Cego pelo vício (Romance Gay)

Epílogo

× Lembrando que postei dois capitulos hoje, se não leu volte um capitulo por favor ×

Se eu estou surpreso sobre melissa e david? Sim, mas nada se compara a ir almoçar sozinho com o meu pai em um restaurante, essa é a primeira vez em dezessete anos, vou até a casa deles como ele pediu para eu fazer, toco a campainha e a mesma governanta da ultima vez veio atennder, fui até a sala e me sentei apenas para esperar meu pai, não perguntei sobre minha mãe e não aceitei nada, nem copo de água, depois de um tempo meu pai chega e avisa que só vai trocar de roupa e iria descer, pouco tempo depois minha mãe entra na sala.

- Oque você faz aqui? - encaro ela pensando se respondia ou não, por ser educado, uma coisa que eu aprendi sozinho, eu respondi.

- Vim almoçar com meu pai - digo olhando em seus olhos.

- Se ta pensando que vai sentar naquela mesa e... - antes de ela conseguir terminar meu pai aparece.

- Se ele quisesse sentar ele sentaria, a cadeira é minha, a mesa é minha, a casa é minha, mas não, iremos comer fora - diz meu pai arrumando o relógio no pulso.

- Eu não vou sair com... - ela começa de novo mas ele a interrompe.

- Não vai mesmo, só vamos eu e ele, até mais tarde - diz e começa a andar até a porta, eu me levanto e o sigo.

- Vai me deixar comer sozinha? - grita ela da sala, meu pai nem responde e continuamos a andar até chegar ao carro dele, ele nos levou a um restaurante de comida caseira, durante todo o tempo ele me fez ficar confortavel pra me abrir, em uma semana nós já pareciamos amigos de longa data, e foi por esse motivo que eu decidi me abrir.

- "Pai, se eu disser pra você que não quero ser médico, você vai se afastar de mim?" - pergunto treinando em frente ao espelho do banheiro - não não, "pai, eu não quero ser médico, vou trocar de faculdade", droga! - digo e puxo meu cabelo pra trás, lavo meu rosto e fico mais um tempo olhando o espelho até que meu pai entra no banheiro.

- Não, eu não vou me afastar, mas porque quer trocar? - pergunta se apoiando na pia.

- Eu sempre quis fazer fotografia - digo sem olhar nos seus olhos.

- Eu não sabia, você disse que gostava de fotografia mas nunca disse que odiava medicina, eu vi o sorriso nos seus olhos quando se mudou pro campus, você fez um semestre inteiro de medicina, pra mim você adorava, não sabia que queria fotografia como emprego integral - diz ele tudo calmamente sem atropelar palavra nenhuma - confesso que no começo eu pensei que se você não quisesse eu iria te obrigar, mas eu percebi que tava fazendo a mesma coisa que meu pai.

- Então... você não liga mesmo? - pergunto nervoso.

- Não, e eu teria o maior prazer de pagar a sua faculdade, eu conheço, estudei lá, você entra de graça quando faz a entrevista e eles te passam com a bolsa, mas se quiser transferir no meio do ano eles te cobram a mensalidade - depois disso engatamos em uma conversa sobre a faculdade enquanto voltavamos pra mesa, passamos um bom tempo junto e depois ele me deixou no dormitorio.

Subi todo alegre sabendo que depois das ferias do meio do ano eu estaria começando a minha tão esperada faculdade de fotografia, meu pai garantiu a minha mensalidade e isso era tudo que eu precisava, me joguei na cama e peguei o celular.

- Oi amor - diz derek carinhoso como sempre.

- Oi, adivinha com quem você ta falando? - pergunto e ele fica um tempo em silêncio.

- Com o jason? - pergunta confuso.

- Com o mais novo aluno da faculdade de fotografia! - escuto ele soltar um som surpreso e de comemoração.

Um mês depois

Derek passou um mês inteiro me explicando as materias que ele achava dificil quando entrou na faculdade, eu nem tinha entrado ainda e já sabia de praticamente todo o assunto do primeiro semestre, depois que eu fiz aquela ligação pra ele, ele foi me buscar em casa e me encheu de beijo e de parabens, hoje faz um mês e cinco dias que estamos namorando, e faz duas semanas que david e melissa também estão namorando, e por incrivel que pareça nós fazemos essa data juntos, todos os quatro comemoram o mesmo dia que começamos a namorar, foi pura coincidencia, termino de me arrumar, pois é, eu ainda estava na casa do derek, fazer oque né, ele não quer me deixar ir e eu não quero ir, como eu ia dizendo, termino de me arrumar e vou até a sala onde estavam me esperando.

- Vamos? - pergunto.

- Vamos, vai com a gente melissa? - pergunta derek.

- Não, david vai me levar pra escola hoje, boa sorte jason - digo obrigado pela forma fofa que ela falou e nós fomos pra faculdade, assim que ele para o carro no estacionamento eu prendo a respiração, ficamos um tempo dentro do carro.

- Está pronto? - me pergunta ele.

Olho pra ele, olho pra câmera que ele passou a trazer pra faculdade, e por fim olhei os alunos correndo e andando do lado de fora.

- Estou - ele pega na minha mão e fomos andando até a sala, meu coração batia feito louco e minhas mãos tremiam.

- Não se esqueça, eu vou estar aqui quando acabar, agora entra e se transforme no melhor fotografo que eu vou conhecer, te amo - diz e por fim me dá um beijo na testa, suas palavras e seus toques me fizeram relaxar.

- Também te amo.

Em menos de dois meses eu não estou mais cego pelo vicio.
Esse é o efeito Derek.