Cap 41

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Paulo pov:

Fui pra cama bufando, eu tava cheio de tesão e ele tinha recusado por ambos estarmos bebados. Respirei fundo, e logo levantei sem ficar muito ali, fui na sala de estar peguei um dos vinhos e passei a beber de novo. Quando me senti um pouco mais tonto, levantei, guardei tudo e voltei pra cama, virado de frente pro lado que o mesmo ia dormir. Quando ele veio, fiquei apenas observando o mesmo, rir vendo o que eu tinha feito

— Um vampiro te chupou?

Gargalhei, vi ele rindo e vindo mais pra perto de mim, virei de costas pro mesmo.

— Nem vem, você me deu o fora agorinha, então de pirraça agarre o travesseiro.

— "Ah é? Ta, então tá bom!"

Sorri mesmo sabendo que ele não ia ver, virei devagar e o mesmo já tava de costas pra mim, aproximei dele e agarrei enchendo de beijinhos logo dizendo em ouvido

— Sai, nera você que não queria? Só pq estamos bebados? Sei bem o que faço neném.

Rir, abracei ele e dormimos desse jeitinho, no outro dia acordei primeiro que ele, olhei pro mesmo que dormia em cima de meu peitoral, acariciei sua costa levemente. Thales era um anjo, um anjo que veio pra terra justo pra ser o amor da minha vida.
Fiz minhas higienes matinal e fui preparar um café da manhã todo especial e bem organizadinho, não sabia se ele tinha ressaca, então também sai pra comprar remédios pra tal coisa. Ao voltar ajeitei tudo na mesa e fui acordar ele. Me aproximei da cama e beijei o canto de seus lábios

— Acorda minha bela adormecida!

Thales pov:

Com os olhos ardendo por conta do sol, acordei e levantei e fui fechar a cortina, que havia sido aberta à noite. Após isso, fui até o banheiro, escovei meus dentes e lavei meu rosto, e voltei pro quarto, e deitei na cama, do mesmo modo que antes e fechei os olhos, pensando um pouco.

A confusão de sentimentos é tanta que não sei se fico feliz ou triste com tudo que estava acontecendo, e com o que está prestes a acontecer. Infelizmente não temos o poder de curar a dor do outro, de acalmar o caos que a pessoa vive. Mas em compensação, podemos deixar aquilo tudo mais leve, colorir o dia da pessoa, e podemos mostrar que por mais difícil que esteja aquela caminhada, ela não está sozinha e que vale a pena continuar.

Saio dos meus devaneios ao ouvir a voz de Paulo, abro os olhos e sorrio.

- Bom dia amor da minha vida!

Digo e olho para o rosto do mesmo, dessa vez seguro firme em seu rosto e beijo o mesmo. Depois que separamos nossos lábios, acariciei seu rosto.

- Acordou cedo, tá tudo bem? Acordou de ressaca?

Sorrio minimamente. E bem ali, olhando nos olhos dele, eu parei pra pensar.

É difícil tentar quando tu tem que tentar sozinho. O barco é feito de dois remos. E sim, eu tenho dois braços, mas também tenho tendinite. E então como que faz? O que a gente pode fazer pra não se afogar em meio ao mar insano que a gente nada? Porque eu nunca gostei de nadar em superfície rasinha. Eu gosto do perigo, sempre gostei. E ele sabe disso, eu só espero que ele esteja disposto a tudo comigo, como eu estou por ele.

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