontrar um lugar para passas a noite. A noite naquele lugar era um pouco mais clara do que na Terra, pois não havia tantas nuvens no céu, e isso facilitava a grande orbital de energia iluminar o local como se fosse uma Lua, porém maior devido sua proximidade.

-Cristina, certo?

Caminhávamos juntos por uma estradinha a beira de umas arvores colossais. Parecia uma floresta encantada.

Eu havia lhe contado sobre quem eu era e o motivo para minha visita ao Planeta Zero, já ele, me contara sobre o clima e sobre as gangues.

-Exato! Cristina.

-Creio que seja possível estarmos procurando pela mesma pessoa-ele segurou o pendande e disse-É possível que a pessoa que raptou minha irmã seja este assassino que seu capitão procura. - Ele não gostava muito da possibilidade de ser realmente um assassino por trás do sequestro de sua irmã, pois assassinos não mediam esforços em acabar com qualquer um que fosse um problema.

Já que se tratava de um assassino, eu poderia apenas investiga-lo, pois não havia sido treinada para combates desse porte, eu era uma simples investigadora, e nenhum soldado ou assassino profissional teria dificuldades de me vencer em um combate. Christopher, o garoto hibrido, poderia ser de grande ajuda, pois não parecia ser alguém como eu, que vivia sentada em frente a um computador analisando dados e só lutava por rotina de treino básico. Foi por esses motivos que eu tive uma ideia.

-Poderíamos trabalhar juntos. O que me diz?

Ele me olhou nos olhos surpreso com a proposta, abriu um sorriso grande e então concordou com a cabeça.

Estava tudo indo perfeito, até que ouvimos um som...

ROOOOONCK!

A fome era nítida ali, e eu decidi perguntar:
-Existe algum restaurante por perto?

Nos olhamos por alguns segundos e eu notei que a resposta era "não".

-Eu procurei a tarde toda por um restaurante, mas só encontrei restaurantes de pratos não comestíveis.

-Entendo. Precisamos achar algo para comer.

Infelizmente parecia que ele, agora, estava prestando a atenção em outra coisa.

-Você come carne?

De inicio eu não respondi, pois não saberia responder com exatidão considerando as carnes em outros planetas.

Neste momento, uma criatura gigantesca (ok, nem tanto, mas dava medo) pulou na nossa frente como se estivesse querendo atravessar a estradinha.

-QUE GRANDE!

Exclamei com todas as forças ao ver  que havíamos encontrado uma criatura imensa que se assemelhava a um touro de 3 cabeças e olhos grandes. Era assustador, muito assustador, e eu já puxei minha pistola laser (tecnicamente inútil que nunca funcionava direito).

-Vou repetir- ele me olhou nos olhos com um sorriso estranho e repetiu a mesma pergunta de antes- Você come carne?

-NÃO CARNE ALIENÍGENA! NÃO DA PRA SABER SE MORREREI AO COMER ISSO!! PERA, O QUE SE PASSA ENA SUA CABEÇA?

-Não vai saber se não comer hehe.

A criatura parou e nos encarou com olhos grandes enquanto fumaças densas saiam de suas narinas. Mesmo com esse olhar assustador, era nítido que não se tratava de um ataque, apenas um encontro aleatório.

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