Tão dramática dentro da realidade sou:
O reflexo no espelho que me recuso encarar
A cidade pacata e fria em qualquer lugar
Sou chamas causando ruínas e destroços
Eu sou o entrave das tuas palavras que bem queres dizer
Eu sou o lúbrico no teu olhar
O impecilio no teu caminhar
A abertura de tuas feridas
O ônus na tua vida
Eu sou a tua ignorância e a tua desgraça
Eu sou a tua solidão que não passa
Eu sou a tua felicidade inexistente
A tua sombra de mulher
A tua saudade prepotente
A sensibilidade na tua fé
Eu sou as borboleta no teu estômago
A tua diminuta grandeza
A lamentosa dor que transcender teu âmago
O peso que pesa na tua leveza.
