Entre quatro paredes
O pai descansa
A rede balança
No gingado musical
Que o sábia cantaA filha também dança
O seu rebolado
Na sala de estar
aproveitando o feriadoA mãe posa para o retrato
O pintor rabisca desleixado
O semblante pálido da mulher
Que esconder o verdadeiro ser a ser o que não éO filho arisco trancado no quarto
Devora famélico, Sabedoria
Escreve com nostalgia
Seus sentimentos e manias
Histórias de amor e fantasias
Talentos que familiares nem desconfia e por assim diziam:
Ser o estranho na família
Que virgem vai casar
Todos riam
Indolente conquistou o amor da loirinha cobiçada
Casaram e compraram uma pousada
Seu coração sensibilizou
Quando descobriu o verdadeiro amor chamado por nome Diogo
Viajaram para outro estadoDa mãe recebeu o recado:
Seu pai fora embora
Com a vizinha aurora
Sua irmã casou
Tem dois filhos
E seu sonho realizou
Foram morar em moscou
E manda-te sempre lembranças
De quando eram na infância
Mais que irmãos, bons amigos
Que brincavam na poça de lama como dois porcos felizes.
Quanto a mim?
Colori o cabelo
E enchi a casa de flores perfumadas
Fiz novas amizades E conheci a minha amada Natália que adora lírios
É bem verdade que o verdadeiro amor te completa
Hoje sou mais que metade
Voltei a mocidadeQuanto a te sejas bem feliz
Que este amor seja raiz fortificada
Que nas buscas inconstantes e nas mudanças (ir)relevantes o amor nunca esfrie sempre arda como fogo em brasaQue logo possamos nos vê!