"Tic....Tac"

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Peter On.

Peter chega em casa e chama por Frank, porém, o mesmo não responde e nem comparece, Peter avista sua mãe entrando pela porta.
Peter- Mãe, cadê o Frank??.
Margareth- Não sei Peter, ele deve ter ido fazer compras!.
Sua mãe responde e Peter da de ombros, ia subir as escadas mas sua mãe lhe chama a atenção novamente.
Margareth- Filho!.
Peter- Diga?.
Margareth- Seu pai quer que você vá até a casa de seu primo!.
Peter- Ele disse quando?.
Margareth- Hoje, e quanto mais cedo melhor! Ele está na cidade e quer te ver!.
Peter- Meu pai está aqui????.
Margareth- Sim, agora vá e não o faça esperar!.
Peter sente seu corpo "dentro de uma banheira cheia de água gelada", o mesmo fica tenso, porém, sobe para seu quarto e toma um banho rápido, logo sai de sua casa e vai até a casa de Julian.

Uma hora depois.

Peter estaciona sua moto e desce, avista Julian se aproximando com seu típico sorriso de deboche.
Peter- Cadê meu pai?.
Julian- Chegou tarde priminho, ele já está em outro lugar, e se eu fosse você... Não ficaria olhando os segundos passarem, são valiosos!.
Peter- Do que você está falando??.
Julian- Tic tac, tic tac, tic...tac. Seu tempo está passando! Só lhe digo duas palavras!
Peter- Fale logo e pare de enrolar!!!.
Julian sorri e se aproxima mais de Peter.
Julian- Casa... Vermelha!.
Julian diz as palavras e o sangue de Peter congela.

SUBCONSCIENTE: Não, meu pai não pode estar naquela casa... Era lá onde ele fazia de tudo com a minha mãe para me treinar... Por que ele estaria lá???...... Não..... Harley!.

Peter sobe em sua moto e acelera cantando pneu até a tal casa vermelha, quanto mais rápido Peter vai, mais quente o sangue percorre pelas veias de seus braços enquanto ele imagina o que pode estar acontecendo com Harley.

Vinte minutos depois.

Peter para sua moto na frente da casa, a mesma está com a aparência suja e mais velha, apesar da casa pertencer a família Escobar para os treinamentos, a tempos ninguém passa por ali, Peter desce da moto e vai até a porta de entrada que está entreaberta, ele entra e vê a sala com os móveis antigos e empoeirados, o cheiro de casa velha reina pelo ambiente, porém, Peter não ainda não nota nenhuma presença no momento, ele sobe as escadas e passa pelos cômodos, mas nada.

SUBCONSCIENTE: Não é possível... Meu pai deveria estar aqui, aquele idiota do Julian deve ter mentido pra.... Espera, tem o porão!.

