chapter 23- boom, paf, cabum!

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Estava no horário marcado e Taeyong não estava tão nervoso quanto da última vez que se encontraram. Decidiu seguir os conselhos de sua avó de contar placas de carro quando estivesse nervoso, mas desistiu assim que chegou no 52 e reparou que aquilo apenas piorava sua situação. Observou a porta do tailandês, não sabia se estava preparado para entrar ali, principalmente agora que estariam sozinhos. Mesmo que a programação fosse assistir filmes animados

- Ah! Taeyong? Por que não me chamou?-
Chittaphon abriu a porta de sua casa rapidamente. Antes de sequer deixar o outro o cumprimentar, se jogou nos braços do mesmo como se estivesse esperando aquilo por séculos.
- Desculpa a demora, eu tava terminando de fazer um suco...-
Riu desajeitado e dirigiu seu olhar para o maior.

- Na verdade você nem demorou, eu fiquei uns trinta minutos criando coragem pra tocar a campainha.-
O Lee disse simplista.

- E eu não tava terminando de fazer suco, eu fiquei um tempinho olhando no olho mágico, haha.-
Chittaphon respondeu na mesma simplicidade.

Ambos se olharam surpresos e riram em conjunto, haviam se entregado de bandeja e de um jeito ou de outro, não estavam desconfortáveis com isso. O de fios pretos adentrou a casa devagarzinho, não antes de proferir um "com licença" baixinho. Se surpreendeu ao entrar na residência, casa era cheia de quadros e flores. Por um momento, pensou que estivessem em uma exposição de artes.

- Isso aqui é fenomenal.-
Pensou Taeyong que logo voltou a realidade e se virou com um mega sorriso para Chittaphon.
- Sua casa é linda! Muito linda!.-

- Ah, é tudo por causa do meu tio, não fale como se estivesse vendo ouro. Ele que pintou esses quadros, as pinturas dele harmonizam qualquer ambiente, eu acho isso magnífico.-
Trancou a porta e esticou o braço para a esquerda indicando onde ficava a sala.

- Exatamente, não deixa de ser bonito.-
Taeyong seguiu a mão do garoto mais baixo e logo se aconchegou no grande sofá que ocupava aquela ainda maior sala.

- E então, o que veremos primeiro?-
O tailandês permitiu-se jogar ao lado de Taeyong no sofá.

- Você que me chamou, você que deci...-

- Princesa e o sapo!-
Interrompeu a frase do Lee.
- Eu vou ser a princesa.-
Fez questão de completar a frase como uma menininha de 7 anos.

- Ok... só sobrou o sapo então.-
Respondeu não no mesmo ânimo de Ten.

- Que?! Você nunca assistiu princesa e o sapo?-
Exclamou indignado.
- Tem muitos outros personagens! Tipo a menina loira mimadinha, você pode ser ela.-

- Não, eu quero ser o sapo.-

- Mas o sapo não faz nada! É melhor você ser aquele jacaré que ajudou ele a atravessar o rio, até ele fez mais coisas e...-

- O sapo beija a princessa porra.-
Sentiu a ponta de suas orelhas queimarem ao interromper o de fios castanhos.

Um silêncio de poucos segundos. A boca de Chittaphon se abriu, quase formando uma circunferência perfeita e seu rosto começou a ficar mais rosado.

- Ah.-
Foi a primeira coisa que saiu de sua boca.
- Aaaah.-

- Que diabos ele quer dizer com "aaaah"?-
A mente de do coreano se corroia por dentro. Havia dito na hora errada? Acaboh assustando Chittapiu?

Por outro lado, esse foi o momento em que Ten pensou eu fugir de sua casa. Talvez de vergonha, ou talvez por que não saberia o que fazer se dessa vez Taeyong iniciasse um beijo.
- N-Não é o sapo que beija a princesa, é ao contrário.-

- Ok, podemos fazer assim então. Você que decide.-

- I-inclusive, o sapo nem ao menos perguntou para a princesa se ela estava de acordo com isso. Foi só pra acabar com o feitiço.-
Pegou o controle e começou a passar os filmes pela tevê, procurando algo que o agradasse.

