Capítulo 4

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                 Elisa Maria

— Eu não acredito no que eu estou ouvindo Elisa, é sério isso? Lídia me perguntava pela décima vez depois que eu contei tudo para ela sobre o encontro com o Olavo.

— Queria o que? Que eu cedesse aos encantos dele e depois me ferrasse, ele ama outra mulher e eu não tenho tempo para estar brincando de casinha com um homem quase comprometido, quer apostar quanto que essa ex-noiva vai aparecer chorando arrependida, Olavo é o sonho de muitas mulheres amiga, e um sonho distante pra mim, achei melhor ficarmos na amizade mesmo agora vamos trabalhar que eu não tenho tempo para conversas fiadas.

— É verdade Elisa, mas não se preocupe ainda vai chegar um homem aqui na Vila que vai tirar teu sono um daqueles tipos iguais daqueles livros de romances que eu leio ele vai ser um homem durão e que nunca amou na vida. Disse séria me olhando.

— Vira essa sua boca pra lá estou fora de encrenca, quero um homem amoroso e que me faça feliz nada de homem ogro.
O telefone da minha sala tocou e eu fui atender, Lidia foi para a sua sala me deixando sozinha.

— ONG Sol Nascente, pois não?

— Alô Elisa aqui é o Olavo tenho uma ótima noticia pra você, será que podemos almoçar juntos para discutimos o assunto?

— Claro que podemos te encontro daqui à uma hora no restaurante da dona Graça tudo bem? Desliguei o telefone e fiquei pensando o que seria de tão importante para Olavo me ligar. Seja lá o que for espero que seja coisa boa.
Resolvi tudo que tinham que resolver deixei tudo agendado para visitar amanhã as famílias toda a última sexta-feira do mês eu e minha equipe entregávamos cestas básicas para a população carente. Eu cansei de sair a pé pedindo ajuda dos comerciantes para nos ajudar com alimentos e graças a Deus nem um deles negou. Olhei no relógio do computador e já estava quase atrasada para o almoço.

Cheguei já em cima da hora Olavo estava olhando para a praia assim que notou minha presença sorriu e me cumprimentou com dois beijinhos no rosto. Senti um formigamento, mas fingi que não era comigo.

— Ainda bem que chegou estava pensando em pedir o meu prato e quando você chegasse pediria outro novamente só para não deixar você comer sozinha.

— Olha a desculpa senhor prefeito se eu fosse você não teria nem pensado já teria comido há horas. Disse me sentando.

— Notei que você come bem mesmo, e como mantém a forma? Disse me analisando.

— Acha pouco as caminhadas que dou até o trabalho? Antes eu ia de bicicleta, mas depois que a estrada piorou resolvi caminhar, perdia muito tempo tentando desatolar a roda da bicicleta na lama.

— Uma pena a estrada principal estar assim, mas pode contar comigo já estou tomando as providencias a respeito, mas não foi para discutir esse assunto que eu te chamei. Disse chamando o garçom.

— Eu vou querer um filé com saladas e um suco de laranja, e você Elisa?

— Hoje estou morrendo de fome então vou querer feijão arroz bife e batatas fritas. Olhei para o garçom sorrindo. — E uma coca cola bem gelada.

Olavo me olhou como se dissesse. Nossa tudo isso?
Nossos pratos chegaram e eu não me fiz de rogada não, comi tudo mesmo em seguida ainda pedi uma taça de sorvete de açaí o meu preferido.

— Te chamei aqui para dizer que as obras da creche já foram autorizadas o que precisamos é de um terreno desocupado para darmos inicio as obras. Minha equipe já está a procura não se preocupe com nada.

— Olavo isso é maravilhoso. Quando dei por mim já tinha me levantado e estava agarrada ao pescoço do prefeito agradecendo. Foi então que uma voz furiosa se fez presente.

— Que pouca vergonha é essa? Olavinho meu amor você está me traindo com essa mulher?
Olhei em direção a voz chorosa e me deparei com uma perua magricela de cabelos loiros. Tive que me segurar para não revirar os olhos.

— Daniela não é nada disso que você está imaginado. Olavo disse se aproximando da mulher.

— Como não Olavo eu não estou cega eu vi essa aí pulando em cima de você. Ela saiu de perto dele e veio para perto de mim segurando o chapéu que insistia em voar de sua cabeça.

— Querida ouça bem, pois só vou falar uma vez. Olavo é meu noivo eu apenas não compreendi suas vontades, mas me arrependi e estou aqui para recuperar o que é meu, então acho melhor você desistir de qualquer investida, não me leve a mal você é linda, mas tenho certeza que o que aconteceu entre vocês foi apenas algo passageiro.

Gostei dela é uma mulher autentica e sem meias palavras com certeza será uma ótima primeira dama.

— Daniela querida não se preocupe, eu e seu noivo não temos nada apenas o trabalho nos trouxe até aqui para uma pequena reunião. Sou Elisa Maria da Silva assistente social da Vila dos Pescadores. E quero que saibas que eu não tenho nada com o prefeito. Olhei para ela que estava mais branca que papel.

— Olavo o almoço foi maravilhoso e obrigado por ouvir mais uma vez o meu pedido as mães da comunidade com certeza vão ficar muito feliz com a notícia. Apertei sua mão e saí para deixar os dois conversarem a vontade. No fundo eu sabia que isso iria acontecer e estava torcendo por esse reencontro. De fato meu amigo merecia ser feliz.

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Olá gente que lê o que eu escrevo. Desculpa a demora para postar o capítulo nem vou me justificar. Espero que gostem logo o Sebastian Mantovani aparece... beijos!!!

Jogo do Destino. Apenas degustação de 10 capítulos Onde histórias criam vida. Descubra agora