Peter desce as escadas e se direciona para baixo das mesmas onde há a porta do porão, está aberta.
Peter desce ouvindo as escadas rangendo, o mesmo ouve vozes que aumentam a cada degrau que ele desce.
*****- Senhor Peter, chegou tarde!.
Peter vê um homem se aproximar.
Peter- Tarde?? Para que?? Cadê meu pai??.
*****- Na sala de tortura!.
Peter- Quem está com ele?????.
*****- Alguns de nós! Estava a sua espera, pode ir!.
Peter se direciona até uma sala que há no fundo do porão, a cada passo seu coração se aperta por medo de dar de cara com Harley perto de seu pai. Peter entra na tal sala e paralisa na frente da porta, o corpo de Peter ferveu de ódio ao ver seu pai com uma arma na mão, seus pulsos começaram a formigar.
Pedro- E então, feliz em me ver?.
Peter- Não!.
Pedro sorri brincando com a arma e anda até Peter.
Pedro- Você tem que aprender a me responder com respeito! Eu avisei para não ter NADA com ninguém!.
Peter- Quer respeito então respeite! Ele não tem nada a ver com isso!!!.
Pedro- Bom, agora tem!.
Peter ameaça chegar mais perto, porém, dois homens o seguram, Peter tenta se soltar mas é em vão.
Peter- SOLTA ELE!!.
Pedro- Está vendo Peter, você é um ótimo lutador, sairia muito bem dos braços desses homens, mas todos nós... Todos... Ficamos fracos diante de quem amamos!.
Pedro fala voltando até a cadeira onde a suposta pessoa está sentada.
Peter- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!!!.
Pedro- Não duvide de mim Peter.
Peter não está se contendo, suas forças estão acabando por ver Frank amarrado e quieto naquela cadeira, Frank é como um pai para Peter.
Peter- Ele sempre cuidou de mim, enquanto você não me dava sem um minuto de atenção por essa merda de ditadinho que você chama de Família Escobar!!!.
Peter fala rápido e Pedro vai até ele com a expressão facial irritada, Pedro leva o ditado muito a sério e odeia que falem mal.
Pedro- Você já está grandinho, não precisa mais de ninguém cuidando de você Peter!.
Peter- Preciso de um pai, e você não ocupa esse papel na minha vida!.
Pedro- Não Peter, você não precisa!.
Pedro se afasta e volta até Frank, o mesmo continua quieto e olhando triste para Peter que ainda tenta se soltar.
Peter- Frank... Vai ficar tudo bem!! Eu vou te tirar dessa!.
Peter fala diretamente para Frank, o mesmo fica com o olhar mais triste e nega a fala de Peter.
Peter- Frank não desista... Por favor, você é um pai para mim!.
Peter tenta colocar forças em Frank, mas ele já perdeu as esperanças.
Pedro- Bom, acho que você quer responder ele!.
Pedro diz e retira a fita que há na boca de Frank, o mesmo olha para Peter e da um sorriso fraco, aquilo corre o coração de Peter o fazendo perder mais as forças.
Frank- Você tem razão meu jovem... Vai ficar tudo bem!.
Peter- Frank... Me perdoa...
Frank- Você é forte garoto! Lembre-se que a melhor forma de realizar seus sonhos... É não desistindo deles!.
Pedro coloca a fita novamente na boca de Frank, Peter vê seus olhos encherem de lágrimas, mas Frank permanece forte o tempo todo.
Pedro- Peter, meu filho! Eu te ensinava sobre roleta russa, se lembra? Você ficava cada vez mais forte por causa do medo que sentia de perder sua mãe!.
Pedro fala aquilo como se fosse algo normal, ele começa a rodar o tambor da arma enquanto anda em volta de Frank.
Peter- Pai... Por favor!.
Peter pede entrando em desespero.
Pedro- Sabe de quem é a culpa de tudo isso Peter?.
Pedro pergunta enquanto os olhos de Peter ardem para segurar as lágrimas, o mesmo não responde.
Pedro- RESPONDE!.
Peter- NÃO!!!.
Peter já perdeu todas as forças de seu corpo e desistiu de tentar se soltar.
Pedro- É dela Peter! É da garotinha que te deixa frágil!.
Pedro responde e posiciona a arma na cabeça de Frank, o mesmo fecha os olhos esperando, Peter encara a cena com o coração apertado, é a segunda vez e anos que Peter sente medo de perder alguém novamente.
Peter- Pai... Eu me afasto dela... Eu não vejo mais ela!!! Mas deixe o Frank fora disso!!!.
Peter pede, já não aguenta mais seus olhos pesados.
Pedro- Sabe qual é a graça de brincar de roleta russa com um Escobar Peter!?
Peter- Pai...
Pedro- É que a arma de um Escobar... Sempre vai estar carregada!.
Peter- NÃÃÃÃO!!!!!!.
Peter grita ao ouvir Pedro puxar o gatilho, Peter vê a bala atravessar a cabeça de Frank em câmera lenta. Pedro sai de perto da cadeira em que Frank está e os homens soltam Peter que cai no chão no mesmo instante, Peter se arrasta devagar até a cadeira e quando chega, não aguenta mais segurar... Peter solta sua primeira lágrima e em seguida desamarra Frank, tira a fita da boca dele e sente o sangue fresco e quente percorrer seus dedos, os olhos de Peter não param de produzir lágrimas.
Pedro- Está vendo Peter, isso que acontece quando não seguimos as regras, mas você pode evitar que isso aconteça novamente!.
Peter olha com um certo ódio para Pedro, o mesmo permanece sem alguma expressão facial.
Pedro- Evite essa garota!. Depois que ele parar de fazer esse drama, se livrem do corpo!.
Pedro fala por fim e sai da da sala, Peter encosta seu rosto no rosto de Frank que está perdendo o calor de uma vida...
Peter- Adeus... Amigo...





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