Prólogo ψ

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Lutas, sangue, morte, invocações; acho que são os assuntos que a grande maioria espera quando escuta ou ler algo sobre anjos e demônios. Ou muito sexo.

Espero que você não tenha ficado decepcionado na primeira história.

Isso mesmo, quem vos fala é Park Jimin.

Sou um humano agora, um bem chato até como você poderá perceber em breve. E, bom, confesso que estou tentando me acostumar com essa nova rotina de vida que é ter um marido e uma filha.

Sim, eu me casei com Jeon e adotamos uma menina.

Calma! Calma! Não precisa me matar, guarda essa arma aí, eu prometo que vou explicar como tudo aconteceu; como percebemos que precisávamos um do outro, como tínhamos amor de sobra pra dividir com outra pessoa, no caso, a nossa filha. Percebeu como minha vida virou de cabeça para baixo em questão de meses, certo? Mas, vamos esquecer um pouco do passado, estou aqui agora para lhe contar um pouco mais do meu futuro.

E de como eu quase perdi o meu tudo, quase perdi Jeon Jungkook.

Todas as vezes que olhava nos olhos de Jeon, era como se eu já conhecesse cada pedaço de sua alma e isso era incrível. Quando ficava longe dele, era como se minha energia ficasse fraca, eu precisava dele o tempo inteiro perto de mim.

Como em qualquer outro trabalho que tinha que fazer, sempre mantínhamos contato todos os dias e, se deixassem, a todo momento.

"Você tem se alimentado direto?"

"Suhan foi para escola, me sinto sozinho. Seokjin não quis vir aqui por pura preguiça."

"Amor, eu juro que sinto sua falta. A cama está tão vazia."

Recebi essas mensagens durante minha última viagem, enquanto as lia, já estava dentro do avião a caminho para casa. Lembro que no dia seguinte nós nem saímos do quarto. Como diz Suhan, insira aquela carinha aqui.

Taehyung tem sido uma péssima influencia para ela.

E por falar em Taehyung, vamos ao dia em que assisti minha vida virou outra vez ao avesso. O dia em que este ser junto de Hoseok, Yoongi, Namjoon e Seokjin chegaram a minha casa alegando algo ridículo de se ouvir.

Que eu era um demônio na minha vida passada e que precisávamos recuperar a memória.

Sim, no momento foi ridículo escutar tal absurdo, Jungkook e eu nos entre olhamos. Eu? Um demônio da ira que havia sido invocado por ele? Confesso que nunca havia rido tanto. Ainda bem que Suhan não estava em casa naquele momento.

Taehyung gritou que não tinha mais tempo para aquilo e, no instante seguinte, um vento forte começou a fazer as portas e janelas baterem. Bastou um toque em nossas testas e algumas palavras recitadas para que meu marido e eu caíssemos desacordados. E, na minha mente, lembranças invadiram meus pensamentos, de uma vida que um dia me pertenceu. Já recuperado, eu só me lembro de encará-los assustado.

"Ele fugiu do purgatório."

Minha cabeça doía, eu sabia quem era.

"Sua filha está correndo perigo."

Mas nada foi mais desesperador quando os olhos de Jeon se encontraram com os meus, ele me encarava incrédulo, murmurando algo sobre decepção, sobre nunca mais querer me ver.

Meu coração se quebrou diante daquilo, porém, se quebrou ainda mais diante da escolha que eu tinha que fazer.

Pois é, busque um refrigerante, traz a pipoca e se apoia em um disco de vinil porque estou prestes a lhe contar tudo que aconteceu de fato.

Como quase me "livrei" de Jeon Jungkook.

Como (Não) Se Livrar De Um Humano Apaixonado, Volume 2Onde histórias criam vida. Descubra agora