COMPANY.

3

BEATRICE WILLIANS.
LOS ANGELES.
NOVEMBRO DE 2016.

MINHAS suspeitas foram corretas vendo o carro de Hailey estacionado a frente da minha grande casa. Justin, como o cavalheiro que é, trouxe nossas coisas. Me ofereço para ajudá-lo, mas ganhei um grande não como resposta. Andei até a porta esperando por ele e estranhamente enquanto o fazia minha mão foi até o colar em meu pescoço, segurando com força, querendo que nunca saísse de mim. Justin parou ao meu lado carregando nossas duas mochilas, percebendo minha ação.

- Fico feliz que tenha realmente gostado. - A voz rouca me enviava sensações diferentes, e o sorriso que acompanhou suas palavras amoleceram minhas pernas.

Sorri, abaixando a cabeça.

Meu celular vibrou no bolso de trás do jeans, tirando minha atenção do homem loiro. Salva pelo gongo, ou melhor, pelo meu pai.

- Oi né, Beatrice.

Sorri, a forma que ele se preocupava mesmo após anos ainda era algo fofo.

- Olá pai. Antes que pergunte; Sim, cheguei na minha casa. Na verdade acabei de entrar.

- Certo, você tá bem?

- Sim, estou. Você já chegou em casa, ou ainda está no trabalho?

Escuto um suspiro atrás da linha, mostrando que talvez meu pai não se encontrasse tão bem assim.

- Cheguei. Depois ligo para você, huh? Aproveite Bea. Te amo.

Retribuí suas palavras carinhosas, e por fim desligamos. Ponho novamente no bolso de trás o celular, passando por a porta conseguindo ouvir risadas das minhas amigas. Caminho até elas vendo que ambos estavam em pé na cozinha conversando e rindo sobre algo.

Paro na porta sem fazer nenhum barulho, apenas observando a animação.

- Aqui está a nossa anfitriã. - Hailey me saúda, vindo em minha direção com braços abertos.

Sentindo seus braços ao meu redor pude sentir olhares em nós, e o sorriso da loira em minhas costas.

- Senti sua falta, Hails.

Quebramos o abraço, ela ainda sorria.

- Senti a sua também.

Kendall e Justine também me abraçaram após ela, eu me sentia querida.

Pouco minutos depois escuto o resto dos meninos chegarem. Jaden e Fai entraram, e pareciam ter tido um contratempo com o carro. Chaz e Ryan vinham até mim dando murros um no outro brincando. O loiro careca antes de me cumprimentar tirou os sapatos, rebolando em algum canto da sala.

- Vejo que você levou a sério demais o "Minha casa é sua casa". - Digo rindo, ele apenas dá de ombros.

- Qual os planos, Bea? - Chaz me pergunta.

Todos os outros param suas conversas, prestando bem atenção.

- Hoje ainda é sexta, meu aniversário é no domingo. Então, vocês que sabem. Aqui por perto tem um bar, se não me engano uma boate também. Nada muito grandioso. - Respondo, esperando que alguém se pronunciasse.

- Boate? Quem tá dentro? - Kendall pergunta levantando a mão.

Concordamos, e está decidido.

- Apenas temos que tomar cuidado, afinal nós somos figura pública. Nada de exagerar. - Jaden lembrou.

Abro a geladeira tirando uma polpa de fruta, maracujá. De dentro dos armários tirei pão, e açúcar. Antes que esquecesse ainda faltava algumas coisas para colocar dentro do pão. Após todo o processo guardei tudo, e comi calma. Não daria certo sair sem antes comer, ainda mais sendo com intenção de beber.

- Tem lugar para mais um? - Justin quis se sentar ao meu lado enquanto o resto saia da cozinha, deixando a sós.

- Pra você sempre tem. - Respondi piscando o olho.

Ele se sentou, trazendo aquele sentimento de fraqueza momentânea. Deixei minha atenção voltada para o sanduíche, se olhasse para ele com certeza notaria minha sensibilidade.

Em poucos segundos de distração Justin pega o sanduíche da minha mão, mordendo enquanto olhava firme para mim.

Reviro os olhos, me sentindo burra por não imaginar que isso talvez acontecesse.

- Se você queria um era só ter que pedido. - Digo mostrando o quanto não tinha gostado da ação.

Ele levanta a sobrancelha, devolvendo meu sanduíche.

- Não tô com fome, só quis te irritar.

Pego o sanduíche, na verdade o resto que ainda sobrou comendo rápido, não querendo que ele pegasse novamente.

Saio da cadeira lavando na pia o copo seco de suco. Justin se levanta também, ficando escorado na bancada da cozinha me olhando. Sentia o olhar dele queimando nas minhas costas. Terminando o serviço, viro de frente para ele.

- Vem cá. - Me chama abrindo os braços malhados e tatuados.

Sem hesitar me encaixo em seu aconchego, sentindo a quentura do corpo dele misturado com o meu.

- Sei que já ouviu isso hoje, mas eu, Justin Bieber, realmente senti sua falta enquanto estive fora.

Tirei meu rosto do peito dele, querendo manter contato visual. Ele segurou em meu rosto, fazendo carinho em minha bochecha.

- Eu também senti muito sua falta. Os dias que te ligava antes de ir dormir eram os mais difíceis.

Justin passa a língua em seus lábios rosados, atraindo minha atenção lá. Estar tão perto assim é realmente apavorante, ainda mais quando se tem uma queda por ele, tipo, desde os 16 anos? Sim.

- Eu entendo, me sentia igual. Até pensava em te chamar para me acompanhar em alguns shows, mas sabia da agenda lotada.

Ponho minha mão direita no cabelo hidratado e incrivelmente loiro fazendo carinho, descendo para o rosto.

A tensão entre nós nesse momento explodia, sinto que a qualquer momento poderíamos acabar deitados nessa bancada de mármore branco, tirando as roupas um do outro.

- Bom, o importante é agora.

Mordo meu lábio em uma atitude involuntária, sem nenhuma maldade, apenas por sentir ele seco demais. Justin parece reagir ao meu ato, sorrindo de lado. A mão forte desce para o meu pescoço, apertando devagar, enquanto ele encosta os lábios em meu pescoço, dando um pequeno beijo pela segunda vez no dia, aspirando meu cheiro, subindo em direção a bochecha, quase no canto da minha boca, deixando um outro beijo molhado.

- Até mais tarde, baby.