Capítulo 3

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                  Elisa Maria

Passeávamos e conversávamos amenidades Olavo me contou que havia sido noivo e que não deu muito certo, pois a noiva resolveu terminar quando soube que ele teria que mudar para a Vila dos pescadores ele vem de uma família de políticos e não abriu mão da sua candidatura por conta de um capricho de sua ex-noiva por não querer morar em uma cidade litorânea. Disse que precisava de uma mulher forte ao seu lado, se Daniela não o apoiasse ele não deixaria para trás o sonho de governar uma cidade. Eu não tiro sua razão ou a pessoa que você tem um compromisso apoia seus sonhos, ou deixa você livre para realiza-lo sozinho, eu também não aceitaria alguém na minha vida que não me apoiasse.

— Nessa vida temos que abrir mão de muitas coisas para conquistar o que desejamos. Eu tive várias experiências assim deixei minha família aqui na Vila e fui para a capital estudar, não estava presente quando meu sobrinho nasceu e nem quando meu pai completou cinquenta anos. Vi apenas por fotos disseram que foi uma festa muito linda fizeram um luau na praia eu não podia vim, pois logo pela manhã tinha prova final não podia arriscar, ele teria vários aniversários pela frente, e comemoramos os seus cinquenta e nove anos hoje eu sou formada e agradeço muito a Deus por cada conquista.

— Você é uma mulher admirável muito corajosa não vou dizer que quem casar com você será um sortudo, pois nem sei se você quer casar um dia. Quero deixar claro que o papel da mulher não é se casar ou se tornar dona casa, ao contrário seu lugar é onde ela quiser.

— Sabe eu deixo por conta do destino, se um dia for pra acontecer até o vento sopra ao nosso favor, mas até lá vou lutar pela minha gente. Parei perto do lago dos desejos tirei duas moedas da bolsa e dei uma para Olavo que me olhou intrigado.

— Faça um desejo vire-se e jogue a moeda dentro do lago, mas não vale contar pra ninguém. O desejo é seu e, se, realizar você volta aqui e joga mais duas moedas e trás mais uma pessoa para fazer um pedido.

— Se você me trouxe até aqui então quer dizer que seu desejo se realizou? Suas sobrancelhas se uniram de uma forma engraçada. Ele ficava mais bonito curioso, apenas sorri e o incentivei a jogar a moeda.

Conforme eu disse ele jogou sua moeda e por um breve momento eu o vi fechar os olhos e fazer seu pedido, devia ser algo importante, pois o fez sorrir. Joguei a minha e fiz meu pedido dessa vez não pedi pela Vila pedi para mim mesmo. O vento frio batia no meu ombro desnudo me fazendo arrepiar de frio senti duas mãos cobrindo meu ombro com algo me virei e vi Olavo colocando sua jaqueta em mim.

— Obrigada. Nem terminei a frase direito quando senti seus lábios nos meus, não tive reação alguma, ele me puxou para mais perto dele e eu me entreguei o beijando de volta, eu sabia que era errado ele tinha uma noiva, podia ser até ex, mas eu sei que a qualquer momento ela voltaria para reivindicar o que era seu, e eu não queria entrar em uma disputa. Por isso eu o empurrei o tirando de perto de mim, tirei também sua jaqueta e o entreguei, não sou uma mulher frágil que não pode se quer pegar um frio.

— Isso não deveria ter acontecido. Disse o encarando.

— Porque não? Sou livre e que eu saiba você também é.

— Eu não tenho noivo algum de fato sou livre, já você não, e eu não gosto de ficar disputando algo, se eu entro em uma disputa com certeza é pra ganhar, eu não fujo de uma boa briga. Mas prefiro ter sua amizade a ficar com você e mais tarde ser jogada para escanteio quando sua ex-noiva voltar e querer de volta o que sempre foi dela.

— Acha mesmo que Daniela viria até a Vila me procurar? Olavo disse e eu senti o quanto minha resposta seria importante para ele.

— Com toda a certeza, ela não seria boba de deixar esse pedaço de mau caminho sozinho por aí, vai por mim a qualquer momento ela irá aparecer. Ele sorriu e começamos a caminhar de volta.

— Desculpa por te beijar, eu achei que já estava na hora de seguir em frente.

— Só se segue em frente quando nosso coração já tem a certeza que é uma boa hora, mas não é isso que o seu diz, acho melhor ouvi-lo. Sorri correndo pela areia fria da praia.

— Você é muito inteligente e com certeza fiz uma boa amiga nesse lugar.

— Amigos? Disse estendendo a mão para mim.

— Amigos. Apertei com força sua mão. Selamos nossa amizade e ele resolveu me deixar em casa como um bom amigo preocupado.

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Oi meninas que leem o que eu escrevo. Olha eu aqui de novo, espero que ainda tem alguma de vocês por aqui. Trouxe mais um capítulo de Jogo do Destino pra vocês!!!! Bjos!

Jogo do Destino. Apenas degustação de 10 capítulos Onde histórias criam vida. Descubra agora