8. Não sei o que sinto!

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Bruno resolveu me dar espaço depois nós meio que andamos discutindo sobre ter ou não algo entre nós e principalmente contar aos pais dele. Eu estava me sentindo bem com isso com o espaço que ele tinha me dado. É sério! Tudo tinha voltado ao normal, éramos amigos de novo.

Mas uma das garotas do último ano, uma loira oxigenada metida a patricinha, uma adepta a pantera cor de rosa, resolveu dar em cima do Bruno, Vanessa Alcântara Mascarenhas fez questão de beijar o Bruno na minha frente!

_Eu não me importo se ela não sabia! - Grito com Bruno pela enésima vez.

Estamos nós dois discutindo no vestiário, porque eu resolvi criar um pequeno tumulto no intervalo depois de ver o meu amigo beijando a garota.

_Fala baixo Ana, sua louca, vão nos pegar aqui!

_Eu sou o que!? Você deveria me agradecer por não ter contado que você e a safada estavam se pegando! - Repondo com vontade de bater no rosto bonito do meu quase irmão.

_Você está com ciúmes!? - Bruno pergunta com um sorriso irônico, cheio de si.

_Claro que não! Você pode enfiar sua língua na boca de quem quiser babaca! Só não faça isso na escola!

_A garota que eu quero beijar não me quer... - Ele continua com esse sorriso irônico me levando ao limite. Eu quero mata-lo. Ao mesmo tempo sinto um aperto no meu coração, quem ele quer beijar? Meu semblante cai e o sorriso de Bruno muda para algo do tipo satisfação. Estou irritada, muito triste e confusa.

_Quem você quer beijar? - Pergunto num murmurio baixo e derrotado. Porque me sinto assim?

_Você não tem ideia de quem seja?

Porque eu sinto essa sensação? Porque estou tão triste? E porque eu quero beijar ele desse jeito? Eu sou uma tremenda idiota, ele estava beijando outra garota agora!

_Não precisa responder, eu não me importo! Não é da minha conta. - Tento passar mas ele se coloca na minha frente.

Eu quero correr e gritar e... Chorar!

_Eu quero beijar você Ana. Quero te beijar desesperadamente...

Bruno se inclina e me beija. Solto um suspiro surpreso, meus músculos se contraem e depois relaxam de uma maneira estranha, borboletas voam pelo meu estômago e meu coração está disparado.

Andamos grudados um no outro até que eu bato na pia. Eu estou de olhos fechados mas sei onde e porquê meu amigo me guiou até aqui. Esse lugar é escondido.

Minhas mãos atrevidas seguem por dentro da camisa da escola, eu quero troca-lo, quero sentir o seu corpo como a garota estava fazendo. Sinto ele tremer e uma sensação gostosa de satisfação me toma, isso me dá coragem para avançar. Passo os dedos pelo cós da calça e ele força seu corpo no meu. Bruno acaba me prensando numa parede fria, acho que é umas das divisórias do chuveiro.

Ele faz uma e outra vez espremendo meu corpo como se quisesse se fundir a ele. Assim que o espaço se abre um pouco eu levo meus dedos médio e indicador mais para dentro da calça e toco a pele quente, acho que é...

_Ana... - Ele geme meu nome de uma forma que acende meu corpo inteiro. Eu não sei exatamente o que está acontecendo, só sei que é muito bom.

Uma mistura de curiosidade e medo, uma ansiedade. Uma mistura louca de sensações e vibrações pelo meu corpo. Isso é estranho!

Continuo passando meus dedos sobre a pele a quente num carinho lento. Ele geme enquanto me beija com um desespero louco, parece querer me devorar e sem querer eu também faço alguns sons. É tudo tão... Quente!

As mãos que antes estavam no meu corpo agora estão paradas em cada lado do meu rosto Bruno não está mais me beijando ele pressiona mais o seu corpo no meu e treme, sinto o líquido quente e viscoso nos meus dedos.

_Caralho... - Ele diz com testa no meu ombro. - Puta que pariu! Isso... - Ele olha nos meus olhos. Estou em pânico. O que foi que eu fiz? - Você está bem?

_Você... - Não consigo dizer.

_Gozei. - Ele ri. Seu corpo antes colado ao meu agora toma distância. Estou tentando processar o que aconteceu. - Isso nunca tinha acontecido. - Bruno está vermelho. - Preciso me limpar...

O clima está estranho entre nós, não sei o que fazer ou dizer e acho que ele também não. Assisto ir em direção a pia ficando de costas pra mim e começar a se limpar.

_Isso... Foi bom!? - Pergunto tentando estabelecer um diálogo ou alguma coisa que me ajude a sair desse clima estranho.

_Porra, você nem imagina!

_Você já disse pelo menos uns três palavrões, sua mãe vai te por de castigo. - Brinco tentando aliviar minha própria tensão.

Ele ri também, seus olhos brilhando como estrelas cadentes cortando o céu me olham por cima do ombro.

_Ela ficaria mais preocupa se soubesse o motivo pelo qual eu estou falando os palavrões... - Ele diz baixo como se reclamasse, eu ouvi o que ele disse e a realidade cai como uma bomba sobre mim. Me sinto suja, uma tremenda pervertida que ainda arrastou o filho dela para minhas imundícies.

_Desculpa! Eu não... Não deveria...

_O que!? Qual é Ana!? Para com isso... Vai começar com essa história de novo!? Você gosta de mim e eu de você. Não tem que se envergonhar. - Bruno finalmente se vira e me olha.

_Eu não gosto de você assim! - Digo um pouco mais alto.

_Não!? - Balanço a cabeça. - A crise de ciúmes que você deu mais cedo prova o contrário.

Ficamos em silêncio e eu me lembro das palavras da Dani. Ela tem sido uma ótima amiga. Sempre converso com ela sobre o que eu sinto e as coisas que faço com o Bruno. Ela é a única sabe.

_Você gosta de mim? Assim desse jeito, quando estamos juntos nessa coisa...

_Gosto muito Ana. Muito mesmo! - Ele responde com os olhos presos nos meus cheio de emoções quase que transparentes. E você?

_Eu não sei o que sinto. É tudo muito novo e quando ficamos desde jeito as coisas ficam ainda mais confusas... Você é como um irmão...

_Não sou seu irmão Ana. - Ele diz com raiva. - Sem laços de sangue, isso seria nojento!

_As vezes, eu sinto como se fosse, como se tivesse traindo a confiança dos seus pais. Mas, as vezes, as vezes eu quero isso, quero poder viver isso... Eu não sei... Estou muito confusa.

_Meu pai nos apoiaria... Porra Ana, até minha mãe iria gostar! Não tem nada de errado ou de sujo e você não vai desapontar ninguém... Não precisamos nos tornar namorados, se quiser... Eu posso esperar... Mas quero tentar, quero muito tentar...

_Eu não sei...

_Por favor... - Bruno vem na minha direção e me beija de um jeito carinhoso. - Por favor minha linda!

_Tudo bem... Mas não quero você beijando outra garota.

_Só você, eu juro! - Ele sorri e volta a me beijar.

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Boa noite. Espero que tenham gostado.

Muitos beijinhos e brigadita por lerem

Desculpem por demorar a postar, tem tres dias que estou tentando postar e não consigo. Esse watpad está de mal comigo.

Então é isso, beijos e obrigada!


















Meu melhor amigo (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora