Capítulo 1

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Parte I

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Parte I

Capítulo 1

Lavínia

Dezessete anos atrás...


Meu amiguinho Agnelo e eu estávamos sentados no parquinho da escola quando Alice uma menina má, chegou, puxou meu cabelo me fazendo gritar com a dor queimando em meu couro cabeludo. Ele levantou com a carinha de quem estava muito bravo empurrando a menina que caiu batendo sua bunda no chão, ela chorava muito, eu também chorava fiquei assustada pelo que ela fez comigo e pelo o que o Nelo fez a ela.

—Nunca mais toque num fio de cabelo dela, você me ouviu?

Gritou muito bravo com suas bochechas vermelhas para a menina que chorava, enquanto outras crianças se juntavam ao nosso redor. Secando as minhas lágrimas e engolindo meu choro como minha mãe sempre me ensinava, olhei para ele segurei sua mão e falei:

—Nelo, está tudo bem, eu estou bem.

—Não está bem Lav ela puxou seu cabelo, essa idiota...

—O que está acontecendo aqui, por que toda essa gritaria?

Berra a diretora de nossa escola a senhora Betina, ela às vezes parece com aquelas bruxas má que vemos nos filmes de televisão.

—Foi essa idiota que começou D. Betina, ela puxou o cabelo da Lavínia que estava sentada ao meu lado.

—E você seu moleque atrevido tomou as dores da menina. Os dois já para a diretoria, vou chamar os pais dos dois.

O seu semblante transformou-se nitidamente, o Nelo morava com seu pai que bebia muito, eu fingia que não via para não lhe deixar envergonhado, mas eu sabia que seu pai bebia todos os dias e batia muito nele. Às vezes ele nem vinha à escola de tão machucado, sempre inventava uma desculpa para não falar o que seu pai fazia com ele.

—Por favor, dona Betina não chame nossos pais, chama os meus então, ele não teve culpa só quis me defender, não chama o papai do Nelo não.

— Já para dentro, os dois estavam juntos chamarei sim os pais de ambos.

Rosnou a bruxa malvada. Me aproximei do Nelo, segurei sua mão tão pequenina quanto a minha, mas eu queria mostrar que estava junto com ele, lhe apoiando. Com nossas cabeças baixas seguimos a Sra. malvada até a diretoria, no caminho ela pediu para que sua secretária ligasse para nossos pais e os chamassem até a escola, enquanto nos ordenou para que sentássemos em duas cadeiras duras em sua frente, com aqueles óculos horríveis na ponta do nariz, só faltava uma verruga para que se tornasse a figura de uma bruxa má.

O relógio na parede atrás dela fazia o seu habitual tic tac, eu balançava meus pés que não alcançavam o chão, o Nelo parecia calmo, mas eu sabia que lá por dentro de seu íntimo tudo estava inquieto, turbulento.

SEMPRE SERÁ VOCÊ / RETIRADO PARA REESCRITAOnde histórias criam vida. Descubra agora