- Você quer que eu pergunte?-
Sorriu leve quando o menor assentiu sem falar nada.
- Ok. Ten, eu posso te beijar?-

Ten assentiu de cabeça baixa, sentiu o polegar de Taeyong tocar levemente em seu queixo e juntar seus olhares. Lee ficou um tempo apenas apreciando o rosto do menor que estava em sua frente e enfim decidiu juntar seus lábios em um selar gentil. Assim que se separaram, já se aproximavam de novo em um beijo mais aprofundado e ainda assim, cheio de carinho. Chittaphon podia sentir seu estômago explodir de borboletas.

- Hm, Taeyong...?-
Se separaram uma última vez e se permitiu falar.
- O que você sente quando me beija?-

- A sua língua.-
Se ajeitou no sofá e bagunçou seus fios pretos.

Chittaphon riu alto. Esperava qualquer tipo de resposta, menos essa.

- Não no literal, idiota.-

- Ah.-
Colocou a mão no queixo como se fosse um grande pensador algo que gerou mais risadas em Ten.
- Eu sinto algo tipo: Boom, boom, boom, paf, pof, cabum! cabum!-

- Buahaha! Por que...Por que eu não consigo ter uma conversa séria com você?-
Continuou a rir como um louco enquanto apalpava o sofá.

- Mas é sério! Não é meme, eu juro!-
Ao perceber que Chittaphon não estava o escutando e apenas gargalhava por aí decidiu segurar sua mão que ia de cima pra baixo. O tailandês quase deu um pulo ao sentir a mão quente do acastanhado sobre a sua.
- Eu realmente 'tô falando sério. Queria estar brincando e tudo mais, mas eu não estou e isso me assusta um pouco.-

O coração do pequeno começou a palpitar. Queria tanto ouvir aquilo, tanto!
O que Taeyong disse eram tão fora de cogitação num passado não muito distante. Aquela situação parecia impossível de se imaginar que por um momento pensou que estava alucinando -Talvez estivesse mesmo, e não estava nem um pouco afim de acordar.-

- M-Meu Deus! Por que você 'tá chorando? C-calma, calma!-
Lee se desesperou ao ver o estrangeiro em lágrimas e Chittaphon se desesperou ao reparar que estava realmente chorando.

Enxugou seus olhos com pressa e sorriu nervoso.
- Isso meio que significa que a gente é mais que amigos, 'né?! Amigos se beijam?-

- Bom, eu já beijei o Yuta uma vez. Ou duas.-
Taeyong respondeu acariciando o rosto semi molhado do garoto.

Chittaphon assentiu confuso e se permitiu dar play no filme.

[...]


Ao olharem a janela, perceberam que já estava escuro e que o sol escaldante não estava mais presente. Foi uma tarde e tanto para ambos; Assistiram muitos filmes, gargalharam e comeram muito também, além de terem trocado beijinhos durante um filme ou outro.

- Ah... o dia passou muito rápido, que grande droga!-
Estavam do lado de fora da casa do tailandês se encarando.
Taeyong não queria ir embora, mas logo receberia ligações de sua mãe ameaçando o botar de castigo por chegar em casa tão tarde.
O de cabelos pretos se aproximou do acastanhado e deu um curto selinho em seus lábios, o que fez com que o coração do coreano fosse à loucura.
- Boom, boom, boom, paf, pof, cabum! cabum!-

- Pff... Idiota.-
Riu levemente.
- Tchau, Taeyong.-

- Tchau, Ten!-
Desceu as escadas saltitando e ao chegar na calçada de uma voltinha.
- Sim, nós somos mais que amigos.-
Seguiu seu caminho com passos rápidos sem nem ao menos esperar uma reação do menor.

- Isso é literalmente jogar uma bomba e correr.-
Fechou a porta e se jogou no sofá sem conseguir tirar o sorrisinho do rosto.






[×]
oi galera, desculpa qualquer erro de escrita e tudo mais. eu não corrigi o capítulokk

spring days.↓taeten↓ (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora